Vinte Mil Léguas Submarinas
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Vinte Mil Léguas Submarinas , livre ebook

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Description

1866. Um medonho monstro marinho tem provocado o terror nos mares e causado sérios danos às ligações transatlânticas. Para tentar capturar o terrífico animal, é enviada uma expedição da qual faz parte o professor Pierre Aronnax, um eminente naturalista especializado em criaturas marinhas. Porém, para sua surpresa, o monstro não é outro senão o Naulitus, um submarino construído pelo enigmático capitão Nemo, que convida o professor e os seus companheiros de viagem, o fiel Conseil e o irascível Ned Land, a embarcarem com ele numa fabulosa jornada que os leva a percorrer vinte mil léguas pelo fundo dos oceanos.

Sujets

Informations

Publié par
Date de parution 11 novembre 2017
Nombre de lectures 9
EAN13 9789897781056
Langue Português

Informations légales : prix de location à la page 0,0007€. Cette information est donnée uniquement à titre indicatif conformément à la législation en vigueur.

Extrait

J ú lio Verne
VINTE MIL L É GUAS SUBMARINAS
 
 
 
Índice
 
 
 
Parte 1 — O Homem das Águas
Capítulo 1 — Um Escolho Móvel
Capítulo 2 — Pró e Contra
Capítulo 3 — Como o Senhor Quiser
Capítulo 4 — Ned Land
Capítulo 5 — À Aventura
Capítulo 6 — A Todo o Vapor
Capítulo 7 — Uma Baleia de Espécie Desconhecida
Capítulo 8 — «Mobilis in Mobile»
Capítulo 9 — As Iras de Ned Land
Capítulo 10 — O Homem das Águas
Capítulo 11 — O Nautilus
Capítulo 12 — Tudo Pela Eletricidade
Capítulo 13 — Alguns Algarismos
Capítulo 14 — O Rio Negro
Capítulo 15 — Um Convite Por Carta
Capítulo 16 — Passeio na Planície
Capítulo 17 — Uma Mata Submarina
Capítulo 18 — Quatro Mil Léguas Por Baixo do Pacífico
Capítulo 19 — Vanikoro
Capítulo 20 — O Estreito de Torres
Capítulo 21 — Alguns Dias em Terra
Capítulo 22 — O Raio do Capitão Nemo
Capítulo 23 — «Aegri Somnia»
Capítulo 24 — O Reino do Coral
Parte 2 — O Fundo do Mar
Capítulo 1 — Oceano Índico
Capítulo 2 — Nova Proposta do Capitão Nemo
Capítulo 3 — Uma Pérola de Dez Milhões
Capítulo 4 — O Mar Vermelho
Capítulo 5 — O Túnel Arábico
Capítulo 6 — O Arquipélago Grego
Capítulo 7 — O Mediterrâneo em Quarenta e Oito Horas
Capítulo 8 — A Baía de Vigo
Capítulo 9 — Um Continente Que Desapareceu
Capítulo 10 — As Minas de Carvão Submarinas
Capítulo 11 — O Mar de Sargaços
Capítulo 12 — Cachalotes e Baleias
Capítulo 13 — O Monte de Gelo
Capítulo 14 — O Pólo Sul
Capítulo 15 — Acidente ou Incidente
Capítulo 16 — Falta de Ar
Capítulo 17 — Do Cabo Horn ao Amazonas
Capítulo 18 — Os Polvos
Capítulo 19 — O Gulf-Stream
Capítulo 20 — Por 47° 24’ de Latitude e 17° 28’ de Longitude
Capítulo 21 — Uma Hecatombe
Capítulo 22 — As Últimas Palavras do Capitão Nemo
Capítulo 23 — Conclusão
 
Parte 1 — O Homem das Águas
Capítulo 1 — Um Escolho Móvel
 
 
 
