A Ilha Misteriosa
347 pages
Português

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A Ilha Misteriosa , livre ebook

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Description

Publicada em 1874, «A Ilha Misteriosa» relata as aventuras de um grupo de abolicionistas americanos que encontra uma ilha desconhecida.
Neste livro, Verne tenta mostrar que o ser humano é capaz de viver longe da sociedade e de depender apenas da natureza.

Sujets

Informations

Publié par
Date de parution 11 novembre 2017
Nombre de lectures 0
EAN13 9789897781025
Langue Português

Informations légales : prix de location à la page 0,0007€. Cette information est donnée uniquement à titre indicatif conformément à la législation en vigueur.

Extrait

J ú lio Verne
A ILHA MISTERIOSA
Índice
 
 
Parte 1 — Os Náufragos do Ar
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Parte 2 — O Abandonado
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Parte 3 — O Segredo da Ilha
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
 
Parte 1 — Os Náufragos do Ar
Capítulo 1
 
 
 
— Subimos?
— N ã o, pelo contr á rio! Estamos a descer!
— Pior do que isso, senhor Cyrus! Estamos a cair!
— Por Deus! Lancem lastro!
— O ú ltimo saco foi despejado!
— O bal ã o est á a subir?
— N ã o!
— Ou ç o como que o marulhar das vagas!
— O mar est á por baixo da barquinha!
— N ã o deve estar a quinhentos p é s de n ó s!
Ent ã o uma voz poderosa rasgou o ar e ouviram-se estas palavras:
— Para fora tudo o que pesa!... tudo! E que a gra ç a de Deus nos acompanhe!
Foram estas as palavras que se ouviram, por cima desse vasto deserto de á gua do Pac í fico, cerca das quatro horas da tarde, no dia 23 de mar ç o de 1865.
Certamente ningu é m esqueceu o terr í vel golpe de vento nordeste que se desencadeou no meio do equin ó cio desse ano, e durante o qual o term ó metro baixou para setecentos e dez mil í metros. Foi um furac ã o que durou sem intermit ê ncia desde o dia 18 at é ao dia 26 de mar ç o. As devasta çõ es que produziu foram imensas na Am é rica, na Europa, na Á sia, numa zona de mil e oitocentas milhas, que se desenhava obliquamente no equador, desde o paralelo trig é simo quinto norte at é ao paralelo quadrag é simo sul! Cidades destru í das, florestas arrancadas, margens devastadas por montanhas de á gua que se precipitavam como macar é us, navios atirados para a costa, que as estat í sticas feitas pelo Gabinete Veritas or ç aram por centenas, territ ó rios inteiros nivelados por trombas de á gua que esmagavam tudo à sua passagem, v á rios milhares de pessoas esmagadas por aluimentos de terras ou engolidas pelo mar: foram estes os testemunhos do furor, das destrui çõ es deixadas por esse formid á vel furac ã o. Ultrapassou em desola çã o os que devastaram Havana e Guadalupe, um a 25 de outubro de 1810, o outro a 26 de julho de 1825.
Ora, no preciso momento em que tantas cat á strofes sucediam na terra e no mar, um drama n ã o menos terr í vel desenrolava-se nos ares agitados.
Com efeito, um bal ã o, levado como uma bola no cimo de uma tromba, e apanhado no movimento girat ó rio da coluna de ar, percorria o espa ç o com uma velocidade de noventa milhas por hora, girando sobre si mesmo, como se tivesse sido apanhado por qualquer turbilh ã o a é reo.
Por baixo do ap ê ndice inferior do bal ã o oscilava uma barquinha que continha cinco passageiros, mal vis í veis no meio desses espessos vapores, misturados com á gua pulverizada, que se arrastavam à superf í cie do oceano.
Donde vinha aquele aer ó stato, verdadeiro brinquedo da tem í vel tempestade? De que ponto do Mundo tinha ele partido? N ã o tinha evidentemente podido partir durante a tempestade. Ora, o furac ã o durava j á h á cinco dias e os seus primeiros sintomas tinham-se manifestado a 18. Podia-se portanto pensar que o bal ã o vinha de muito longe, pois n ã o devia ter percorrido menos de duas mil milhas em vinte e quatro horas.
