David Copperfield
641 pages
Português

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David Copperfield , livre ebook

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Description

David nasce pouco depois da morte do seu pai. A mãe, Clara, é fraca, mas ama-o. Quando David tem nove anos, ela casa de novo com um homem cruel e disciplinador que acaba por ser responsável pela sua morte, pouco depois de David ter sido enviado para um colégio interno. David é então posto de novo fora de casa, desta vez para ser criado de uma família de Londres que se dedica ao comércio de vinhos.

Sujets

Informations

Publié par
Date de parution 11 novembre 2017
Nombre de lectures 3
EAN13 9789897780844
Langue Português

Informations légales : prix de location à la page 0,0007€. Cette information est donnée uniquement à titre indicatif conformément à la législation en vigueur.

Extrait

Charles Dickens
DAVID COPPERFIELD
Índice
 
 
 
Capítulo 1 — Venho ao Mundo
Capítulo 2 — Observo
Capítulo 3 — Uma Mudança
Capítulo 4 — Caio em Desgraça
Capítulo 5 — Sou Exilado da Casa Paterna
Capítulo 6 — Aumento os Meus Conhecimentos
Capítulo 7 — O Meu Primeiro Semestre em Salem-House
Capítulo 8 — As Minhas Férias e Certa Tarde em Que Fui Feliz
Capítulo 9 — Nunca Esquecerei Esse Meu Dia de Anos
Capítulo 10 — Primeiro Desprezam-me, Depois Empregam-me
Capítulo 11 — Começo a Viver por Minha Conta
Capítulo 12 — Não Me Agrada Viver Por Minha Conta; Tomo Uma Grande Resolução
Capítulo 13 — Executo a Minha Resolução
Capítulo 14 — O Que Minha Tia Fez de Mim
Capítulo 15 — Recomeço
Capítulo 16 — Mudo Sob Vários Pontos de Vista
Capítulo 17 — A Quem a Boa Sorte Favorece
Capítulo 18 — Um Olhar Retrospetivo
Capítulo 19 — Olho em Torno e Faço Uma Descoberta
Capítulo 20 — Em Casa de Steerforth
Capítulo 21 — A Emilita
Capítulo 22 — Novos Personagens Num Velho Teatro
Capítulo 23 — Corroboro a Opinião de Mister Dick e Escolho Uma Profissão
Capítulo 24 — Os Meus Primeiros Excessos
Capítulo 25 — Anjo Bom e Anjo Mau
Capítulo 26 — Eis-me Caído em Cativeiro
Capítulo 27 — Tommy Traddles
Capítulo 28 — É Preciso Que Mister Micawber Atire a Luva à Sociedade
Capítulo 29 — Vou Outra Vez Visitar Steerforth
Capítulo 30 — Uma Perda
Capítulo 31 — Uma Perda Mais Grave
Capítulo 32 — Começo de Uma Longa Viagem
Capítulo 33 — Felicidade
Capítulo 34 — Minha Tia Causa-me Um Grande Pasmo
Capítulo 35 — Abatimento
Capítulo 36 — Entusiasmo
Capítulo 37 — Um Pouco de Água Fria Lançada no Meu Fogo
Capítulo 38 — Dissolução de Sociedade
Capítulo 39 — Wickfield & Heep
Capítulo 40 — Triste Viagem ao Acaso
Capítulo 41 — As Tias de Dora
Capítulo 42 — Uma Nódoa Negra
Capítulo 43 — Ainda Um Olhar Retrospetivo
Capítulo 44 — A Nossa Casa
Capítulo 45 — Mister Dick Justifica a Predição de Minha Tia
Capítulo 46 — Novidades
Capítulo 47 — Marta
Capítulo 48 — Acontecimento Doméstico
Capítulo 49 — Acho-me Envolvido Num Mistério
Capítulo 50 — Realiza-se o Sonho de Mister Peggotty
Capítulo 51 — Preparativos de Uma Mais Longa Viagem
Capítulo 52 — Assisto a Uma Explosão
Capítulo 53 — Ainda Um Olhar Retrospetivo
Capítulo 54 — As Operações de Mister Micawber
Capítulo 55 — A Tempestade
Capítulo 56 — O Novo e o Velho Golpe
Capítulo 57 — Os Emigrantes
Capítulo 58 — Ausência
Capítulo 59 — Regresso
Capítulo 60 — Inês
Capítulo 61 — Mostram-me Dois Interessantes Penitentes
Capítulo 62 — Fulge Uma Estrela no Meu Caminho
Capítulo 63 — Um Visitante
Capítulo 64 — Um Último Olhar Retrospetivo
 
Capítulo 1 — Venho ao Mundo
 
 
 
