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Publié par | EUROPEAN-COMMISSION-DIRECTORATE-GENERAL-FOR-EMPLOYMENT_SOCIAL-AFFAIRS-AND-INCLUS |
Nombre de lectures | 23 |
Langue | Português |
Poids de l'ouvrage | 41 Mo |
Extrait
1995
Comissão Europeia COM(95) 396
Comissão Europeia
Emprego na
EUROPA
1995
Direcção-Geral
Emprego, Relações Laborais e Assuntos Sociais Uma ficha bibliográfica encontra-se no fim desta publicação.
Luxemburgo: Serviço das Publicações Oficiais das Comunidades Europeias, 1995
ISBN 92-827-5021-3
© CECA-CE-CEEA, Bruxelas · Luxemburgo, 1995
Reprodução autorizada, excepto para fins comerciais, mediante indicação da fonte.
Printed in Belgium Prefácio
Prefácio
O crescente interesse por esta aná Na sequência dos dois Conselhos re O Mercado Único, desenvolvido ao
lise anual das tendências e estraté centes, desenrola-se actualmente um máximo do seu potencial, é o primei
ro pilar de riqueza e emprego na gias do emprego reflecte, não só a processo à escala de toda a UE visando
qualidade do documento, mas tam aferir e melhorar os resultados em Europa. A União Económica e Mone
bém a importância primordial que a termos de emprego. Processo inclusi tária — a moeda única — será um
elevação dos níveis de emprego e a vo, congrega o Conselho dos Assuntos garante fundamental de materiali
zação deste potencial, podendo ofereredução do desemprego revestem Sociais e o EcoFin e insiste no empe
para todo o projecto europeu. nho dos parceiros sociais e na partici cer a estabilidade requerida para tal
pação de outras instituições. efeito. Mas, se pretendermos que a
UEM se torne realmente a locomotiOs dois últimos Conselhos Euro
va da criação de riqueza e emprego peus (Essen e, em Junho, Cannes) As conclusões de Essen têm como
para os cidadãos europeus, teremos cimentaram aquela determinação principais vertentes a formação, o
de a acompanhar de uma estratégia sob formas assinaláveis, para os crescimento caracterizado por uma
de emprego que nos possa proporcioEstados-membros, para a Comissão maior intensidade de emprego, a re
nar uma força de trabalho com a Europeia e para a União no seu dução dos custos que dificultam o
flexibilidade e a alta qualidade netodo. recrutamento de trabalhadores, a
cessárias a uma sociedade de trabaajuda reforçada aos mais atingidos
lho produtiva. pelo desemprego estrutural. Neste Conforme o presente relatório evi
contexto, é igualmente realçada a urdencia, o mercado de trabalho en-
gência de uma acção renovada sobre contra-se em rápida transformação Sem o que não podemos realistamen
as pequenas e médias empresas e de na UE e por todo o mundo desen te aspirar ao pleno emprego — e este
iniciativas e capacidades locais. volvido. São criados novos e mais será relegado a um plano secundário.
produtivos postos de trabalho,
desaparecem antigas profissões. O relatório do emprego foi reestrutu A meia década de 90, temos desem
Verifica-se uma viragem anual de rado na presente edição, passando prego estrutural maciço: mais do que
10% no número de empregos. E a em revista tendências, perspectivas um amortecedor ou uma reserva de
mudança é, deste modo, notavel e estratégias, de acordo com as cinco recrutamento, este é um elemento
mente célere. prioridades aprovadas unanime dualizador da sociedade. Devemos
mente pelo Conselho. reconhecer e reagir ao facto de a na
tureza do mercado de trabalho ter Em matéria de qualificações, os no
sofrido uma viragem radical. Nos sisvos empregos que vão sendo criados O Conselho deu um passo significa
temas actuais, o desemprego está a são mais exigentes do que os que tivo em Essen, ao instar os Estados-
adquirir carácter de permanência, desaparecem, colocando sob forte membros no sentido de transporem
enquadrado por uma descoordenatensão os nossos sistemas de ensino as principais prioridades e recomen
ção de base entre qualificações, solie formação. Porém, nestes sistemas, dações para programas nacionais
citações e incentivos. as mutações são bastante mais plurianuais que os Chefes de Estado,
lentas, a capacidade fica aquém da reunidos em Conselho, analisarão
equerida e a adaptação aos novos anualmente. O processo de Essen, O pleno emprego, definido como es
condicionalismos avança com demo baseado nos Livros Brancos, fornece sencialmente para homens e no sec
ra. o esqueleto de uma nova estratégia tor da indústria, a conservação de
europeia para o emprego. um posto de trabalho por toda a vida,
Acabámos por nos encontrar na poderá ser um fenómeno do passado.
