Fitase em dietas para a tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) (175 A 327 g) (Phytase in Nile tilapia (Oreochromis niloticus) diets (175 A 327g))
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Fitase em dietas para a tilápia do Nilo (Oreochromis niloticus) (175 A 327 g) (Phytase in Nile tilapia (Oreochromis niloticus) diets (175 A 327g))

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Description

Resumo
Se determinaram os efeitos da suple-mentação de fitase pela tilápia do Nilo. O Cr2O3 (0,1 p.100) foi usado como indicador inerte em dietas práticas. Os peixes (174 ± 38 g) foram alimentados, até saciedade aparente, com dietas contendo 0, 250, 500, 1000 e 2000 unidades de fitase (UF)/kg, contendo aproximadamente 2800 kcal de energia digestível, 27,5 p.100 de proteína bruta e 0,27 p.100 de P disponível. As fezes foram coletadas pelo sistema de Guelph modificado. Foi observado efeito quadrático (p<0,05) sobre o ganho de peso, Ca e P nos ossos, digestibilidade da proteína e disponibilidade do P, que aumentaram até 1114, 1173, 881, 1469 e 1333 UF/kg de dieta, respectivamente. A adição de fitase tem potencial para aumentar o desempenho dos peixes, a disponibilidade de P e da proteína e a excreção de P e N.
Abstract
The effect of dietary phytase supplementation in Nile tilapia was studied. The chromium oxide (0.1 percent) was used as an inert indicator in the practical diets. Fish (174 ± 38 g) were fed, to apparent satiation, with diets containing 0, 250, 500, 1000 and 2000 phytase units/kg of diet, containing 2800 kcal of digestible energy, 27.5 percent of crude protein and 0.27 percent of available P. The faeces were collected by Guelph system. It was observed quadratic effect (p<0.05) of phytase levels on weight gain, bone calcium, bone P, protein digestibility and P availability, that increased up to 1114, 1173, 881, 1469 e 1333 UF/kg of diet, respectively. The dietary phytase has potential to improve the fish performance, P availability and protein digestibility and can be used to reduce P and N waste.

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Publié le 01 janvier 2006
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Langue Português

