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Publié par | DIRECTORATE-GENERAL-FOR-EMPLOYMENT_SOCIAL-AFFAIRS-AND-INCLUSION-EUROPEAN-COMMISS |
Nombre de lectures | 30 |
Langue | Português |
Poids de l'ouvrage | 43 Mo |
Extrait
Direcção-Geral Emprego, Comissão das
Relações Laborais e Assuntos Sociais Comunidades Europeias 1993 COM(93)314
Comissão das Comunidades Europeias
Emprego na
EUROPA
1993
Direcção-Geral
Emprego, Relações Laborais e Assuntos Sociais Uma ficha bibliográfica encontra-se no fim desta publicação.
Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 1993
ISBN 92-826-6059-1
© CECA-CEE-CEEA, Bruxelas · Luxemburgo, 1993
Reprodução autorizada, excepto para fins comerciais, mediante indicação da fonte.
Printed in Belgium Prefácio
Prefácio
Estamos todos cientes de que a Co ção de estilos de vida e de padrões Comunidade e reflectir na impor
munidade Europeia — na verdade, de actividade, bem como as dificul tância das trocas para a construção
dades de manutenção de sistemas uma grande parte do mundo ociden e a manutenção da prosperidade co
tal — enfrenta actualmente uma gerais de apoio social e financiados munitária.
grave crise no domínio do emprego, pela colectividade.
com regresso do desemprego ao seu Outros há que julgam que os proble
nível máximo de 1985. mas do emprego na Europa podem Em Junho, o Presidente Jacques
Delors transmitiu esta mensagem à ser atribuídos à inflexibilidade dos
Cimeira Europeia de Copenhaga, mercados de trabalho. O capítulo do A Comissão cumpre a sua parte no
presente relatório relativo à regulaque se refere à resposta a esta crise. durante a qual referiu a nossa
mentação do emprego demonstra A Cimeira de Edimburgo, em De grande preocupação em conseguir
crescimento e aumentar a competi que os sistemas de regulamentação zembro de 1992, apoiou a iniciativa
tividade da Comunidade. Como existentes nos Estados-membros da Comunidade com vista ao cresci
não podem ser responsabilizados mento. Por outro lado, em Maio e consequência, fomos mandatados
por todas as nossas dificuldades. Junho do ano em curso, empreende pelo Conselho Europeu para ela
borar um livro branco sobre crescimos duas novas iniciativas no domí
mento, competitividade e emprego. nio do desemprego. Outros ainda acreditam que os nos
sos problemas se resumem a custos
Em finais de Maio, a Comissão O presente relatório Emprego na salariais. Uma vez mais, deveriam
1er o capítulo onde são analisados os aprovou uma nova iniciativa políti Europa contribui para o processo de
revisão, reavaliação e reformulação custos salariais na Comunidade. ca fundamental que visa conferir
à produção comunitária um cunho de estratégias. Não apresenta uma Nele se demonstra ser o nível de
mais orientado para o emprego. nova política. O seu objectivo é an produtividade que determina o ní
vel dos salários reais e não a inverReconhecemos economicamente tes aprofundar diferentes aspectos,
diferentes dimensões do problema sa. racional e, ao mesmo tempo, so
cialmente desejável procurar do desemprego, e tornar mais com
aumentar a população empregada preensível a nossa análise do em Sabemos que nos é necessário um
seja qual for a taxa de crescimento prego e do desemprego. maior crescimento económico, e a
económico que a Comunidade con Comissão tem diligenciado junto
seguir alcançar. No relatório, é sublinhada a comple dos Estados-membros no que se re
fere às taxas de juro. Por outro lado, xidade da tarefa que enfrentamos.
reconhecemos também que o cresciRacional, no sentido em que uma Realça-se a necessidade de um sério
mento económico não basta. Não população desempregada e inactiva e fundamental repensar da forma
como gerimos a nossa economia, os conseguiremos, no futuro previsírepresenta o desperdício de um re
vel, baixar o desemprego para nínossos assuntos sociais e o nosso curso económico. Os desemprega
veis aceitáveis se não construirmos dos, bem como os respectivos mercado de trabalho.
um sistema produtivo mais orientadependentes, consomem bens e ser
do para o emprego. viços sem lograrem contribuir para Impõe-se precavermo-nos contra
a produção dos mesmos. soluções simplistas.