Em todo o caso, os passageiros n ã o tinham podido ter à sua disposi çã o nenhum meio de calcular o caminho percorrido desde a sua partida, pois faltava-lhes qualquer ponto de refer ê ncia. Devia mesmo dar-se o facto curioso de que, arrastados no meio das viol ê ncias da tempestade eles n ã o as sentissem. Deslocavam-se, rolavam sobre si mesmos sem sentirem essa rota çã o, nem a sua desloca çã o em sentido horizontal. Os seus olhos n ã o podiam trespassar o espesso nevoeiro que se amontoava sob a barquinha. Em redor deles tudo era bruma. A opacidade das nuvens era tal que nem saberiam dizer se era dia ou noite. Nenhum reflexo de luz, nenhum ru í do de terras habitadas, nenhum bramir do oceano conseguia chegar at é eles no meio daquela imensid ã o obscura, enquanto eles se mantiveram a grandes altitudes. S ó a descida r á pida lhes tinha dado a no çã o dos perigos que corriam ao de cima das ondas.
Entretanto, o bal ã o, aliviado dos objetos pesados, voltara a subir para as camadas superiores da atmosfera, para uma altura de quatro mil e quinhentos p é s. Os passageiros, depois de terem visto que se encontravam sobre o mar, e achando os perigos menos tem í veis l á em cima do que em baixo, n ã o tinham hesitado em lan ç ar pela borda fora mesmo os objetos mais ú teis, e procuravam n ã o perder mais nada do fluido, dessa alma do seu aparelho, que os mantinha por cima do abismo.
A noite passou-se no meio de inquieta çõ es que teriam sido mortais para almas menos en é rgicas. Depois o dia voltou a aparecer e com ele o furac ã o pareceu mostrar tend ê ncia para se moderar. Desde o in í cio desse dia de 24 de mar ç o, houve alguns sintomas de apaziguamento. De madrugada, as nuvens, mais leves, tinham subido para as alturas do c é u. Em poucas horas a tromba mar í tima quebrou-se e o vento passou do estado de furac ã o para o de « muito fresco » , quer dizer, que a velocidade de transla çã o das camadas atmosf é ricas diminuiu para metade. Era ainda aquilo a que os marinheiros chamam uma « brisa de tr ê s rizes » , mas a melhoria da perturba çã o atmosf é rica n ã o deixou de ser consider á vel.
Por volta das onze horas, as camadas inferiores da atmosfera estavam sensivelmente mais limpas. A atmosfera tinha essa limpidez h ú mida que se v ê , que se sente at é , ap ó s a passagem de grandes meteoros. N ã o se afigurava que o furac ã o tivesse ido para mais longe, para ocidente. Parecia morto. Talvez se tivesse esgotado em nuvens carregadas de eletricidade ap ó s a rutura da tromba, como sucede muitas vezes aos tuf õ es no oceano Í ndico.
Contudo, por volta dessa hora, puderam observar de novo que o bal ã o baixava lentamente, por um movimento cont í nuo nas camadas inferiores do ar. Parecia mesmo que se ia esvaziando a pouco e pouco e se distendia, passando da forma esf é rica para a forma ovoide.
Por volta do meio-dia o aer ó stato s ó planava a uma altura de dois mil p é s acima do mar. Tinha uma capacidade de cinquenta mil p é s c ú bicos, e, gra ç as a isso, pudera manter-se durante muito tempo no ar, quer por ter atingido grandes altitudes, quer por se ter deslocado segundo uma dire çã o horizontal.
Nesse momento os passageiros lan ç aram pela borda fora os ú ltimos objetos pesados existentes ainda na barquinha, os poucos v í veres que tinham conservado, tudo, at é os mais pequenos utens í lios que tinham nos bolsos, e um deles, tendo-se i ç ado para o anel onde se reuniam as cordas da rede, procurou ligar solidamente o ap ê ndice inferior do aer ó stato.
Era evidente que os passageiros n ã o podiam manter mais o bal ã o nas zonas elevadas e que o g á s lhes faltava!
Estavam perdidos!
Com efeito, n ã o era um continente, nem sequer uma ilha que se estendia por baixo deles. No horizonte n ã o se vislumbrava o mais pequeno ponto onde pudessem pousar.
Era o mar imenso, cujas ondas se erguiam ainda com incompar á vel viol ê ncia! Era o oceano sem limites vis í veis, mesmo para eles, que o dominavam de cima e cujos olhares se estendiam sobre um raio de quarenta milhas! Era essa plan í cie l í quida, fustigada sem merc ê pelo furac ã o, que lhes devia parecer uma cavalgada de vagas desencadeadas, sobre as quais tivessem deitado uma vasta rede de cristas brancas! Nem um rochedo à vista, nem um navio!
Era preciso portanto, a todo o custo, deter o movimento de descida, para impedir que o aer ó stato

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