Uso de farinha de carne e osso bovina como fonte de proteína para carpas comum (Cyprinus carpio L.) em fase de recria - Use of meat and bone as a protein source for common carp (Cyprinus carpio L.) in the growing phase
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Uso de farinha de carne e osso bovina como fonte de proteína para carpas comum (Cyprinus carpio L.) em fase de recria - Use of meat and bone as a protein source for common carp (Cyprinus carpio L.) in the growing phase

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Resumo
O presente trabalho foi desenvolvido para avaliar o uso de farinha de carne e osso bovina como fonte de proteína para carpas comum (Cyprinus carpio L.) no desempenho zootécnico na fase de recria.
Abstract
This study was designed to evaluate the use of meat and bone beef as a protein source for common carp (Cyprinus carpio L.) on the performance in the growing phase.

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Publié le 01 janvier 2012
Nombre de lectures 22
Langue Português

Extrait

REDVET Rev. electrón. vet. http://www.veterinaria.org/revistas/redvet
2012 Volumen 13 Nº 4 - http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040412.html

REDVET - Revista electrónica de Veterinaria - ISSN 1695-7504
Uso de farinha de carne e osso bovina como fonte de
proteína para carpas comum (Cyprinus carpio L.) em fase de
recria - Use of meat and bone as a protein source for common carp
(Cyprinus carpio L.) in the growing phase

1
Álvaro Graeff
2
Raphael de Leão Serafini
1Médico Veterinário CRMV SC-0704 Esp. Nutrição/EPAGRI Estação de
Piscicultura de Caçador E-mail: agraeff@epagri.sc.gov.br
2Biologo CRBio 45661-03D M.Sc Aquicultura/EPAGRI Estação de Piscicultura de
Caçador E-mail: raphaelserafini@epagri.sc.gov.br
Fone: 55 49 3561-2000 Caixa Postal 591 CEP 89500- Caçador, SC BRASIL


Resumo

O presente trabalho foi desenvolvido para avaliar o uso de farinha de carne e
osso bovina como fonte de proteína para carpas comum (Cyprinus carpio L.) no
desempenho zootécnico na fase de recria. Foi realizado na Unidade
Experimental de Piscicultura da Epagri de Caçador, utilizando-se um sistema de
criação em caixas de cimento amianto de 1000 litros, com entrada e saída de
água controlada. O experimento teve duração de 120 dias, testando-se quatro
introduções de farinha de carne e osso nas dietas experimentais (0, 12, 24 e
36% da dieta) com oito repetições. De acordo com os resultados obtidos todas
as introduções não tiveram efeito sobre as variáveis estudadas como
sobrevivência, peso, comprimento e conversão alimentar. Concluiu-se que se
pode utilizar farinha de carne e osso até 36% das dietas sem prejudicar o
desempenho zootécnico da carpa comum na fase de recria.

Palavras chave: alimentação, alevino, carpa comum, farinha de carne e osso


Abstract

This study was designed to evaluate the use of meat and bone beef as a protein
source for common carp (Cyprinus carpio L.) on the performance in the growing
phase. Was conducted at the Experimental Fish Culture Epagri Hunter, using a
system on cement boxes of 1000 liters with water inlet and outlet control. The
experiment lasted 120 days, testing four issues of meat and bone in the
exntal diets (0, 12, 24 and 36% of diet) with eight replications.


Uso de farinha de carne e osso bovina como fonte de proteína para carpas comum (Cyprinus carpio L.) em fase 1
de recria
http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040412/041204.pdf

REDVET Rev. electrón. vet. http://www.veterinaria.org/revistas/redvet
2012 Volumen 13 Nº 4 - http://www.veterinaria.org/revistas/redvet/n040412.html

According to the results of all introductions have had no effect on variables
such as survival, weight, length and feed conversion. It was concluded that one
can use meat and bone up to 36% of the diets without affecting growth
performance of common carp in the growing phase.

Keywords: food, fingerling, common carp, meat and bone


Introdução

A piscicultura no estado de Santa Catarina encontra-se em franca
expansão sendo a Carpa comum (Cyprinus carpio L.) ainda uma das espécies
mais cultivada. Apesar de sua carne não ser a melhor em termos culinários,
mostra-se ascendente para a comercialização através de seus derivados e
embutidos (Graeff et al., 2007). Outras espécies promissoras têm sido
cultivadas, mas a busca por alternativas melhores de sistemas de criação com
espécies com apelos regionais tem sido a procura e foco dos pesquisadores.

A aqüicultura se constitui em uma atividade pecuária promissora de
grande importância, tanto econômica quanto nutricional. Esta atividade
responde hoje em países asiáticos a 85% da produção mundial (em quilos) e a
75% em valor financeiro (FAO, 1999).