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FITASE EM DIETAS PARA A TILÁPIA DO NILO
(OREOCHROMIS NILOTICUS) (175 A 327 G)
PHYTASE IN NILE TILAPIA (OREOCHROMIS NILOTICUS) DIETS (175 A 327G)
1 2 2 2Furuya, W.M. , D. Botaro , L.C.R. da Silva , V.G. dos Santos , T.S.C. Silva,
2 1L.D. dos Santos e V.R.B. Furuya
1Prof. Drs. Universidade Estadual de Maringá. UEM, Departmento de Zootecnia, DZO. CEP 87020-900,
Maringá. Paraná. Brasil. E-mail: wmfuruya@uem.br
2Alunas. Pós-Graduação em Zootecnia. Mestrado, UEM, 87020-900, Maringá. Paraná. Brasil.
3Alunos. Curso de Graduação em Zootecnia. UEM/DZO, 87020-900, Maringá. Paraná. Brasil.
PALAVRAS CHAVE ADICIONAIS ADDITIONAL KEYWORDS
Performance. Enzyme. Environment. Digestibility.Desempenho. Enzima. Meio ambiente. Diges-
tibilidade. Fósforo. Phosphorus.
RESUMO
Se determinaram os efeitos da suple- in Nile tilapia was studied. The chromium oxide
mentação de fitase pela tilápia do Nilo. O Cr O (0.1 percent) was used as an inert indicator in the
2 3
(0,1 p.100) foi usado como indicador inerte em practical diets. Fish (174 ± 38 g) were fed, to
dietas práticas. Os peixes (174 ± 38 g) foram apparent satiation, with diets containing 0, 250,
alimentados, até saciedade aparente, com dietas 500, 1000 and 2000 phytase units/kg of diet,
contendo 0, 250, 500, 1000 e 2000 unidades de containing 2800 kcal of digestible energy, 27.5
fitase (UF)/kg, contendo aproximadamente 2800 percent of crude protein and 0.27 percent of
kcal de energia digestível, 27,5 p.100 de proteína available P. The faeces were collected by Guelph
bruta e 0,27 p.100 de P disponível. As fezes system. It was observed quadratic effect (p<0.05)
foram coletadas pelo sistema de Guelph modifi- of phytase levels on weight gain, bone calcium,
cado. Foi observado efeito quadrático (p<0,05) bone P, protein digestibility and P availability, that
sobre o ganho de peso, Ca e P nos ossos, increased up to 1114, 1173, 881, 1469 e 1333 UF/
digestibilidade da proteína e disponibilidade do P, kg of diet, respectively. The dietary phytase has
que aumentaram até 1114, 1173, 881, 1469 e potential to improve the fish performance, P
1333 UF/kg de dieta, respectivamente. A adição availability and protein digestibility and can be
de fitase tem potencial para aumentar o used to reduce P and N waste.
desempenho dos peixes, a disponibilidade de P
e da proteína e a excreção de P e N.
INTRODUÇÃO
A tilápia do Nilo (OreochromisSUMMARY
niloticus) e uma das espécies de água
The effect of dietary phytase supplementation doce cuja produção vem crescendo
Arch. Zootec. 55 (210): 161-170. 2006.
04FitaseFuruya.p65 161 05/06/2006, 12:39 FURUYA, BOTARO, SILVA, SANTOS, SILVA, SANTOS E FURUYA
rapidamente no mundol (FAO, 2005). efluente na água. Os efeitos positivos
O cultivo de tilápia do Nilo passou do da suplementação de fitase sobre o
cultivo tradicional em tanques de terra crescimento, eficiência alimentar,
para o cultivo intensivo em tanques- retenção de minerais na carcaça e
rede ou raceways no Brasil (Furuya et digestibilidade da proteína e dos
al., 2004). minerais foram demonstrados em
O uso de fontes de proteína vegetal trabalhos realizados com a truta arco-
em dietas para peixes é uma alternati- íris (Oncorhynchus mykiss) (Spinelli
va para substituir a farinha de peixe. et al., 1983; Rodehutscord e Pfeffer,
Por outro lado, muitos alimentos de 1995; Lanari et al., 1998; Vielma et
origem vegetal contêm cerca de 70 al., 1998 e Forster et al., 1999), salmão
p.100 do fósforo (P) na forma de ácido do Atlântico (Salmo salar) (Store-
fítico, indisponível aos peixes, pois não bakken et al., 1998; Sajjadi e Carter,
possuem enzimas endógenas que 2004), seabass (Dicentrarchus
possam permitir a utilização desse mi- labrax), (Oliva-Teles et al., 1998),
neral (Storebakken et al., 1998). striped bass (Morone saxatilis)
O P geralmente é o nutriente mais (Power-Hughes e Soares, 1998), bagre
limitante em grãos de cereais usados do canal (Ictalurus punctatus)
na elaboração de dietas para peixes (Jackson et al., 1996) e tilápia do Nilo
(Power-Hughes e Soares, 1998). É um (Oreochromis niloticus) (Furuya et
nutriente essencial (Baeverfjord et al., al., 2001a).
1998) e sua deficiência leva a uma O sucesso da criação intensiva de