União com um mercado de trabalho O recente Conselho de Cannes apro
a duas velocidades e dualista, mani veitou estes antecedentes, conferindo O regresso a um tipo diferente de
festo por graves problemas para os à Comissão um novo e importante pleno emprego só terá viabilidade se
trabalhadores que perdem o empre mandato: convida-nos a estudar o efei o nosso esforço pela criação de uma
go, pelo deslize de muito trabalho to mutuamente robustecedor de uma nova estratégia de emprego igualar
em direcção às margens não regula coordenação melhorada entre políti os actuais esforços a favor da União
mentadas e por dificuldades em re cas económicas e estruturais. Tal Económica e Monetária. Impõe-se-
crutar mão-de-obra qualificada mandato deve o seu poder ao facto de nos reexaminar de base, e bem as
para as empresas em expansão. No a União Europeia, como entidade eco sim adventiciamente, os nossos
final, toda esta situação conduz ao nómica, oferecer bastante mais espaço sistemas europeus de emprego, na
abrandamento do crescimento, a de manobra. E, sobretudo, põe em interconexão das políticas de tribu
uma pressão contínua sobre as fi equação um particular valor acrescen tação, previdência, formação, regu
nanças públicas e a uma crescente tado que contribuirá para a criação de lamentação e outras e dos acordos
exclusão da sociedade activa. emprego duradouro. colectivos. Prefácio
Somente mediante uma tal aborda grando no mercado de emprego indi Monetária será concretizado em re
gem emergirá a nova estratégia eu víduos não qualificados, com desta lação a consumidores, investidores,
que para os afectados pelo trabalhadores e sociedade em geral. ropeia de emprego, descobrindo a
nova via para emprego elevado e de desemprego de longa duração, tor- Um emprego forte e produtivo não é
semprego reduzido: o cimento de nando-os mais atractivos para as en simplesmente (ou simplistamente)
uma Europa inclusiva. tidades empregadoras, mas também um critério para a UEM — é condição
trazendo para o mercado a procura imprescindível do êxito da União
não satisfeita — uma nova activida Económica e Monetária. As transformações estruturais que
de empresarial e social. prosseguimos actualmente podem
proporcionar essa nova via. Podem Temos neste momento uma oportu
permitir-nos reorganizar as medidas Correctamente executado, e enfor nidade única de conseguir progres
relativas ao emprego, conferindo no mado por justiça social, tudo isto po sos reais nestas frentes, utilizando
vas qualificações aos desemprega derá ajudar a transformar os actuais em pleno o clima económico positivo
dos, criando relações mais positivas esquemas passivos de segurança que se verifica. A recuperação inicia
entre trabalho e previdência e dando contra o desemprego em sistemas da em meados de 1993 está a trans-
aos trabalhadores e às empresas ca mais activos e estratégicos de reinte formar-se num crescimento
pacidade de acesso sistemático e fle gração no emprego, juntamente com económico robusto, com 2,7% no ano
xível à formação. relações mais positivas e imaginati transacto e previsões de 3,1% e 2,9%,
vas de fiscalidade e previdência. Os respectivamente, para 1995 e 1996,
custos de tal política seriam uma pe altura em que o produto real da UE Os Conselhos mais recentes encami-
quena fracção do que temos gasto estará quase 10% acima do nível de nharam-nos firmemente nestes ru
meramente com a inclusão de todos 1991. mos e sublinharam a importância da
os afectados pelo desemprego em sisigualdade de acesso e oportunidade
temas de apoio. para a consecução destes objectivos. Surge deste modo uma via p