A Inquilina de Wildfell Hall
395 pages
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A Inquilina de Wildfell Hall , livre ebook

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Description

Nesta obra, Anne Brontë trata da decadência provocada pelo alcoolismo e a libertinagem. «A Inquilina de Wildfell Hall» é um romance de uma modernidade surpreendente, tendo mesmo chocado os seus contemporâneos pelo tratamento dado à narrativa, onde a luta pela igualdade das mulheres surge como elemento importante, e pela sinceridade apaixonada e a honestidade psicológica da autora, que se sobrepõem ao longo de todo o texto.

Sujets

Informations

Publié par
Date de parution 11 novembre 2017
Nombre de lectures 7
EAN13 9789897780820
Langue Português

Informations légales : prix de location à la page 0,0007€. Cette information est donnée uniquement à titre indicatif conformément à la législation en vigueur.

Extrait

Anne Brontë
A INQUILINA DE WILDFELL HALL
 
Í ndice
 
 
 
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Capítulo 34
Capítulo 35
Capítulo 36
Capítulo 37
Capítulo 38
Capítulo 39
Capítulo 40
Capítulo 41
Capítulo 42
Capítulo 43
Capítulo 44
Capítulo 45
Capítulo 46
Capítulo 47
Capítulo 48
Capítulo 49
Capítulo 50
Capítulo 51
Capítulo 52
Capítulo 53
 
Capítulo 1
 
 
 
