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E S Edição: Equipas das Bibliotecas Escolares Ano letivo 2014-2015 DO NOSSO AGRUPAMENTOFevereiro Nº 12 Agrupamento em ação (ver pág. 10 - 12 e 16) Tavares Correia, o «Pintor na neve», faleceu há dez anos (ver pág. 2) Manuel Maria Barbosa du Bocage Poeta árcade precursor do Romantismo. (ver pág. 3) Dora Tracana na Bienal de Arte de Nova Iorque 2015 e no Dubai (ver pág. 4) Devaneios da escrita Atividades das Bibliotecas Escolares (ver pág. 5) (ver pág. 8-9 ) À conversa com a Dr.ª Cândida Perpétua, Coordenadora do Projeto Comenius Mais um dia... com terror (ver pág. 6 e 7) (ver pág. 14) Tavares Correia, o “Pintor na neve”, faleceu há 10 anosEditorial Em 2015 completam-se 10 anos sobre o desaparecimento do pintor senense Tavares Correia, o “Pintor “Não existe nenhum passeio fácil para a liberdade em lado nenhum, e muitos de da neve”. Encontram-se em nós teremos de atravessar o vale da sombra da morte vezes sem conta até que preparação algumas iniciativas consigamos atingir o cume da montanha dos nossos desejos.” evocativas, com destaque para Mandela, Nelson uma grande exposição retrospetiva, na Casa da Cultura, organizada Caros leitores pela Associação de Arte Imagem de Seia em colaboração com a Este ano, o primeiro número do nosso jornal coincidiu com o emergir de uma Câmara Municipal e os herdeiros do consciência coletiva, quer europeia, quer mundial, em prol da preservação de um Mestre senense.

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Publié le 17 avril 2015
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Langue Português
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Extrait

