El tema de investigación de este grupo de trabajo es la etnografía de Internet y de las tecnologías digitales. Queremos plantear un espacio para reflexionar y discutir sobre los desafíos metodológicos a los que se enfrentan los estudios etnográficos cuando lo digital conforma una parte esencial de su objeto de estudio y de su campo de trabajo. Proponemos como líneas principales de reflexión las alteraciones en los niveles epistemológico, metodológico y de interpretación que tienen lugar cuando la etnografía acomete el estudio fenómenos sociales mediados por Internet y las tecnologías digitales....
III Congreso Online - Observatorio para la Cibersociedad Etnografías de lo Digital
‘Conocimiento abierto, Sociedad libre’ Grupo de trabajo
Etnografías de lo digital
Grupo de trabajo
III Congreso Online -
Observatorio para la Cibersociedad
Del 20/11/2006 - 03/12/2006
Coordinadores
Adolfo Estalella
Elisenda Ardévol
Daniel Domínguez
Edgar Gómez Cruz
1 III Congreso Online - Observatorio para la Cibersociedad Etnografías de lo Digital
‘Conocimiento abierto, Sociedad libre’ Grupo de trabajo
Presentación
El tema de investigación de este grupo de trabajo es la etnografía de Internet y de
las tecnologías digitales. Queremos plantear un espacio para reflexionar y discutir
sobre los desafíos metodológicos a los que se enfrentan los estudios etnográficos
cuando lo digital conforma una parte esencial de su objeto de estudio y de su campo
de trabajo. Proponemos como líneas principales de reflexión las alteraciones en los
niveles epistemológico, metodológico y de interpretación que tienen lugar cuando la
etnografía acomete el estudio fenómenos sociales mediados por Internet y las
tecnologías digitales.
Por 'etnografías de lo digital' queremos designar las formas de hacer etnográfico en
el espacio de interacción que configura Internet y las tecnologías digitales (teléfonos
móviles, fotografía digital, redes inalámbricas, etc.). De manera que en el concepto
de 'etnografías de lo digital' aglutinamos la etnografía virtual (Hine, 2000), la
etnografía del ciberespacio (Hakken, 1999), la etnografía de/en/a través de Internet
(Baulieau, 2004), la ciber-etnografía (Escobar, 1994), etc.
La etnografía es la metodología fundamental de la investigación antropológica. A
través de la técnica de observación participante el investigador se integra en los
procesos sociales que estudia para obtener una información de primera mano desde
la perspectiva del actor y con el objetivo de comprender sus estructuras de
significación.
Pensamos que la etnografía de lo digital mantiene los rasgos metodológicos de la
etnografía. Es decir, puede hacerse etnografía de colectivos mediados por las
tecnologías digitales como Internet usando las técnicas básicas, como de hecho ha
sido demostrado por trabajos como los realizados por Philip Budka y Manfred
Kremser (2004), Arturo Escobar (1994); o las etnografías de referencia realizadas
por Daniel Miller y Don Slater sobre Internet y Trinidad (2000); la de Elizabeth Reid
(1994), Anneth Markham (1998), o la obra de referencia de Christine Hine, Virtual
Ethnography (2001).
Pero la adaptación de la metodología etnográfica a las propiedades del los
fenómenos que se desarrollan a través de lo digital implica repensar muchos de sus
conceptos básicos y planteamientos metodológicos. La misma idea del campo y de
'entrada' en el campo, el concepto de observación participante o de la identidad del
investigador, son componentes que pueden ser repensados ya que presentan
considerables diferencias con respecto a las etnografías realizadas sobre colectivos
humanos que interaccionan cara a cara.
Sitio web del grupo en el Congreso:
http://www.cibersociedad.net/congres2006/gts/gt.php?llenguaes&id=117
El grupo Etnografías de lo Digital forma parte del proyecto académico EtnoVirtual.
Más sobre EtnoVirtual en: http://www.uned.es/etnovirtual
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ÍNDICE
Linguagem, Política e Virtualidade. A proposição de um modelo para análise de
comunidades de software livre e código aberto, por Luis Felipe Rosado
Murillo……………………………………………………………………………………… 4
Tras las huellas de los e-nómadas. Reflexiones metodológicas en torno a una
experiencia de etnografía digital en foros sobre Extremadura, por Leonor Gómez
Cabranes………………………………………………………………………………… 15
Etnografía virtual, etnografía banal. La relevancia de lo intranscendente en la
investigación y la comprensión de lo cibersocial, por Joan Mayans y
Planells…………………………..……………………………………………………….. 26
Contributos para a Antropologia na Era Digital, por José da Silva
Ribeiro……………………………………………………………………………………. 39
Conspiración en Espai 8: etnogarfía virtual, videojuegos y sublime tecnológico, por
Lluís Anyó
Sayol………………………………….…………………………………………………... 61
Como pesquisar o “Fale com o Governo” da Presidência da República?
