UMA EUROPA SEM FRONTEIRAS COMISSÃO DAS COMUNIDADES EUROPEIAS OBJECTIVO 1992... é amanhã! Jacques Delors, presidente da Comissão das Comunidades Europeias ã m UMA EUROPA SEM FRONTEIRAS Lord Francis Arthur Cockfield, vice-presidente da Comissão das Comunidades Europeias τ Habituámo-nos a dizer que a Europa comunitária se vende mal, que não interessa a ninguém, excepto às legiões de tecnocratas a quem proporcionaria uma certa opulência. De facto, a Comunidade Europeia manteve-se de quarentena durante muito tempo, como se fosse uma ilha povoada de indígenas — os eurocratas — com uma gíria considerada incompreensível para a maioria dos europeus... Exceptuando uns quantos círculos de «iniciados», podia ter-se a certeza de que as obras consagradas a um ou outro tema comunitário seriam acolhidas com edificantes sorrisos de escárnio, mais ou menos bem contidos. Em suma, a Europa era tudo menos popular, situando-se bem longe das preocupações dos cidadãos europeus. Actualmente, isso já não corresponde à realidade ou, em todo o caso, cada vez menos. Encaremos as coisas frontalmente: se a Comissão Europeia a que preside Jacques Delors decidiu arrancar este ano com uma ambiciosa campanha de informação cuja importância este folheto permitirá avaliar, não será pelo prazer de editar obras de carácter «confidencial», provavelmente condenadas a não serem sequer lidas, cobrindo-se de pó no fundo de alguma prateleira inacessível.