O Primeiro de Maio
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Project Gutenberg's O Primeiro de Maio, by Sebastião de Magalhães LimaThis eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and withalmost no restrictions whatsoever. You may copy it, give it away orre-use it under the terms of the Project Gutenberg License includedwith this eBook or online at www.gutenberg.netTitle: O Primeiro de MaioAuthor: Sebastião de Magalhães LimaRelease Date: May 15, 2010 [EBook #32379]Language: Portuguese*** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK O PRIMEIRO DE MAIO ***Produced by Pedro Saborano (produced from scanned imagesof public domain material from BibRia) O Primeiro de Maio MAGALHÃES LIMA O1.º de Maio Marchez, l'humanité ne vit pas d'une idée,Elle en allume une autre á l'eternel flambeau CASA BERTRAND—JOSÉ BASTOSCHIADOLISBOA O PRIMEIRO DE MAIO O PRIMEIRODE MAIOPORS. DE MAGALHÃES LIMA Marchez, l'humanité ne vit pas d'une idée,Elle en allume une autre á l'eternel flambeau LISBOATYP. DA COMPANHIA NACIONAL EDITORA1894 {4}{5} Á MEMORIADOMEU QUERIDO MESTREESAUDOSISSIMO AMIGOBENOIT MALON Lisboa, 2 de dezembro de 1893.Magalhães Lima.{6} {7} SOLEMNIA VERBA...Recordo-me perfeitamente. Era uma manhã de agosto. Na vespera, Cipriani havia me dito: «amanhã, ás 11 horas,na gare de S. Lazare!»Fomos ambos pontuaes. Tomámos os nossos bilhetes, e seguimos no trem de Asnières. Era ali, na rua deColombes, que vivia, ou que agonisava, para melhor dizer, Benoit Malon. ...

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Publié le 08 décembre 2010
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Langue Português

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Marchez, l'humanité ne vit pas d'une idée, Elle en allume une autre á l'eternel flambeau
O 1 º de Maio .
CASA BERTRAND—JOSÉ BASTOS CHIADO LISBOA
O PRIMEIRO DE MAIO
Produced by Pedro Saborano (produced from scanned images of public domain material from BibRia)
   
MAGALHÃES LIMA
O Primeiro de Maio
  
 
        
 Lisboa, 2 de dezembro de 1893.
  