Considerações sobre o método de uma pesquisa, por Marcello Cavalcanti
Barra…………………………………………..………………………………………….. 70
Exploración del espacios y lugares digitales a través de la observación flotante. Una
propuesta metodológica, por Eduardo
Neve…………………………………………………………………...………………….. 75
Ciberacismo: entre o ódio e miliItância. Uma análise etnográfica digital, por Adriana
Dias……………………………………………..………………………………………… 90
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Linguagem, Política e Virtualidade
A proposição de um modelo para análise de comunidades
de software livre e código aberto
Luis Felipe Rosado Murillo
Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Brasil
Resumo: Este artigo propõe a discussão de um modelo interpretativo para a análise
de comunidades virtuais. Com base em contribuições teóricas da antropologia
cultural e dos estudos da linguagem, é realizada a composição de uma “caixa de
ferramentas” para a investigação de novas formas de sociabilidade, assim como de
manifestações da linguagem e de práticas em ambientes virtuais e atuais.
Palavras-chave: antropologia virtual, análise de discurso, pragmática, comunidade
virtual, software livre e de código aberto.
Abstract: This article proposes a discussion of an interpretative model for virtual
communities analysis. Based on theoretical contributions from cultural anthropology
and the language studies,a “toolbox” is composed for the investigation on new
sociability forms, as well as language and social pratice manifestations in virtual and
actual environments.
Keywords: virtual anthropology, discourse analysis, pragmatics, virtual community,
free and open source software.
1. Introdução
O avanço da lógica colaborativa e das redes de trabalho sobre as novas
tecnologias da informação livres e de código aberto tem desafiado a imaginação
antropológica. Novos problemas propriamente teóricos e metodológicos surgiram
com a emergência de coletivos técnico-políticos organizados pela Internet, a
exemplo da comunidade internacional de software livre e código aberto.
Este artigo é um produto da necessidade premente de composição de um
modelo interpretativo adequado ao estudo das formas de sociabilidade da
comunidade de software livre e código aberto brasileira. Após dois anos de
acompanhamento de sua dinâmica cultural, técnica e política, foi percebida como
imprescindível para a investigação a constituição de uma nova caixa de ferramentas
teóricas, a começar pela avaliação dos impactos das novas tecnologias da
informação no que diz respeito à dinâmicas sócio-culturais.
Traçamos um percurso com foco em questões teóricas e metodológicas, a
partir de contribuições da antropologia e do domínio dos estudos da linguagem, por
assumirmos que este é o caminho mais interessante para compartilharmos com os
pesquisadores deste congresso, cujo eixo é a produção de conhecimentos livres e a
possível conformação de coletivos livres.
2. A caixa de ferramentas teóricas
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O estudo das práticas e dos laços sociais desenvolvidos no âmbito de
1comunidade virtuais implica a construção de um modelo que esteja adaptado às
especificidades da Internet como espaço e instrumento de mediação de relações.
Cumpre definirmos, pois, quais são as ferramentas que podem vir a compor um
quadro adequado de referências teórico-metodológicas.
Neste tópico, ocuparemo-nos da revisão de algumas das contribuições
centrais dos estudos da linguagem e da antropologia para a construção de um
modelo interpretativo capaz de levar a cabo a investigação das relações entre
linguagem, cultura, política e virtualidade. Ao fim da exposição das referências de
teoria e método, faremos a composição delas em um esquema que permita
contemplar: 1) os laços sociais no trabalho de manipulação de tecnologias da
informação; e 2) as práticas de linguagem como performances verbais que se
explicam a) pela experiência comunitária dos agentes do movimento de software
livre e código aberto, b) pelo contexto no qual são significadas e c) pela historicidade
dos discursos postos em movimento.
2.1. Historicização das práticas de linguagem
Uma via para além do estruturalismo, da hermenêutica e da filosofia dos atos
de fala foi aberta pela arqueologia de Michel Foucault. O final da década de
sessenta foi o período em que o autor compôs suas orientações de método (ou um
anti-método apresentado como sugestão de plano de trabalho), coincidindo com a
queda do estruturalismo na França, com a grande efervescência de novos
movimentos sociais e intensa reformulação teórico-paradigmática.
De uma teoria do discurso que se pode extrair do trabalho arqueológico de
Foucault, duas dimensões foram resgatadas para os estudos da linguagem na
França: a história e a prática. Ao mesmo tempo em que o autor sinalizou os limites