O ano de 1866 foi assinalado por um acontecimento extraordin á rio, fen ó meno inexplic á vel, que ningu é m, por certo, olvidou ainda. N ã o falando j á nos rumores que agitavam as popula çõ es dos portos, donde se transmitiam ao interior dos continentes, aqueles que mais interessados se mostraram foram os homens do mar. Os negociantes, armadores, capit ã es de navios, mestres e contramestres da Europa e da Am é rica, oficiais das marinhas de guerra de todas as na çõ es, e depois destes os Governos dos diversos estados dos dois continentes, todos se preocuparam, com esse facto, at é ao mais alto ponto.
Na verdade, j á por diversas vezes que algumas embarca çõ es se tinham encontrado no mar com « uma coisa enorme » , objeto longo, fusiforme, fosforescente, e infinitamente maior e mais r á pido que uma baleia.
Os factos relativos a esse aparecimento, que constavam nos diversos livros de bordo, eram suficientemente concordes na estrutura do objeto ou ser em quest ã o, na velocidade inaudita dos seus movimentos, na for ç a surpreendente de sua locomo çã o e na vida particular de que parecia dotado. Se era cet á ceo, excedia em volume quantos a ci ê ncia tinha at é ent ã o classificado. Nem Cuvier, nem Lac é p è de, nem Dumeril, nem Quatrefages teriam admitido a exist ê ncia de semelhante monstro, a n ã o ser que pudessem t ê -lo visto com os seus pr ó prios olhos de s á bios.
Tomando a m é dia das observa çõ es feitas por diversas vezes — desprezando os c á lculos acanhados, que assinalavam ao referido objeto um comprimento de sessenta e poucos metros, e rejeitando tamb é m as opini õ es exageradas, que lhe atribu í am uma milha de largura e tr ê s de extens ã o — , podia-se, ainda assim, afirmar que esse ente fenomenal excedia em muito todas as dimens õ es at é ali admitidas pelos ictiologistas.
Ora que ele existia era ineg á vel e, se atendermos a essa disposi çã o inata que o c é rebro humano tem para o maravilhoso, facilmente se compreender á a sensa çã o produzida no mundo inteiro por t ã o sobrenatural aparecimento. Era imposs í vel tom á -lo como f á bula.
Efetivamente, a 20 de julho de 1866, o paquete Governor Higginson , da Calcutta and Burnach Steam Navigation Company, tinha encontrado a citada massa m ó vel a cinco milhas a leste das costas da Austr á lia. A princ í pio, o capit ã o Baker julgou-se em presen ç a de algum escolho desconhecido, e j á se preparava para lhe determinar a situa çã o exata quando duas colunas de á gua, provenientes do estranho objeto ou animal, subiram, silvando, at é à altura de cinquenta metros. Logo, pois, a n ã o ser que o escolho estivesse sujeito à s expans õ es intermitentes de um g é iser, o Governor Higginson encontrara-se com algum mam í fero aqu á tico, at é ali ignorado, que deixava sair pelas ventas colunas de á gua, misturada com ar e vapor.
Id ê ntico facto foi observado a 23 de julho do mesmo ano, nos mares do Pac í fico, pelo Cristobal Colon , da West India and Pacific Steam Navigation Company. Consequentemente, o referido e extraordin á rio cet á ceo podia transportar-se de um lugar para outro com surpreendente velocidade, visto que, com intervalo de tr ê s dias, o Governor Higginson e o Cristobal Colon o tinham observado em dois pontos da carta separados por uma dist â ncia de mais de setecentas l é guas mar í timas.
Quinze dias depois e a duas mil l é guas dali o Helvetia , da Compagnie Nationale, e o Shannon , da Royal Mail, cruzando-se na parte do Atl â ntico compreendida entre os Estados Unidos e a Europa, avistaram, e disso deram conhecimento um ao outro, o monstro aos 42 ° 15 ’ de latitude norte e 60 ° 35 ’ de longitude do meridiano de Greenwich. Nesta observa çã o simult â nea julgou-se poder calcular o comprimento m í nimo do mam í fero em cerca de 106 metros, dado que o Shannon e o Helvetia eram de dimens õ es inferiores a ele, conquanto medissem cem metros da roda da proa ao cadaste. Ora as mais corpulentas baleias, aquelas que frequentam as paragens das ilhas Aleutas, o Kulammak e o Umgullick, nunca excedem o comprimento de cinquenta e seis metros, se é que l á chegam.
Estes relat ó rios, vindos uns atr á s dos outros, novas observa çõ es feitas a bordo do transatl â ntico Pereire , um abalroamento entre o Etna , da linha Isman, e o monstro, uma declara çã o lavrada pelos oficiais da fragata francesa Normandie e uma s é ria observa çã o n á utica obtida pelo estado-maior do comodoro Fitz-James, a bordo do Lord Clyde , excitaram profundamente a opini ã o p ú blica. Nos pa í ses em que a leviandade é a caracter í stica dominante, toda a gente se riu do fen ó meno; mas as na çõ es mais circunspectas, tais como a Inglaterra, a Am é rica e a Alemanha, ocuparam-se dele com o m á ximo interesse.
O monstro passou a fazer parte da ordem do dia em todos os grandes centros; cantaram-no nos botequins, mofaram dele nos jornais e at é o representaram no teatro. Os canards tiveram ent ã o ensejo de p ô r ovos de todas as cores e feitios. Nas gazetas apareceram — à falta de assunto — todos os seres imagin á rios e gigantescos, desde a baleia branca, a terr í vel « Moby Dick » das regi õ es hiperb ó reas, at é ao desmedido « Kraken » , cujos tent á culos podem envolver um navio de quinhentas toneladas e arrast á -lo para os abismos do oceano. As observa çõ es dos tempos antigos foram tamb é m reproduzidas, assim como as opini õ es de Arist ó teles e de Pl í nio, que admitiam a exist ê ncia de monstros, e ainda as narrativas norueguesas do bispo Pontoppidan, as hist ó rias de Paul Heggede e, finalmente, os relat ó rios de Harrington, de cuja boa f é n ã o é l í cito suspeitar-se quando afirma ter visto, indo a bordo do Castillan , em 1857, essa enorme serpente que at é ali s ó frequentara os mares do antigo Constitutionnel.
Ent ã o rebentou a intermin á vel pol é mica dos cr é dulos e dos incr é dulos nas institui çõ es cient í ficas e nos jornais s é rios. A « quest ã o do monstro » acendeu os esp í ritos. Os jornalistas que encaram a s é rio a sua profiss ã o e os que tudo aproveitam para se divertir travaram acesa controv é rsia e ent ã o jorrou um mar de tinta durante essa memor á vel campanha, e at é algum sangue, porque da serpente do mar passaram à s mais injuriosas alus õ es pessoais.
Perto de seis meses durou a guerra, com alternativas muito diversas. Aos artigos de fundo do Instituto Geogr á fico do Brasil, da Academia Real das Ci 

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