Uma das principais exigências para qualquer espécie animal é a proteína
e energia. Estas são essenciais para a manutenção, crescimento e reprodução.
A energia dietária para os peixes provém do uso da proteína, lipídeos e
carboidratos, sendo, que o uso de cada classe desses nutrientes varia,
normalmente, de acordo com o balanço da dieta, das exigências do peixe e da
espécie em questão (Pezzato, 1997). Os lipídeos são a melhor fonte de energia
para os peixes, seguido pela proteína e carboidratos (Pezzato, 1999). A
proteína corresponde entre os nutrientes o de maior importância nos aspectos
qualitativos e quantitativos, pois são componentes constitutivos do organismo
dos peixes em crescimento e entre outras coisas são importantes para
formação das enzimas (Steffens, 1987).

As fontes de proteína utilizada nas dietas de peixes tanto as de origem
animal ou vegetal estão condicionadas a fatores que afetam seu requerimento
assim como o habito alimentar, tamanho do peixe, fonte de proteína, energia
da dieta, temperatura da água, freqüência de alimentação, função fisiológica e
espécie (Logato, 1999).

O balanceamento de nutrientes obtidos pelos peixes em seus ambientes
naturais não ocorre quando os mesmos se encontram em ambientes
confinados, quer pela ausência ou pela limitação de alimentos (Pezzato, 1990).
Uso de farinha de carne e osso bovina como fonte de proteína para carpas comum (Cyprinus carpio L.) em fase 2
de recria
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Em função disto, em cultivo intensivo, os peixes dependem da utilização de
rações comerciais que satisfaçam as necessidades de nutrientes essenciais e de
proteína para garantir o desenvolvimento e a rentabilidade (Cantelmo, 1989).
Contudo, as rações balanceadas utilizadas nos sistemas intensivos ainda têm
custo relativamente alto, pois nelas são empregados, produtos e subprodutos
de origem animais (Graeff, 1998).

No intuito de reduzir o custo das rações utilizadas em cultivos de peixes,
pesquisadores da área de nutrição, têm dirigido suas atenções e trabalhos para
a substituição de parte dos ingredientes de origem vegetais tradicionais por
ingredientes de origem animal alternativos, não se descuidando do balanço de
nutrientes essenciais, tanto pela suplementação com aminoácidos sintéticos
quanto por complexos vitamínico-minerais (Cantelmo, 1989; Pezzato, 1990).
Para algumas espécies de água doce, já existem alimentos artificiais capazes de
assegurar a sobrevivência e o crescimento de larvas, dispensando o uso de
alimentos vivos, como é o caso da carpa (Cyprinus carpio) (Bergot et al., 1986
e Radunz Neto, 1993) e do próprio jundiá (Rhamdia quelen) (Piaia, 1996 e
Fontinell, 1997). Apesar de Piaia (1996) encontrar bons resultados na
larvicultura do jundiá sem utilizar lipídios em sua dieta experimental, é
importante o uso de fonte energética em rações utilizadas na alimentação de
larvas fornecendo muitos ácidos graxos essenciais. O presente trabalho tem por
opção o uso de farinha de carne e ossos que depois do farelo de soja, são as
fontes protéicas mais difundidas nas indústrias de rações. Os percentuais de
proteína bruta destes subprodutos oscilam de 40 a 65%, sendo os mesmos
ricos em cálcio e fósforo. A farinha de carne e ossos é uma fonte de proteína de
origem animal, relativamente barata, que vem sendo testada como fonte de
proteína para peixes (Wu et al., 1998; El Sayed, 1998; Kureshy et al., 2000;
Millamena, 2002) sem maiores efeitos adversos aos seus desempenhos.

Portanto o objetivo deste experimento foi avaliar o uso de farinha de
carne e osso bovina como fonte de proteína para carpas comum (Cyprinus
carpio L.) no desempenho zootécnico na fase de recria


Material e métodos

O experimento foi realizado na Unidade de Piscicultura de Caçador na
Estação Experimental da EPAGRI, em 32 aquários de cimento amianto, com
capacidade para 1.000 litros de água, abastecidos individualmente com água
proveniente do açude de abastecimento, numa vazão de 0,5 litros por minuto.
O período experimental foi de 120 dias, sendo iniciado em 17 de dezembro de
2007 e encerrado em 16 de abril de 2008, com sete dias de adaptação dos
alevinos em cada parcela experimental. O delineamento experimental foi
inteiramente ao acaso, com quatro tratamentos onde foram avaliados quatro
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