E S
Edição: Equipas das Bibliotecas Escolares
Ano letivo 2014-2015
DO NOSSO AGRUPAMENTOFevereiro
Nº 12
Agrupamento em ação
(ver pág. 10 - 12 e 16)
Tavares Correia, o «Pintor na neve», faleceu há
dez anos
(ver pág. 2)
Manuel Maria Barbosa du Bocage
Poeta árcade precursor do Romantismo.
(ver pág. 3)
Dora Tracana na Bienal de Arte de Nova Iorque
2015 e no Dubai
(ver pág. 4)
Devaneios da escrita
Atividades das Bibliotecas Escolares
(ver pág. 5)
(ver pág. 8-9 )
À conversa com a Dr.ª Cândida Perpétua,
Coordenadora do Projeto Comenius Mais um dia... com terror
(ver pág. 6 e 7)
(ver pág. 14)Tavares Correia, o “Pintor na neve”, faleceu há 10
anosEditorial
Em 2015 completam-se 10 anos
sobre o desaparecimento do pintor
senense Tavares Correia, o “Pintor “Não existe nenhum passeio fácil para a liberdade em lado nenhum, e muitos de
da neve”. Encontram-se em nós teremos de atravessar o vale da sombra da morte vezes sem conta até que
preparação algumas iniciativas consigamos atingir o cume da montanha dos nossos desejos.”
evocativas, com destaque para
Mandela, Nelson uma grande exposição retrospetiva,
na Casa da Cultura, organizada
Caros leitores pela Associação de Arte Imagem de
Seia em colaboração com a
Este ano, o primeiro número do nosso jornal coincidiu com o emergir de uma Câmara Municipal e os herdeiros do
consciência coletiva, quer europeia, quer mundial, em prol da preservação de um Mestre senense. Os alunos do
direito fundamental que tem alimentado os sistemas democráticos modernos, Curso de Artes Visuais da Escola
designadamente o conceito “liberdade de expressão”. Esta necessidade acérrima Secundária de Seia irão trabalhar,
de proferir em uníssono “Je suis Charlie!” foi despoletada por um ataque fero e cruel ao longo deste ano letivo, vários
ao âmago geográfico deste conceito, a França. Sim… porque, apesar de o seu temas recorrentes na obra de
berçário ser originário da Grécia antiga, onde, na Ágora (praça pública), os cidadãos Tavares Correia. O primeiro tema, o
expressavam livremente pensamentos, foi, de facto, na França que a liberdade de desenho de paisagem com neve, foi
imprensa atingiu a supremacia, ou seja, a garantia legal de que este direito seria já abordado pelo 10ºF nas aulas de
universal; numa primeira fase, proclamado com a Revolução Francesa, em 1789, e, Desenho A. Alguns destes
posteriormente, consolidado sob a 3ª República, com a lei de 1881. Assim, seria um trabalhos podem ser vistos na
prenúncio de retrocesso humilhante e submissão devastadora, o mundo ajoelhar-se página ArtES, cujo link se encontra
e rastejar perante uma mão sanguinária e sedenta de retaliação! A crise financeira, em destaque na página do Agrupamento na Internet.
até então, no topo das atenções mundiais e com destaques permanentes nas José Tavares Correia de Carvalho nasceu em Seia a 5 de dezembro de 1908 no
primeiras páginas dos jornais de renome e outros, foi forçada a exilar-se, por algum solar que então pertencia ao avô paterno, o médico José Albano Tavares
tempo, para dar dignidade e firmeza a “um valor mais alto que se alevantou”. E todos Segurão (1844-1932). Surdo-mudo de nascença, aprendeu a ler no Instituto de
os olhos se viraram para França, a fim de prestarem homenagem à coragem ímpar e Surdos-Mudos da Casa Pia de Lisboa – ao tempo, o único estabelecimento de
testemunharem o reerguer da liberdade das cinzas. ensino especial – e acabou por tirar aí o curso de desenhador. Frequentou
Foi, sem dúvida, um aviso de bravura e de renúncia dirigido aos impulsionadores da depois a Escola de Belas Artes de Lisboa e a Sociedade Nacional de Belas
aniquilação da consciência humana. Artes, entre 1926 e 1929, sendo discípulo dos mestres José Campos,
- Viva à fertilidade e criatividade intelectuais! Frederico Ayres e Alfredo Morais.
Por outro lado, também não podemos ignorar que este tétrico episódio também vem Depois de ter alcançado algum reconhecimento em Paris, expondo, em 1929,
pôr em causa o caminho que o mundo tem seguido na preparação do futuro. E no Salão dos Artistas Internacionais, obteve grande sucesso em Lisboa,
parece que a falta de diálogo, a violência e a provocação não levam à senda da paz. vendendo todos os quadros nas duas exposições que aí realizou em 1932 e
Os líderes mundiais já não podem procrastinar este assunto por mais tempo, pois 1934. Os jornais da época consideraram-no, então, “uma revelação no meio
disto depende um legado de concórdia e reconciliação para as gerações vindouras. artístico português” e chamaram-lhe “o pintor da neve”. Tavares Correia só não
No momento, todos sentimos que esta atitude de insurgência e repúdio irá, ainda, se tornou uma autêntica revelação da pintura nacional por ter chegado a Lisboa
fazer “atravessar o vale da sombra da morte vezes sem conta”, como afirma em anos que antecederam o reconhecimento do Modernismo português e por
Mandela, porém, o mundo continuará, com a mesma euforia e perseverança, a ter decidido depois fixar-se em Seia e dedicar-se à sua terra natal, onde
escalar a linha da liberdade. Isto é um facto! investiu os lucros obtidos nas exposições na capital.
Amigo leitor, esta vontade também está plasmada na panóplia de atividades que Apesar das limitações físicas que o acompanharam toda a vida, trabalhou nos
ressalta das páginas do nosso jornal, onde o pulsar da individualidade sobressai nas serviços técnicos da Câmara de Seia durante 41 anos e expressou na sua obra
ideias, experiências e projetos partilhados. Podemos proferir que também nós plástica um particular sentido de beleza e carinho por Seia e pela Serra da
usufruímos da liberdade de materializar os nossos pensamentos! E … tomar Estrela. Realizou diversas exposições nas principais cidades portuguesas,
conhecimento do trabalho do outro é a melhor prova de respeito pela sua liberdade tendo também participado como cineasta amador em vários festivais de
de expressão. cinema, com prémios em Portugal, Espanha, Malta e África do Sul.
Depois de se aposentar, em 1978, dedicou mais tempo à pintura, realizando
A Equipa anualmente uma exposição individual em Seia. Em 2000, com 92 anos de
idade, decidiu deixar de pintar por motivos de saúde, colocando um ponto final
numa carreira de 74 anos em que pintou mais de 2.200 quadros e 600 retratos.
Para além da atribuição da Medalha de Mérito Municipal, em 1985, e da
instituição de um Prémio Nacional de Pintura, em 1993 e 1996, o pintor
senense foi homenageado em final de carreira pela Casa Pia de Lisboa,
Encontro de Artes ’93 - Escola Evaristo Nogueira e no Festival Artis (2004). Em
2006, no 20º aniversário da elevação de Seia à categoria de cidade, o nome do
pintor senense foi atribuído à rua das escolas, que começa ao fundo da Beira
Lã e segue pela piscina municipal a caminho da Escola Secundária. Esta
escolha associou o nome do Mestre Tavares Correia à Escola Básica que foi
baptizada com o nome do seu primo, Dr. Guilherme Correia de Carvalho, hoje
sede do Agrupamento de Escolas com o mesmo nome.
Sérgio Reis
Ficha Técnica
Nasci em um tempo em que a maioria dos jovens havia
perdido a crença em Deus, pela mesma razão que os
seus maiores a haviam tido - sem saber porquê. E
então, porque o espírito humano tende naturalmente Responsáveis: Equipa das Bibliotecas Escolares
para criticar porque sente, e não porque pensa, a
Composição de textos: Comunidade maioria desses jovens escolheu a Humanidade para
sucedâneo de Deus. Pertenço, porém, àquela espécie Fotografia: Comunidade
de homens que estão sempre na margem daquilo a que
Email: jornalvivencias@gmail.com pertencem, nem veem só a multidão de que são, senão
também os grandes espaços que há ao lado. Por isso
Web: http://www.aeseia.pt nem abandonei Deus tão amplamente como eles, nem
aceitei nunca a Humanidade. Considerei que Deus, Recolha de textos e organização: Elementos da equipa das bibliotecas escolares
sendo improvável, poderia ser, podendo pois dever ser
Montagem e fotocomposição: Manuela Silva adorado; mas que a Humanidade, sendo uma mera
ideia biológica, e não significando mais que a espécie Apoio técnico: Luís Pinto
animal humana, não era mais digna de adoração do que

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