redução na taxa de crescimento peixes depende de avanços tecnológi-
(Andrews et al., 1973), redução na cos, incluindo o uso da enzima fitase
eficiência alimentar (Rodehutscord e para aumentar a disponibilidade e di-
Pfeffer, 1995), baixa mineralização minuir a suplementação na dieta e a
óssea (Vielma et al., 1998; Baeverfjord quantidade de P perdida como efluente
et al., 1998) e aumento do conteúdo de na água (MCauig et al., 1972). No
gordura na carcaça (Sakamoto e Yone, meio aquático o excesso de P e
1978). nitrogênio (N) dietético contribui para
A fitase é uma enzima endógena o desenvolvimento de algas, resultan-
amplamente utilizada em rações para do em uma diminuição da qualidade da
aves e suínos para aumentar a água, que também podem alterar as ca-
disponibilidade do P. Além disso, sua racterísticas organolépticas da carcaça.
suplementação contribui para o au- O objetivo do presente trabalho foi
mento da disponibilidade do cálcio (Yoo determinar os efeitos da adição de
et al., 2005), zinco, magnésio, cobre e fitase nas dietas, sobre o desempenho
ferro (Masumoto et al., 2001; Suguiura e excreção de P e N em dietas práticas,
et al., 2001). para a tilápia do Nilo.
Vários estudos têm sido realizados
para determinação dos efeitos da enzi-
ma fitase em dietas para aumentar o MATERIAL E MÉTODOS
desempenho e a disponibilidade de P e
reduzir a quantidade de P perdido como Foi formulada uma dieta basal defi-
Archivos de zootecnia vol. 55, núm. 210, p. 162.
04FitaseFuruya.p65 162 05/06/2006, 12:39FITASE EM DIETAS PARA A TILÁPIA DO NILO (OREOCHROMIS NILOTICUS)
ciente em fósforo (P) com farelo de
Tabela I. Composição da dieta basal. (Ba-
soja como a fonte primária de proteína,
sal diet composition).
contendo 27,5 p.100 de proteína bruta
(PB), 2800 kcal de energia digestível/ Ingrediente p.100
kg de ração e 0,27 p.100 de P disponível
(tabela I). As dietas não foram suple- Milho 36,23
mentadas com fósforo inorgânico. A Farelo de trigo 11,00
dieta basal foi suplementada com enzi- Farelo de soja 42,00
ma fitase (Natuphos®·5000, BASF, Farinha de peixe 5,40
Brasil) em níveis crescentes, resultan- Calcário calcítico 1,00
do em dietas com 0, 250, 500, 1000 e DL-Metionina 0,20
Óleo de soja 3,002000 unidades de fitase (UF)/kg. Cada
1Suplemento mineral e vitamínico 0,50dieta foi homogeneizada manualmente
Sal 0,50e peletizada (P-125, Ferraz Máquinas,
2Vitamina C 0,05Brasil) diâmetro de 8 mm. Os péletes
3BHT 0,02foram desidratados em estufa a 55°C
4Alginato de sódio 0,10até conterem 10 p.100 de umidade.
Composição, base na matéria naturalForam utilizados 150 peixes sexual-
1Matéria seca (p. 100) 91,39mente revertidos na fase larval, pesan-
1Energia digestível (kcal/g) 2800do em média 174 ± 38 g de peso vivo,
1Proteína bruta (p. 100) 27,50
provenientes do Laboratório de
1Lipids (p.100) 5,73
Aqüicultura da Universidade Estadual
1Fibra bruta (p.100) 5,67
de Maringá, Paraná, Brasil). Antes do 1Cálcio (p.100) 1,02
início do experimento, os peixes foram 1Fósforo total (p.100) 0,89
estocados em tanques de 1000 l e 2Fósforo disponível (p.100) 0,27
alimentados com dieta comercial (38 2Lisina 1,44
p.100 de proteína bruta; 3500 kcal 2Metionina + cistina 0,92
energia digestível/kg e 0,6 p.100 de
fósforo disponível) por 15 dias até 1Suplemento mineral e vitamínico (Supremais):
adaptação dos peixes às condições composição/kg: vit. A= 1200000 UI; vit. D3=
experimentais. 200000 UI; vit. E= 12000 mg; vit. K3= 2400 mg; vit.
Os peixes, pesando em média 174 ± B1= 4800 mg; vit. B2= 4800 mg; vit. B6= 4000 mg;
38 g de peso vivo, foram distribuídos vit. B12= 4800 mg; ác. fólico= 1200 mg; pantotenato
de Ca= 12000 mg; vit. C= 48000 mg; biotina= 48em 15 tanques de cimento amianto de
mg; colina= 65000 mg; ácido nicotínico= 240001000 l cada (10 peixes/tanque). A
mg; Fe= 10000 mg; Cu= 600 mg; Mn= 4000 mg;renovação de água foi de 5 l/min e foi
Zn= 6000 mg; I= 20 mg; Co= 2 mg e Se= 20 mg;mantida aeração constante através de
2Vitamina C: (42 p.100 de princípio ativo).pedra porosa acoplada a um com-
3Butil Hidróxi Tolueno.pressor de ár (1 HP) para manter o
4Aglutinante.oxigênio dissolvido (6,0 ± 1 mg/l),
5Valores determinados no Laboratório de Nutriç&#

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