Aprendizagem ao longo da vida, retrospectiva e perspectivas

Cedefop — European Centre For The Development Of Vocational Training

Sujets

• Continuing education
• Education policy
• Vocational education

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Extrait

Na 8/9 Maio - Dezembro 1996/Π/ΙΠ issN02sa-749i
Aprendizagem ao Longo da Vida,
retrospectiva e perspectivas * *
**FORMAÇÃO PROFISSIONAL HO. 8/3 REVISTA EUROPEIA * *
CEDEFOP
Chefe de Redacção: Fernanda Oliveira Rete
Centro Europeu
para o Desenvolvimento
Comité de Redacção: da Formação Profissional
Presidente:
Marinou Antipa 12
Jean François Germe Conservatoire National des Arts et Métiers
GR ­ 57001 Salónica
(CNAM), France
(Thermi)
Mateo Alaluf Université Libre de Bruxelles (ULB), Belgique
TeL: 30­31+490 111
Tina Bertzeletou CEDEFOP
Fax: 102
Keith Drake Manchester University, Great Britain
Julio Sanchez Fierro Asociación de Mutuas de Trabajo, España
Gunnar Eliasson The Royal Institute of Technology (KTH), Sweden
Paolo Garonna Istituto nazionale di statistica (ISTAT), Italia
Eduardo Marçal Grilo Fundação Calouste Gulbenkian, Portugal
Alain d'Iribarne Laboratoire d'Economie et de Sociologie du
Travail (LEST­CNRS), France
Bernd Mohlmann CEDEFOP
Fernanda Oliveira Reis P
Arndt Sorge Humboldt­Universität Berlin, Deutschland
Reinhard Zedier Institut der deutschen Wirtschaft Köln,
Deutschland
Representante do Conselho de Administração:
Anne­Françoise Theunissen Confédération des Syndicats Chrétiens de
O CEDEFOP é um organismo comu­ Belgique (CSC), Belgique
nitário criado por uma Decisão do
Conselho de Ministros da União
Europeia (Regulamento CEE No:337/
75 do Conselho, de 10 de Fevereiro
de 1975). É gerido por um Conselho
Publicado sob a responsabilidade de: Os textos originais foram recebidos antes de de Administração quadripartido em
Johan van Rens, Director 1.7.1996 que estão representadas as organiza­
Stavros Stavrou, Director­adjunto ções sindicais e patronais, os gover­
Reprodução autorizada, excepto para fins nos nacionais e a Comissão Europeia.
Produção Técnica, coordenação: comerciais, com indicação da fonte bibliográfica
Bernd Mohlmann Nos termos do artigo 2a do Regula­
N° de catálogo: HX­AA­96­002­PT­C mento que cria o CEDEFOP, este ..tem
Responsável pela tradução: por missão prestar o seu contributo à
Isabel Dreyer Printed in Comissão a fim de favorecer, a nível
the Federal Republic of Germany. 1997 comunitário, a promoção e o desen­
Concepção gráfica: Agência Publicitária volvimento da formação profissional
Zühlke Scholz & Partner S.i... Berlin Esta publicação é editada três vezes por ano em e da formação contínua".
Espanhol, Dinamarquês. Alemão. Grego. Inglês.
Produção Técnica DTP: Axel Hunstock, Berlin Francês, Italiano, Neerlandês e Português. No âmbito da sua actividade científi­
ca e técnica, o CEDEFOP deve elabo­
rar uma informação pertinente, rigo­
rosa e sob uma perspectiva comuni­
tária, como resposta aos temas esta­
belecidos no seu Programa de Traba­ As opiniões expressas pelos autores não reflectem necessariamente a posição do CEDEFOP. A Revista
lho. Este Programa, aprovado pelo Europeia de Formação Profissional confere aos actores a possibilidade de apresentarem análises e
Conselho de Administração, de co­ pontos de vista diversificados e. por vezes, contraditórios, e deseja assim contribuir para o debate crítico
mum acordo com a Comissão, está essencial para o futuro da formação profissional ao nível europeu.
actualmente organizado em torno de
dois eixos:
Zi a evolução das qualificações;
3 a o dos sistemas de forma­
ção profissional. Apelo a colaborações
Para a sua execução, o CEDEFOP O Comité de Redacção deseja fomentar a mada. As propostas (de 3 a 10 páginas.
mobiliza diversos meios de acção:
apresentação espontânea de artigos. O 30 linhas por página, 60 caracteres por
Comité examinará os artigos que lhe fo­ linha) deverão ser enviadas para a Redac­J estudos e análises;
