Vídeo e experimentação social: Um estudo sobre o vídeo ...
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Gens Instituto de Educaçao E Cultura

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS
INSTITUTO DE ARTES
MESTRADO EM MULTIMEIOS
Vídeo e experimentação social: Um estudo sobre o vídeo comunitário contemporâneo no Brasil CLARISSE MARIA CASTRO DE ALVARENGA
Campinas - 2004
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INSTITUTO DE ARTES
MESTRADO EM MULTIMEIOS
Vídeo e experimentação social:
Um estudo sobre o vídeo comunitário contemporâneo no Brasil
CLARISSE MARIA CASTRO DE ALVARENGA
Dissertação apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Multimeios, da Universidade Estadual de Campinas, como exigência parcial para obtenção do grau de Mestre em Multimeios, sob orientação do prof. Dr. Fernão Vítor Pessoa de Almeida Ramos.
Campinas - 2004
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FICHA CATALOGRÁFICA ELABORADA PELA BIBLIOTECA DO IA. - UNICAMP
 Alvarenga, Clarisse Maria Castro de. AL86v Vídeo e experimentação social: um estudo sobre o vídeo comunitário contemporâneo no Brasil. / Clarisse Maria Castro de Alvarenga. – Campinas, SP: [s.n.], 2004.  Orientador: Ramos, Fernão Pessoa.  Dissertação(mestrado) – Universidade Estadual de Campinas.  Instituto de Artes. 1. Vídeo comunitário. 2. Documentário. 3. Comunicação social. I. Ramos, Fernão Pessoa. II. Universidade Estadual de Campinas. Instituto de Artes. III. Título.
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À memória, sempre viva, do amigo Mateus Afonso Medeiros
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Agradecimentos Agradeço, em primeiro lugar, ao meu orientador, prof. Fernão Ramos, por ter clareado os problemas que eu enfrentava, antevendo seus desdobramentos, e sugerindo sínteses por mim impensadas. Às professoras do dep. de Multimeios: Luciana Corrêa de Araújo, Lúcia Nagib e Sheila Schvarzman, pelas excelentes aulas ministradas durante o período dos cursos do Mestrado, contribuindo para que meu projeto ganhasse novas perspectivas. Pelos valiosos comentários elaborados na fase do exame de qualificação, agradeço tanto ao prof. Március Freire (e ainda pela forma minuciosa como apresentou a história da antropologia fílmica em suas aulas no dep. de Multimeios) quanto ao prof. Luiz Fernando Santoro, da Eca-USP. Ao prof. Luiz Orlandi pela sua capacidade para fazer do pensamento algo contagiante através da experiência de seus cursos: de Estética, no dep. de Filosofia da Unicamp, e aquele que investiu sobre a operatoriedade dos conceitos da filosofia contemporânea, na PUC-SP. Aos professores César Guimarães, do dep. de Comunicação Social da UFMG, e Ruben Queiroz Caixeta, do dep. de Ciências Sociais da UFMG, pela correspondência que estabeleceram entre cinema, filosofia e antropologia, nas aulas que partilharam na Fafich-UFMG, e que tive a oportunidade de assistir. Agradeço ainda aos antropólogos Luciana França e Stélio Marras. Luciana disponibilizou não apenas sua monografia, mas também as entrevistas e o material que serviu de base para sua instigante pesquisa sobre o filmeConversas no Maranhão, de Andrea Tonacci, e Stélio me estimulou a aprofundar em questões conceituais que perpassam este trabalho, o que contribuiu para que eu abandonasse soluções simplistas encontradas ao longo do caminho e buscasse problematizar mais os posicionamentos tomados. Àqueles que participaram diretamente da pesquisa, agradeço pela generosidade que dispuseram de suas experiências e de seus conhecimentos, permitindo que entre nós ocorresse um rico diálogo: Bernardo Brant, Christian Saghaard, Cristina Santos Ferreira, Diogo 90, Donizete Soares, Gianni Puzzo, Gisele Gomes, Grácia Lopes Lima, Itamar Silva, Ivana Gouveia, Jayme Rampazzo, Jorge Cordovil, Mari Corrêa, Nailton Maia, Rafaela Lima, Sávio Leite e Vincent Carelli. Ainda fundamentais foram as contribuições de Mari
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Travassos, do Estúdio Cipó, Ana Flávia Ferraz, da Auçuba Comunicação e Educação, e João Paulo, da TV Casa Grande, todos eles auxiliaram na formação do acervo para a pesquisa e ainda me transmitiram informações sobre suas respectivas metodologias de trabalho. Aos companheiros de trabalho André Mendes, Ana Paula Paiva, Miriam Aguiar e Soraia Rodrigues, agradeço pelo cotidiano estimulante que compartilhamos durante este período, em Belo Horizonte. Também aos companheiros de mestrado Leandro Vieira e Mariana Meloni pelo convívio em Campinas. À minha mãe, Tereza, pela maneira naturalmente afetuosa como incentivou a curiosidade e a pesquisa desde sempre, e ao meu irmão, Dido, pela paciência com que acompanhou o desenvolvimento deste projeto, tornando-se um de seus grandes colaboradores. Finalmente, aos queridos amigos: Adriana Barbosa, Alexia Melo, Ana Paula Orlandi, André Sena, Bruno Vasconcelos, Cinthia Marcelle, Cíntia Vieira, Elisa e Daniela Araújo, Fabiana Queirolo, Juliana Leonel, Kátia Kasper, Lelé, Luiz Guilherme e Ana Melo Brandão, Manoel Neto, Marilá Dardot, Oswaldo Teixeira, Pablo Pires, Paulo Maia, Rodrigo Moura, Sílvia Amélia, Valéria de Paula e Yana Tamayo. À Valéria. Em especial, ao Benjamin, por tudo.
