Project Gutenberg's Duas Paginas Dos Quatorze Annos, by Guerra JunqueiroThis eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and with almost no restrictions whatsoever. You may copy it,give it away or re-use it under the terms of the Project Gutenberg License included with this eBook or online atwww.gutenberg.orgTitle: Duas Paginas Dos Quatorze Annos Poesias Por Abilio Guerra JunqueiroAuthor: Guerra JunqueiroRelease Date: August 26, 2007 [EBook #22412]Language: Portuguese*** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK DUAS PAGINAS DOS QUATORZE ANNOS ***Produced by Tiago TejoDUAS PAGINASDOS QUATORZE ANNOSPOESIASPORAbilio Guerra JunqueiroCOIMBRA IMPRENSA DA UNIVERSIDADE1864ASEU PRIMOMANUEL GUERRA TENREIRO JUNIORem testimunho de eterna amizadeO.O Auctor.Meu caro ManuelTalvez julgasses encontrar aqui uma longa carta em linguagem empolada, fallando-te de muita cousa bonita, masde que tu nada entendesses; pois estás completamente enganado.Dir-te-hei sómente que, escrevendo estas poucas linhas, nada mais intentei, que dar-te uma prova, ainda que debil,da minha sincera amizade.Teu do coraçãoAbilio Guerra Junqueiro.A MINHA MÃE Quem me déra voar aonde agoraMe leva o pensamento!Iria aos braços teus buscar allivioÁ dor que me devora!Iria juncto a ti viver felizComo vivêra outr'ora!A MEUS MANOS Prouvéra a Deus, que eu podesse,Atravessando os espaços,Ir fazer-vos mil carinhos,Cingir-vos em doces laços; Cobrir-vos-hia de beijos,Mitigando a ...
Project Gutenberg's Duas Paginas Dos QuatorzeAnnos, by Guerra JunqueiroThis eBook is for the use of anyone anywhere atno cost and with almost no restrictions whatsoever.You may copy it, give it away or re-use it under theterms of the Project Gutenberg License includedwith this eBook or online at www.gutenberg.orgTitle: Duas Paginas Dos Quatorze Annos PoesiasPor Abilio Guerra JunqueiroAuthor: Guerra JunqueiroRelease Date: August 26, 2007 [EBook #22412]Language: Portuguese*** START OF THIS PROJECT GUTENBERGEBOOK DUAS PAGINAS DOS QUATORZEANNOS ***Produced by Tiago Tejo
DUAS PAGINASDOS QUATORZE ANNOSPOESIASOPRAbilio Guerra JunqueiroCUONIIVMEBRRSAIDIMAPDREENSADA4681
ASEU PRIMOMANUEL GUERRA TENREIRO JUNIORem testimunho de eterna amizadeO.O Auctor.Meu caro ManuelTalvez julgasses encontrar aqui uma longa cartaem linguagem empolada, fallando-te de muitacousa bonita, mas de que tu nada entendesses;pois estás completamente enganado.Dir-te-hei sómente que, escrevendo estas poucaslinhas, nada mais intentei, que dar-te uma prova,ainda que debil, da minha sincera amizade.
Teu do coraçãoAbilio GreuraJunqueir.o
A MINHA MÃE Quem me déra voar aonde agoraMe leva o pensamento!Iria aos braços teus buscar allivioÁ dor que me devora!Iria juncto a ti viver felizComo vivêra outr'ora!
A MEUS MANOS Prouvéra a Deus, que eu podesse,Atravessando os espaços,Ir fazer-vos mil carinhos,Cingir-vos em doces laços;MCitiogbarinr-dvooas-hmiianhdaedboerij:os,QOuh!ãoenitntãeonsmoosotrmare-uvoas-mhoira! Mas são projectos baldadosEstes que n'um sonho eu vi;Recebei pois a saudadeQue ora vos mando d'aqui.
DÁ.JM.OERRTNEESDTEINMAINHAPRIMAAinsi tombe une fleur avant le temps fanée.LAMARTINE—Medit. Ceifou-te a morte no verdor dos annos,Innocente bonina; e quando então,Tão candida e tão bella despontavas,Tão linda e terna como os anjos são!EnDtareviodsadoelidvorsoampalágaibneartdoatimnhoartse,,ASsesmiDseeuntsirdteecraeptpoaureacteuadesorretpee.nte: Os anjos, invejando-te a candura,D'este arido deserto te hão levado;Temeram se manchasse um coraçãoDe tamanhas virtudes inspirado!
Á MORTE DO MEU AMIGO A. P.DE MELLO Eu choro, amigo, eu choro ao ver-te assimRoubado pela morte ao mundo, á vida;Ai! que transe cruel, que dor sem fimSoffrendo está minh'alma enternecida! Da amizade antes nunca os doces laçosOs nossos corações viesse unir,Se te havias de ir cedo dos meus braços,Se tão breve me havias de fugir! Antes nunca… que não poderei euA ventura sem ti jámais achar!Perdido o leme e o rumo ao barco seu,Como é que póde o nauta navegar?… Morreste, e nada tenho já commigo!Esp'ranças, illusões, sonhos ditososD'esses meus dias de prazer, de gososVoaram todos para Deus comtigo.
A UM AMIGO Vivo triste, sempre dadoAo martyrio, á dor, ao pranto:NAãvoidtae,mpoprarmaeumimmaeunfcaadnot,o! Nasci p'ra ser desditoso,P'ra ser feliz não nasci;Uma esp'rança, um sonho, um gôzoNunca n'alma conheci!QMuea,ssdeán-dmoetuatmueauaammizigaod,e,VPeóndheaseairnqduaetearf'cliocimdamdigeo.
NÃO CHORESA'i!Sftaázsetsã-omtreisetnet,ricsotietcaedir;nha,NQousetdeourscorluheolst'estdoeufinahlae!rTeOhh!ansãidoocthãooredse,sqdiuteossae,avidaEOsuptrearajápboretmi,vóeqn'truidroa:sa As tristes pungentes doresDo teu terno coração,Lá no ceu se tornarãoInda n'outras tantas flores!Houve tempo Houve tempo, em que felizVive alegre, ditoso:Então passava meus diasSempre, sempre venturoso; Houve tempo, em que este mundoJulgava sómente serEsse espaço, que meus olhosPodiam só abranger.