S erei eu o herói da minha própria história ou qualquer outro tomará esse lugar? É o que estas páginas vão fazer saber ao leitor. Para começar pelo princípio, direi, pois, que nasci numa sexta-feira, à meia-noite (pelo menos assim mo disseram, e acredito). E, coisa digna de nota, o relógio começou a dar as horas e eu comecei a gritar no mesmo instante.
Visto o dia e a hora do meu nascimento, a enfermeira de minha m ã e e algumas senhoras vizinhas que bastante se interessavam por mim, muito tempo antes que pud é ssemos mutuamente conhecer-nos, declararam: 1. ° , que eu estava destinado a ser um desgra ç ado nesta vida; 2. ° , que teria o privil é gio de ver fantasmas e esp í ritos. Qualquer crian ç a de um ou de outro sexo que tivesse a desgra ç a de nascer numa sexta-feira e à meia-noite possu í a invariavelmente, diziam, esse duplo privil é gio.
N ã o vou ocupar-me aqui da primeira predi çã o dessa gente. A continua çã o desta hist ó ria provar á a sua exatid ã o ou falsidade. Quanto ao segundo ponto, limitar-me-ei a notar que estou sempre à espera, a menos que as almas do outro mundo me tivessem feito alguma visita quando eu era ainda de peito. N ã o é que eu deplore tal demora, bem pelo contr á rio: e mesmo se algu é m possuir neste momento essa por çã o da minha heran ç a, autorizo-o de todo o meu cora çã o a guard á -la para si.
Nasci dentro de um folie; essa membrana foi posta à venda, por meio de an ú ncio nos jornais, pelo modic í ssimo pre ç o de quinze guin é us. N ã o sei se foi porque os marinheiros estavam ent ã o falhos ao naipe, ou se n ã o tinham f é e preferiam cintos de corti ç a, mas o que h á de positivo é que apenas se recebeu uma proposta: proveio ela de um corretor comercial que oferecia quarenta xelins em prata e o resto da quantia em vinho de Xerez; n ã o queria pagar por mais a seguran ç a de nunca se afogar. Renunciou-se, pois, aos an ú ncios, que era preciso pagar, bem entendido. Quanto ao Xerez, a minha pobre m ã e acabava de vender o seu, e n ã o tratava, portanto, de comprar outro. Dez anos depois foi o folie rifado em lotaria, a meia coroa o bilhete; eram cinquenta bilhetes, e a pessoa a quem sa í sse devia dar mais cinco xelins. Assisti à extra çã o da lotaria, e lembra-me que estava muito aborrecido e humilhado de ver assim dispor de uma por çã o do meu ser. O folie saiu a uma velhota que, bem contra vontade, tirou do seu saco os cinco xelins em grossos pence, faltando-lhe ainda um penny, mas foi o mesmo que nada perder-se tempo e feitio em convencer a velhota. O facto é que toda a gente da terra lhes dir á que ela n ã o se afogou e que teve a dita de morrer vitoriosamente na sua cama aos noventa e dois anos. Contaram-me que, at é ao ú ltimo suspiro, se gabara de nunca ter atravessado á gua sen ã o por cima de ponte; muitas vezes, quando tomava ch á (ocupa çã o com que muito se comprazia), desabafava duramente contra a iniquidade desses marinheiros e desses viajantes que t ê m a presun çã o de irem vadiar para longe. Baldadamente lhe observavam que sem essa culposa pr á tica faltariam bastantes coisas boas, talvez mesmo o ch á . Ela replicava num tom sempre en é rgico e com uma confian ç a cada vez mais completa na for ç a do seu racioc í nio:
— N ã o, n ã o, nada de vadiagem.
Mas para n ã o nos expormos tamb é m a vadiar, voltemos ao meu nascimento.
Nasci em Blunderstone, no condado de Suffolk ou por aquelas redondezas, como se diz. Fui uma crian ç a p ó stuma. Quando os meus olhos se abriram à luz deste mundo, meu pai tinha fechado os seus havia mais de seis meses. H á para mim, mesmo presentemente, qualquer coisa de estranho ao pensar que ele nunca me viu; qualquer coisa de mais singular ainda na long í nqua recorda çã o que me resta dos dias da minha inf â ncia passada n ã o distante da pedra branca que lhe cobria a sepultura. Quantas vezes me senti ent ã o de uma compaix ã o indefin í vel para com essa pobre sepultura estirada sozinha no meio do cemit é rio, por uma noite escura, enquanto na nossa sala havia tanto calor e tanta luz! Parecia-me que havia quase crueldade em deix á -la fora e em fechar-lhe com todo o cuidado a nossa porta.
A grande personagem da nossa fam í lia era uma tia de meu pai, por consequ ê ncia minha segunda tia, de que mais adiante terei de me ocupar, miss Trotwood ou miss Betsy, como lhe chamava minha pobre m ã e, quando chegava a ocasi ã o de nomear essa terr í vel pessoa (o que raras vezes sucedia). Miss Betsy tinha, pois, casado com um homem mais novo do que ela, muito bonito, mas n ã o no sentido do prov é rbio: « para ser bonito é preciso ser bom » . Desconfiava-se fortemente que ele tivesse batido em miss Betsy e at é que um dia, a prop ó sito de uma discuss ã o de or ç amento caseiro, tomasse algumas disposi çõ es s ú bitas, mas violentas, para a atirar pela janela de um segundo andar. Estas provas evidentes de incompatibilidade de g é nio decidiram miss Betsy a dar-lhe dinheiro para que ele se fosse embora e para que aceitasse uma separa çã o amig á vel. Ele partiu para as Í ndias e l á , diziam as lendas de fam í lia, tinham-no encontrado montado num elefante, em companhia dum bugio mandril; eu creio que nisso h á engano; n ã o era um bugio, com certeza confundiram-se com uma dessas princesas indianas que se chamam begum. Fosse como fosse, dez anos depois recebeu-se em casa a not í cia da sua morte. Nunca ningu é m soube que efeito causou essa not í cia em minha tia: a seguir à sua separa çã o tinha ela adotado o seu nome de solteira e comprado na aldeia, muito longe, uma casinha à beira mar aonde fora instalar-se. Passava l á por uma solteiron

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