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Publié par | Salamanca |
Nombre de lectures | 71 |
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Langue | Español |
Poids de l'ouvrage | 29 Mo |
Extrait
UNIVERSIDAD DE SALAMANCA
FACULDAD DE FILOLOGIA
TRINDADE COELHO:
ESTUDO CRÍTICO E ARQUIVO DOCUMENTAL
DE UM POLÍGRAFO FINISSECULAR
JOÃO DOS SANTOS CABRITA DE ENCARNAÇÃO
ORIENTADORES:
PROF. DOUTOR ANGEL MARCOS DE DIOS
PROF. DOUTOR PEDRO SERRA
DOUTORAMENTO EM FILOLOGIA PORTUGUESA
SALAMANCA, 2010
ÍNDICE
Índice......................................................................................................................................3
Proémio.................................................................................................................................7
I.
Os
Estudos
Trindadeanos:
estado
da
questão....................................................11
II.
1.
Factos
e
documentos
da
bibliografia
de
Trindade
Coelho.......................27
II.
1.
A
etapa
estudantil..................................................................................................................27
II.
2.
A
terra
e
o
homem..................................................................................................................38
II.
2.1.
O
transmontano.........................................................................................................38
II.
2.2.
O
Senhor
Sete
e
outros
textos
avulsos.............................................................44
II.
3.
A
interrupção
de
um
percurso..........................................................................................65
II.
3.1.
O
ambiente
político‐social....................................................................................65
II.
3.2.
A
neurastenia.
Uma
carreira
que
chega
ao
fim............................................74
II.
3.3.
O
ano
da
morte
de
Trindade
Coelho.................................................................85
II.
3.4.
O
regresso
a
casa.......................................................................................................99
III.
Leitura
crítica
da
obra
trindadeana.................................................................111
III.
1.
Os
contos.................................................................................................................................111
III.
1.1.
Etimologia
da
palavra
“conto”........................................................................111
III.
1.2.
O
conto
como
género
narrativo.....................................................................113
III.
1.3.
O
conto
na
literatura
portuguesa
oitocentista.........................................121
III.
1.4.
O
corpus
de
Trindade
Coelho..........................................................................168
III.
1.5.
Perfil
temático‐formal
do
conto
trindadeano..........................................189
III.
1.6.
Trindade
Coelho,
entre
o
romantismo
e
o
realismo..............................196
III.
2.
Os
Meus
Amores:
“Forma
literária
encantadora”................................................209
III.
2.1.
Os
contos
em
análise
a
partir
da
3ª
edição...............................................209
III.
2.2.
Amorinhos:
Contos
trazidos
da
tradição
oral..........................................260
III.
2.3.
Outros
Amores.
Um
produto
de
emoções..................................................265
III.
2.4.
Regionalismos
em
Os
Meus
Amores,
Amorinhos
e
Outros
Amores293
III.
3.
O
Fabulista.
Uma
escrita
herdada
da
escola..........................................................300
III.
3.1.
O
Fabulário
português.......................................................................................300
III.
3.2.
A
fábula
em
Trindade
Coelho..........................................................................305
IV.
Outros
géneros
de
um
Escritor
polígrafo........................................................315
IV.
1.
In
Illo
Tempore.....................................................................................................................315
IV.
1.1.
A
vida
académica..................................................................................................315
IV.
1.2.
Os
Lentes..................................................................................................................315
IV.
1.3.
Os
Futricas...............................................................................................................315
IV.
1.4.
A
sociedade
coimbrã...........................................................................................315
IV.
2.
O
Epistológrafo....................................................................................................................330
IV.
2.1.
A
epistolografia
em
Portugal...........................................................................331
IV.
2.2.
Trindade
Coelho
–
epistológrafo...................................................................339
IV.
3.
O
Jornalista............................................................................................................................362
IV.
3.1.
Uma
actividades
jornalística
sem
limites...................................................362
IV.
3.2.
Os
pseudónimos....................................................................................................362
IV.
4.
O
Educador............................................................................................................................374
IV.
4.1.
A
produção
didáctica..........................................................................................374
IV.
4.2.
A
preocupação
pedagógica...............................................................................374
IV.
4.3.
O
Meu
Livrinho......................................................................................................374
IV.
5.
O
Cidadão,
o
Jurisconsulto
e
o
Magistrado..............................................................400
IV.
5.1.
“A
Minha
Candidatura
por
Mogadouro”.....................................................400
IV.
5.2.
O
Manual
Político
e
outros
textos..................................................................423
Conclusão.........................................................................................................................475
Bibliografia......................................................................................................................483
1.
Obras
de
Trindade
Coelho......................................................................................................483
2.
Sobre
Trindade
Coelho............................................................................................................485
3.
Geral................................................................................................................................................487
4.
Jornais
e
revistas........................................................................................................................497
Apêndices.........................................................................................................................503
Ao João
Que já vai dando conta das páginas de um livro
PROÉMIO
Tomei contacto com Trindade Coelho num período de inquieta
adolescência, vivida no imediatismo do quotidiano, ao mesmo tempo
que desenhava no meu horizonte sonhos e quimeras que se foram
diluindo e transformando na minha existência.
Em tempos de verões cálidos, numa tentativa de agarrar um saber
enciclopédico inculcado nas escolas de então, a ampulheta em dias de
exame obrigava-me a conhecer Trás-os-Montes e outros espaços que ia
observando através do mapa. Ficava lá longe. Num percurso de nunca
mais acabar. De um frio intenso contrastante com a temperatura da
minha terra natal.
Depois dei por mim a ler Trindade Coelho. In Illo Tempore descobri-o
numa biblioteca aonde voltei há pouco tempo. Soube que era de
Mogadouro, terra a que, afectivamente, me liguei por razões que guardo
quando comecei a despontar para a vida. Procurei saber onde era
Caçarelhos.
Camilo confirmou-me essa terra. O deputado que, por daí abaixo,
tinha chegado a Lisboa de utopia na mão que caíra como um anjo e era
político.
O “meu” Trindade Coelho de hoje não é o mesmo da minha
adolescência. Na vida tudo se transforma. “Mudam-se os tempos,
mudam-se as vontades”. A consciência dos homens também varia,
quantas vezes ao sabor das vicissitudes epocais. Quão diferente é o
Portugal de hoje, parecendo diluir-se na voracidade de uma globalização
7
que nos faz perder o pé e deitar por terra o conceito de nacionalidade
para os mais cépticos, quando há vozes avisadas que prognosticam o fim
de uma pátria milenária. Em entrevista concedida ao Diário de Notícias em
15 de Julho de 2007, conduzida por João Céu e Silva, José Saramago
afirma que Portugal acabará por se integrar na Espanha, constituindo
mais uma província do país vi