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Índice
INTRODUÇÃO
13 1. O QUE É VÍDEO COMUNITÁRIO?ELEMENTOS PARA UMA 25 25 31 35 43 43 47 56 59 63 69 69 81 95 95 110 121 121 131 142 151 151 156 175 183 191 197 201
DEFINIÇÃO 1.1 A questão da tecnologia 1.2 O problema de dar a voz ao outro 1.3 Produção compartilhada 2. VÍDEO COMUNITÁRIO EM CONTEXTO 2.1 A herança do vídeo militante 2.2 Os movimentos sociais 2.3 Do vídeo popular ao comunitário 2.4 O olhar indígena de Andrea Tonacci 2.5 O vídeo comunitário contemporâneo 3. A ATUAÇÃO INDIGENISTA 3.1 O Vídeo nas Aldeias 3.2 Anthares Multimeios 4. A PRODUÇÃO DE VÍDEO CURTAMETRAGEM4.1 Oficinas Kinoforum 4.2 BH Cidadania 5. POR UMA PEDAGOGIA DAS IMAGENS 5.1 Gens Serviços Educacionais 5.2 Oficina de Imagens 5.3 Núcleo de Educação e Comunicação Comunitária 6. TRANSMISSÃO TELEVISIVA 6.1 TV de rua e TV a cabo 6.2 Associação Imagem Comunitária 6.3 TV Favela 6.4 TV 100% Comunidade CONSIDERAÇÕES FINAIS VÍDEOS PESQUISADOS BIBLIOGRAFIA
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Resumo Esta dissertação apresenta uma pesquisa sobre a prática do vídeo comunitário contemporâneo no Brasil, realizada nos anos de 2003 e 2004. Investigamos a metodologia de uso do vídeo e a trajetória de dez grupos - três localizados em São Paulo, três no Rio de Janeiro, três em Belo Horizonte e um em Olinda. Paralelamente à pesquisa de campo, efetuamos uma revisão bibliográfica, tomando como parâmetros: a experiência autoral do cineasta Andrea Tonacci, ainda na década de 1970, e a experiência institucional da Associação Brasileira de Vídeo Popular (ABVP), entidade que agrupou as manifestações do movimento do vídeo popular, entre 1984 a 1995. Do ponto de vista teórico, associamos o estudo de Jean-Claude Bernardet sobre o documentário brasileiro das décadas de 1960 e 1970 com o estudo sobre cinema e antropologia, de Claudine de France. A aproximação entre os elementos citados nos sugeriu a necessidade de problematizar o conceito de vídeo comunitário e propor uma leitura para alguns daqueles vídeos que envolvem comunidades em seu processo de realização. Résumé Cette dissertation présente une étude réalisée en 2003 et 2004 sur la pratique de la vidéo communautaire contemporaine au Brésil. Nous avons examiné la méthodologie d’usage de la vidéo et la trajectoire de dix groupes – trois à São Paulo, trois à Rio de Janeiro, trois à Belo Horizonte et un à Olinda. En parallèle à la recherche auprès des communautés, nous avons réalisé une révision bibliographique prennant comme paramètres l’expérience d’auteur du réalisateur Andrea Tonacci pendant les années 1970 et l’expérience institutionnelle de l’Association Brésilienne de Vidéo Populaire (ABVP), organisation qui a
rassemblé la manifestation du mouvement de la vidéo populaire de 1984 à 1995. Du point de vue théorique, nous avons associé l’étude de Jean-Claude Bernardet sur le documentaire brésilien des années 1960 et 1970 avec l’étude sur le cinéma et l’anthropologie de Claudine de France. Le rapprochement de ces éléments nous a suggéré la nécessité de réfléchir sur le concept de vidéo communautaire et de proposer une lecture de quelques unes de ces vidéos qui mobilisent des communautés dans leurs processus de réalisation.
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