LISBOA TYP. DACOMPANHIANACIONAL EDITORA 1894
   Á MEMORIA DO MEU QUERIDO MESTRE E SAUDOSISSIMO AMIGO BENOIT MALON     
        
Magalhães Lima.
{4} {5}
Marchez, l'humanité ne vit pas d'une idée, Elle en allume une autre á l'eternel flambeau
{6} {7}
ILAMEàSAGHL EAM DS.OROPAI MDEROIEMIRP O
ãouço  dngcossrefnocamrir a loseO congresso amineftsçaoãu inca em que tomem er ,vlosuQ:eed e fveeraze -sa umifmr efad  eçaoãa deluctsses claed lamrosaroh 8 abtre  d d ehoalde reiviaracter d  oidnadnciçaoãai Mo o 1.o deº iedac or uesdrev afisso,ngreO coraa esvrc no med, asllxeru Bdeo :adibecnoc missaa suspensão do t saparocsngeiu rs  oussesf eçoorme egerpt rasodotivaentaitass fe ootajdnsat ad siomae  dracoen,  ohlabar1 aid onc norgseolacseO.isações es organeffitnerlep d santseo,idn', teeslad onmrid ale oo, p maiº deo 1.d oãçatsefinam As:ai mveoles rsoapsosezieuQ;tse maa feniaçst sãoaptr esot arabhladores de todos epsus esrt o adn, hoalab dseesn'lasi eerd ai eon de  1.º, e maiol-zeAdo.vesifal  mebme aatpomat odaa paria, em tesajp soeto dn epaa ad cdea stlid reved o met zie:A uint segendacoaiais rccaedomnçcaale lape, artelorp od odairaa paes, iverz unofmr sercoaisas quseciendaa az p,lasmoc amuonoc e cada nação.(Coo tbdi aedtnord mot oãçuloseR.hicur Zdeo ssreng oedogtseda 1  1o deessãna sada emir ori oãçp odel craeb89 1.A3)erestn,aace r pe signifide maio,ohar e 8t ar sedo, dbalh ao eve,et omsemres ,opmiv dos,npos soerov,sa a ffriamãço da energica vodatnuq ena e amipro etoliaar mdor ume pôno doderie orom ,op etmroc sãouçolev rdalaugesed sá ,lai classesdades de oatbmme ,edevdnr taenopan mesifmmoca muemas otn12}{.rfmes foq euos dãoaçigbr o aé ,samitciv oãs e de queniquidadtnara i seat roc; amotprraetlhbaod ruq s o éeved
SOLEMNIA VERBA...
O PRIMEIRO DE MAIO
Recordo-me perfeitamente. Era uma manhã de agosto. Na vespera, Cipriani havia me dito: «amanhã, ás 11 horas, nagare de S. LazareFomos ambos pontuaes. Tomámos os nossos bilhetes, e seguimos no trem de Asnières. Era ali, na rua de Colombes, que vivia, ou que agonisava, para melhor dizer, Benoit Malon. Subimos a longa escadaria que conduzia a um terceiro andar. O mestre dormia tranquillamente. Mas, presentindo-nos, afastou docemente o lenço branco que lhe encobria o rosto, e estendeu-nos a mão com carinho e alvoroço, abraçando-nos e beijando-nos, ao mesmo tempo. A sua physionomia, abatida e amarellecida pelo uso da morphina, tinha o aspecto doentio, morbido, de quem, havia{8} muito, não dormira ou se achara dominado por terriveis convulsões. O quarto era pequeno, illuminado por uma janella que deitava para a rua. Sobre o leito em desalinho, alguns jornaes, dobrados uns, abertos outros—Le Rappel,La Petite Republique Française,La Justice... A atmosphera estava impregnada d'aquelle cheiro caracteristico das longas enfermidades dolorosas. A um lado do leito uma mesa, completamente coalhada de garrafas e frascos, uma pequena pharmacia, para assim o dizer; e a outro lado a figura luminosa, transparente e doce de Mademoiselle Estelle Husson, a enfermeira querida e dedicada, que teve a rara coragem e a excepcional perseverança de atravessar os seis longos mezes da doença, passando as noites em vigilia, ao lado do enfermo, sem se deitar... —É uma heroina!—disse-me Amilcare Cipriani. E era-o, com effeito. Conservo ainda hoje a sua imagem, intensamente gravada no meu espirito saudosissimo. Uma bata branca envolvia o seu corpo flexivel e franzino, e uma pallidez marmorea se desenhava na sua figura delicada demadona, de olhos azues e de longas tranças louras. Dir-se-hia uma irmã do doente, pelo soffrimento e pela dôr que a caracterisavam. Benoit Malon não podia fallar. Escrevia n'uma lousa que tinha sempre ao seu lado, e que elle mesmo limpava, de quando em quando, com uma pequena esponja. Fez-me muitas perguntas. Felicitou-me pela publicação do meu livro—La Fédération Ibérique, que havia dado a {9} Geisler, para que a elle se referisse naRevue Socialiste.—Porque não publica V., em volume, as suas impressões, sobre o congresso operario de Zurich?—disse-me por fim. Prometti-lhe solemnemente que o faria. Venho hoje cumprir a minha promessa; e, á tua memoria sacratissima, consagro o fructo do meu labor, ó morto querido!{10} {11}
cerp so e soigelndmuo  dositceonitaçj su eedti orivios ptra  contsetfa:omu eorp e  dredirmfiãoaç oetpm,oa  oemmsirmação  uma aff etoeiirbremel r asse ra açitsujidãoservial. socriamA ffesd  rseadlha orntco orased itop oms a eo, e protesto dah munadidatearab
rierl veesa  ttetcarsirerbugac esição. D de tranc ahamodepirdo,oa.ezrtceina  edaivud a etrap a ae lu e dbrio som aedocsumu aA gler otneb,áramoc  oa;a u voreçãluoligac ,nivetivao a consequenciai arreug ,epmorrumasdue a u  oa:emono  uxomi srpa épn'ummaisoca soe  mafrtmason- velho mce de umsed .abaodnueuq  o edis s  OisreonncEções e armamento,se p erapar-mesar po a prsuo embmoc.etaroP dot oresctadotam esghtseo  s soduoorreusses votiecspseziap sinum me  trabalhicios dozaesia  o eadp ol cctlepar  arab sofenedivi edaspiras aAessno. om saham,sc çaeõpro  dãoaçirsp aredom odairatelosoe pxolaroder;s e elle, que sigbartohlaa e orp cçdu, ãombcoe at aoeettsa g edaia.Reuerrdicaivinp acifinroma ,zacoon c ede, iarde oinocnpo Orareuiiq. laa atane ugrearm ar , e amo exploapitalis o atneserpereuq, leele ; osigim snid iotssed e'entem frse etra-en dinoma admppoon ab avabra,eirnomica a que estle ,adc irese ocdemos de c.Oasrnsa uotsaadeicos rmano pe,arrenteneetsomacrtie exeparseo acõçniidreivdas iva lect.asrior se, purnoeu tosicón som ;lasiçãramomeri pdoo rolg a ,moc asoião éoutra cousa emri oedm ia,on  sãoemol eneol cãnes a oiffaçamr3}{1
BENOIT MALON, LUIZ RUCHONNET, RAMÓN CHÍES, VICTOR SCHOELCHER E VICTOR CNSOT.ANÉRIDTHEODORO HERTZKA E O SEU FREILAND.—NO CONGRESSO DE ZURICH:—A ALLEMANHA, ABELGICA, AFRANÇA E AINGLATERRA.—A ITALTA, ASUISSA, AHESPANHA EPORTUGAL.—NOTAS E COMMENTARIOS.
I O DESENVOLVIMENTO DAS IDEIAS SOCIALISTAS
No proximo anno preterito que acaba de desapparecer, arrastando na sua cauda varredora todo um mundo de lagrimas e de ficções, a humanidade perdeu cinco dos seus melhores amigos e a revolução cinco dos seus apostolos mais queridos e predilectos. Oprimeiro de maio, que, antes de tudo, significa paz e solidariedade, presta homenagem aos mortos illustres. Façamos reviver os Mestres. O seu exemplo é o nosso ensinamento, e a sua memoria luminosa é a origem dos nossos esforços e dos nossos sacrificios. Por elles vivemos, e pela sua lição sacratissima nos abalançamos aos supremos heroismos e aos supremos martyrios. Bem hajam elles, os bons, os santos, os immortaes, os calumniados de todos os tempos e de todos os paizes; bem hajam os simples, os eternamente ingenuos: foram elles que nos ensinaram; são{14} elles ainda os que, atravez dos escolhos que as paixões semeiam na sociedade, nos guiam e conduzem ao ideal abençoado, á terra promettida da liberdade e da fraternidade humana! *       * *
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