Este artigo procura questionar versões e avaliações sobre a história cultural da Primeira república, especialmente sobre o que se entendeu como música brasileira e música popular brasileira no período. Busca demonstrar a insuficiência dos marcos das décadas de 1920 e 1930 – classicamente eleitas como períodos de definição do chamado nacionalismo musical – e os limites das interpretações que resumem a experiência cultural da Primeira república aos modelos importados da Belle Époque e ao gosto pelo exótico. Este artigo sugere, a partir de recentes pesquisas sobre a produção de músicos populares, de intelectuais da música e de agentes da indústria cultural, outras possibilidades de investigação e compreensão da história da música popular no Brasil e, por extensão, da jovem Primeira República.
HisPtróirmiaesirmauRseicpaúibslidcaMartha Abreu Doutora em História pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). Professora do Departamento de História da Universidade Federal Fluminense (UFF). Pesquisado-ra do CNPq. Autora, entre outros livros, deO império do divino: festas religiosas e cultura popular no Rio de Janeiro, 1830-1900. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1999. marthabreu@terra.com.br