Qual a melhor forma de proporcio
Socialmente desejável, não apenas Impõe-ses contra nar acesso ao emprego a todos quan-
para resolver os custos e malefícios aqueles que procuram induzir-nos tos pretendem, e na verdade
do desemprego, mas também como na via do proteccionismo. Quem necessitam, trabalhar? Temos de
resposta a transformações sociais nela acredita deveria 1er o capítulo nos debruçar sobre a questão dos
mais amplas, incluindo a modifica do Relatório Mundial referente à incentivos — em particular, o modo
-3-Prefácio
como os sistemas de tributação esti para proporcionar os incentivos po te a Semana do Emprego a realizar
mulam, ou inibem, as empresas a sitivos que se impõem — guardando em Outubro em Bruxelas, com a
em mente que a disponibilidade de presença de figuras proeminentes admitir pessoal e desencorajam a
empregos é o melhor dos incentivos. de todos os ramos de actividade, que procura de emprego.
Os sistemas de ensino e formação debaterão aspectos básicos dos nos
têm também de prover com o apoio sos problemas no domínio do emNeste como noutros domínios, o pre
requerido. prego. sente relatório anual oferece
algumas análises profundas.
Indica, por exemplo, diferenças Será igualmente necessário con Trata-se de um processo no qual a
significativas entre os Estados- templarmos a qualidade do empre Comissão desempenha importante
membros no que se refere à reparti go. Valerá mais um mau emprego papel. Contudo, o êxito resultará da
ção do trabalho. Tais diferenças não do que o desemprego? Estaremos cooperação de todos os interessa
se verificam apenas entre o Norte e condenados à dicotomia de um ou o dos, e não apenas da nossa acção.
o Sul da Comunidade — embora outro? Existirão saídas para o dile Podemos orientar o caminho. Pode
aconteça efectivamente que as re ma? mos ser o catalisador. Podemos
giões menos desenvolvidas da constituir-nos em animador. Po
Comunidade exibem níveis de em rém, no final da jornada, as decisões Temos de reconhecer que o sucesso
prego mais baixos e horários de la terão de ser tomadas por muita gensó será alcançado mediante a modi
boração mais extensos do que os das te, individual e colectivamente, aos ficação das nossas atitudes e dos
regiões mais desenvolvidas. Verifi níveis local, nacional e comunitário. nossos comportamentos. Todavia,
camos também que países com ní haverá também que encorajar e re
veis similares de produtividade e forçar tal modificação procedendo a O presente relatório, tal como os
desenvolvimento económico apre uma transformação global dos siste que o precederam, contribui para
sentam quadros bastante díspares mas de incentivos — financeiros e este processo. Temos de trabalhar
de distribuição de emprego e de ho legislativos — com actuação no no sentido de que as suas lições
rários de trabalho. mercado de trabalho. sejam acauteladas. Temos de conse
guir voltar a lançar a Comunidade
na senda do crescimento do empreO relatório mostra também diferen O problema não será resolvido pela
go e dos padrões de vida, equitativaças radicais, de Estado-membro simples injecção de mais fundos pú
mente partilhados por todos os seus para Estado-membro, em matéria blicos. Sem dúvida que é necessário
cidadãos. mais dinheiro em determinados de níveis de educação pós-obrigató-
ria — em grande parte, mas não sectores. Na verdade, despendemos
unicamente, entre o Norte e o Sul. já bastante em esquemas directos
de combate ao desemprego e de for
mação profissional para desempreNo que respeita aos sistemas de tri
gados. Segundo os nossos cálculos, butação, e, em especial, aos efeitos
os Estados-membros investem que as contribuições das entidades
anualmente 45 mil milhões de ecus patronais para a segurança social
em medidas activas destinadas aos exercem nas decisões dessas mes
trabalhadores, e a Comunidade mas entidades relativamente ao
contribui com 13% da despesa total emprego, o relatório põe a nu uma
do Fundo Social Europeu. grande diversidade por