É necess á rio retrocederes comigo at é ao outono de 1827. Meu pai, como sabes, era um lavrador importante num dos condados do Norte; e eu, atendendo ao seu desejo tantas vezes manifestado, segui-lhe os passos, embora n ã o muito por minha vontade, porque a ambi çã o aconselhava-me a procurar outra carreira mais brilhante. A opini ã o que tinha de mim pr ó prio segredava-me que o desprezar a sua voz dava em resultado sacrificar o meu talento ao amor pela terra e ocultar a lucidez da minha intelig ê ncia sob a copa das á rvores. Minha m ã e empregara os maiores esfor ç os para me convencer de que eu poderia vir, um dia, a levar a cabo grandes cometimentos; por é m, meu pai, que considerava a ambi çã o como o mais seguro caminho para a ruina, e qualquer mudan ç a apenas um termo para substituir a palavra perdi çã o, op ô s-se tenazmente a todo o plano que pudesse redundar numa melhoria de situa çã o para mim ou para os outros. Afirmava-me que tudo isso n ã o passava de disparates e na pr ó pria hora da morte exortou-me a continuar seguindo os seus passos, como ele seguira os de meu av ô , e que a minha maior ambi çã o fosse caminhar honestamente pela vida fora, sem olhar nem para a direita nem para a esquerda, e transmitir a meus filhos a heran ç a paterna em condi çõ es, pelo menos, t ã o pr ó speras como aquelas em que ele ma deixava.
Enfim: um lavrador ativo e honesto é um dos membros mais ú teis à sociedade, e, dedicando a minha intelig ê ncia à cultura das minhas terras e aos progressos da agricultura em geral, beneficiarei n ã o s ó eu pr ó prio, mas tamb é m os meus parentes e dependentes, e, at é certo ponto, a humanidade em geral; n ã o terei, pois, vivido em v ã o.
Com estas reflex õ es e outras semelhantes, procurava eu consolar-me, numa tarde fria, h ú mida e nevoenta, ao recolher dos campos a casa, em fins de outubro. Por é m, o clar ã o de uma boa fogueira que eu avistava, atrav é s da janela da sala, concorreu mais para reanimar o meu esp í rito e reduzir ao sil ê ncio o meu descontentamento do que todas as reflex õ es filos ó ficas e as boas resolu çõ es que eu obrigara o meu pensamento a formular; porque é preciso n ã o esquecer que eu nesse tempo era muito novo: tinha apenas vinte e quatro anos e n ã o adquirira ainda, portanto, nem metade do dom í nio sobre mim pr ó prio que hoje possuo, embora isso pare ç a n ã o ter import â ncia.
Contudo, antes de dar entrada nesse bem-aventurado ref ú gio tinha primeiro de trocar as botas enlameadas por um par de sapatos cuidadosamente engraxados e o fato pr ó prio para andar no campo por um casaco decente, al é m de outros preparativos que me pusessem à altura de me poder apresentar diante de gente educada, porque minha m ã e, apesar de toda a sua bondade, era absolutamente intransigente em certos assuntos.
Ao subir para o meu quarto, encontrei na escada uma rapariguinha de dezanove anos, com ar de esperta, uma figurinha rechonchuda mas muito engra ç ada, o cabelo em an é is luzidios a emoldurar-lhe a carita redonda, e olhos castanhos, n ã o grandes, mas muito vivos. Escusado ser á dizer-te que era a minha irm ã Rose. Bem sei que ainda hoje é uma mulher bastante interessante e, sem d ú vida, sobretudo aos teus olhos, n ã o menos formosa do que no dia feliz em que pela primeira vez a viste. Quem poderia prever que ela viria a ser, poucos anos depois, esposa de um homem nessa altura completamente desconhecido para mim, destinado por é m a ser de futuro um amigo mais í ntimo do que ela pr ó pria e mais confidencial que o pouco civilizado rapazote que me agarrou a melo do caminho, pela gola do casaco, a ponto de quase me fazer perder o equil í brio, e que para castigo do seu atrevimento apanhou um bom soco na cabe ç a? A agress ã o n ã o lhe produzia, todavia, qualquer estrago importante devido, provavelmente, ao facto de a cabe ç a dele ser n ã o s ó mais que vulgarmente rija, mas estar ainda protegida por uma farta cabeleira de carac ó is curtos e avermelhados que minha m ã e dizia serem castanho-claros.
Ao entrarmos na sala, encontr á mos a minha boa m ã e sentada ao p é do lume, na sua cadeira de bra ç os, fazendo meia, conforme era seu costume, quando n ã o tinha nada mais importante em que empregar a sua atividade. Estivera varrendo a lareira e acendera uma boa fogueira para nos receber condignamente; a criada acabava de aparecer com a bandeja do ch á e Rose trazia na m ã o o a ç ucareiro e a caixa do ch á , que fora buscar ao aparador de madeira escura que luzia, como é bano polido, à luz acolhedora que reinava na sala.
— At é que enfim, c á est ã o os dois — disse minha m ã e, voltando-se para n ó s sem interromper o trabalho dos dedos á geis, fazendo mover rapidamente as agulhas. — Agora fechem a porta e venham para junto do lume enquanto a Rose prepara o ch á ; e digam-me l á o que fizeram em todo o santo dia, porque eu gosto muito de saber em que os meus filhos empregam o seu tempo.
— Eu andei a amansar o potro ru ç o, e é uma empresa bastante dif í cil; tamb é m estive a dirigir a lavra do ú ltimo restolho de trigo, porque o rapaz que anda com a charrua n ã o percebe nada do assunto, e a p ô r em execu çã o um plano para conseguir esgotar, por completo e numa grande extens ã o, os terrenos baixos.
— Isso é o que se chama ser um bom rapaz! E tu, Fergus, que andaste a fazer?
— A apanhar texugos.
E, em seguida, Fergus fez uma descri çã o pormenorizada da ca ç ada e das proezas dos texugos, lutando contra os c ã es, à qual minha m ã e parecia prestar grande aten çã o, a contemplar o rosto animado do filho com uma dose de admira çã o maternal que eu achava muito superior à que o assunto merecia.
— J á est á s em muito boa idade, Fergus, para fazeres mais alguma coisa do que isso — disse eu, mal apanhei ocasi ã o, durante uma pausa moment â nea, para poder intervir na conversa.
— E que hei de eu fazer? — perguntou Fergus. — A m ã e n ã o me deixa ir para a marinha ou para o ex é rcito; eu estou decidido a n ã o fazer outra coisa, exceto tornar-me t ã o insuport á vel para todos que, s ó para se verem livres de mim, h ã o de acabar por me deixar ir daqui para fora.
A m ã e passou-lhe a m ã o pelos cabelos, com o fim de o apaziguar. Ele resmungou e procurou mostrar-se aborrecido, em seguida ao que todos fomos tomar os nossos lugares à mesa do ch á , obedecendo ao chamamento de Rose, j á por tr ê s vezes repetido.
— Agora tomem o ch á , para eu depois lhes dizer o que tenho feito — disse Rose. — Fui visitar os Wilson; e foi pena tu n ã o teres ido comigo, Gilbert, porque a Eliza Millward estava l á .
— Ah, sim? E ent ã o?
— Ora, nada de novo; nem te vou falar a seu respeito; s ó digo que a acho uma boa rapariguinha, at é engra ç ada quando est á bem disposta, e que n ã o me importaria chamar-lhe...
— Cala-te; cala-te, minha filha! O teu irm ã o nem pensa em fazer uma coisa dessas — disse minha m ã e, a meia voz e levantando um dedo.
— Ent ã o, nesse caso — continuou Rose — quero dar-lhes uma novidade importante que l á soube e que tenho estado morta por lhes dizer. Lembram-se de que, h á de haver um m ê s, correu por a í que algu é m ia arrendar Wildfell Hall? Que lhes parece isto? A casa j á est á habitada h á mais de uma semanal E n ó s sem sabermos de nada.
— É imposs í vel! — exclamou minha m ã e.
— É simplesmente absurdo! — vociferou Fergus.
— Mas é verdade. E apenas

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