□ difusão de informações (sob formas rem propostos, reservando­se o direito de ção da Revista. Os manuscritos não serão
e suportes variados)
decidir sobre a sua eventual publicação e devolvidos aos autores.
□ criação de oportunidades para o
informará os autores sobre a decisão to­intercâmbio e transferência de infor­
mações.
CEDEFOP ***
FQRMRÇHO PROFISSIONAL NO. 8/9 * * REVISTH EUROPEIA
Porquê Aprendizagem
ao Longo da Vida?
A Aprendizagem ao Longo da Vida é uma
O ano de 1996 foi designado "Ano Europeu da Educação e da Formação ao Longo
proposta fascinante, tal como é corrobo­
da Vida". A ideia de criar condições que permitam a todos os cidadãos ter acesso
rada pela contribuição de Edith Cresson
ao saber ao longo da vida inscreve­se numa concepção democrática do funciona­
sobre este tema e pelo Livro Branco que
mento das nossas sociedades. No momento em que o avanço para a sociedade de
consagrou o ano de 1996 "Ano Europeu
informação e a aceleração do progresso científico e técnico correm o risco de dar
da Educação e da Formação ao Longo da
origem a uma dicotomia crescente entre "os­que­sabem" e "os­que­nào­sabem".
Vida". O objectivo fundamental é a pro­
esta ideia encontra a sua actualidade nas orientações do Livro Branco da Comissão
cura de uma solução positiva para o de­
Ensinar e Aprender. Rumo à Sociedade Cognitiva". Mas, ao longo do tempo, os
semprego na Europa e de uma situação
seus princípios fundadores foram submetidos a fortes tensões, nomeadamente, em
em que a actualização dos conhecimen­
razão dos constrangimentos conjunturais e orçamentais que condicionam demasi­
tos profissionais se torne um imperativo
ado unilateralmente e restruturam o ensino e a formação profissional.
para todos os trabalhadores e não ape­
nas para alguns de nós. Será possível que
Com este número especial, a Revista europeia da Formação Profissional pretendeu
esta ideia seja errada?
responder ao convite lançado pela Senhora Cresson, aquando da sua intervenção
em Veneza, em 2 de Fevereiro de 1996. para dar início a um largo debate sobre o
A ideia, todavia, está longe de ser nova.
Livro Branco, no âmbito do Ano Europeu. Pretendeu igualmente estar presente no
e as fórmulas de Aprendizagem ao Lon­
encontro político nacional que são os Debates Condorcet em França, onde o tema
go da Vida do pós­guerra, tal como o
da educação e da formação ao longo da vida será largamente debatido.
demonstra o artigo de Denis Kallen (e
como Albert Tuijnman também o relata
A decisão de associar a Revista a estes acontecimentos baseou­se na oportunidade
no que respeita à experiencia levada a
de acesso a argumentos e a elementos factuais, que podem servir de apoio a
cabo na Suécia), estiveram longe de co­
debates. Ao dar a palavra ao político, retraçando a história desta ideia generosa e
nhecer um sucesso. As conclusões nefas­
relacionando a construção de princípios e a realidade factual em diferentes paí­
tas de Kallen, baseadas em factos duros,
ses., a Revista espera desempenhar o seu principal papel que é de prestar um
contrastam claramente com o Livro Bran­
contributo aos debates sobre a formação profissional na Europa, a partir de análi­
co. Será possível que ele tenha razão?
ses e de informações rigorosas e argumentadas.
Johan van Rens
É óbvio que a Aprendizagem ao Longo
Director do CEDEFOP
da Vida não é uma noção bem definida.
A experiência sueca constituía antes um
artigos deste número. Será que podemos exemplo de educação recorrente, sendo
esperar uma concretização efectiva da o termo de educação muito menos
retórica política? abrangente do que o de aprendizagem.
Esta experiência falhou e este fracasso
Eis alguns dos factos: com a idade evidencia o grande fosso que separa a
visão da sua execução. Os próprios
Γ­') a capacidade individual para apren­decisores políticos devem começar por
der declina e aprender a saber como actuar para con­
cretizarem