Turismo na África: A atividade turística como perspectiva de alternativa futura ao Continente
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Publié le 01 janvier 2008
Nombre de lectures 189
Langue Português

Extrait



Vol. 6 Nº 1 págs. 121-127. 2008

www.pasosonline.org


Opiniones y ensayos


Turismo na África: A atividade turística como perspectiva
de alternativa futura ao Continente





Marcus Campos
marcusvinicius.campos@gmail.com





Abordar o Turismo na África é algo que um setor da economia cada vez mais
cresremete a grande complexidade, pois a di- cente e evolutivo.
versidade étnica, política, religiosa e geo-
gráfica fazem com que as diferenças sejam Turismo no Norte da África
nítidas, embora os problemas sociais uma
similitude preocupante e pela qual o Tu- Essa foi uma das primeiras regiões fora
rismo pode enfrentar. Tratar do Turismo na do continente europeu a receber influência
Líbia é completamente diferente da análise do Turismo como nova atividade econômica,
a ser feita do Quênia, por exemplo. a principal razão para isso foi à
proximidaNessa abordagem vamos subdividir a de com a Europa e sua riqueza cultural
África em três partes, a primeira o Norte, decorrente de anos de presença humana
em seguida a África Central, cujos proble- que registrou momentos importantes da
mas são mais graves, e finalmente o Sul da história, agregado a uma natureza rica,
África, conhecida como África Subsaharia- sobretudo pela atratividade do Mar
Medina. Pode-se notar que é uma região diversa, terrâneo.
rica em atra- Indicadores do Turismo no Egito, Tunísia e Marrocos – 1985/1995.
tivos, porém 1985 1990 1995
de grandes Nº de Receita do Nº de Receita do Nº de Receita do
desafios. turistas Turismo turistas Turismo turistas Turismo
O fato é 000 US$ 000 US$ 000 US$
que o Turismo (milhões) (milhões) (milhões)
é completa- Egipto 1407 901 2411 1994 2872 2684
mente dife- Tunísia 2003 551 3204 953 4120 1402
rente de acor- Marrocos 2180 606 4023 1259 2601 1163
do a região do Quadro 2.1 – Indicadores do Turismo no Egito,
continente, verifica-se, por exemplo, ao Tunísia e Marrocos.Fonte: WTO, YTS, varias
norte uma forte influência de visitantes fontes, 1987, 2000, in Mansfeld, Winckler.
europeus e ao sul – as duas regiões mais
desenvolvidas para o Turismo – constata-se
© PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural. ISSN 1695-7121 122 Turismo na África: …

Alguns países se adiantaram em relação ao Sul da África, e explica o crescimento
a outros, cita-se principalmente o Marrocos, sul-africano sobre os outros países;
observaa Tunísia e o Egito, outros, no entanto, por se tal tendência no quadro abaixo.
razões políticas e econômicas não tem uma
evolução tão acentuada como Líbia e Argé- 1985 1995 1998
lia. Acredita-se que em mais alguns anos África do Sul - 26º 25º
esses países também estarão no circuito Tunísia 32º 29º30º
turístico internacional. A Organização Egipto 39º 37º 35º
Mundial do Turismo prevê que as taxas de Marrocos 30º 39º39º
crescimento turístico da Líbia até 2020 Quadro 2.2 – Desempenho dos países africanos
sejam na casa dos 10%, chegando tanto este entre os 40 mais visitados do mundo
quanto a Argélia ao patamar de 1 milhão 1985/1998.Fonte: Ninot, Ricard Pie, 2001
de visitantes estrangeiros.
Os países do Norte da África são em sua Desenvolvimento do Turismo no Centro da
essência muçulmanos, o que decorre algu- África
mas vezes em conflitos culturais, ou de
forma mais grave em atentados terroristas, Como se vê no quadro 2.2 a limitação de
devido sobremaneira a um temor da “oci- países com uma demanda significativa no
dentalização” do oriente em decorrência do continente africano é muito grande, e o
Turismo; acompanhou-se nos últimos anos Centro da África especificamente talvez
graves ataques contra turistas no Egito, seja a menos desenvolvida no contexto do
que de maneira geral superou os problemas Turismo internacional se configurando
coenfrentados nos últimos quinze anos. mo um dos grandes desafios da atividade
Nesse quadro pode-se analisar a evolu- nos próximos anos, não apenas pela
necesção do Turismo nos três principais destinos sidade do Turismo fazer parte do quadro de
da África do Norte; embora a OMT estabe- amenização dos problemas sociais, mas
leça o Egito como um país do Oriente Mé- também como forma de agregar atrativos
dio, levaremos em consideração a divisão turísticos ainda desconhecidos.
geográfica. Observa-se que nem sempre Para isso considera-se importante a
anuma mesma região quem possui uma de- plicação de um diagnóstico que venha
idenmanda superior mantenha a tendência no tificar elementos atrativos que após um
que se refere aos ingressos obtidos. trabalho de planejamento, organização,
Analisa-se que o Egito comparativamen- difusão, desenvolvimento de infra-estrutura
te com os países da região é o que mais básica e turística se torne propícia à
aprelucra em receita com o advento da ativida- sentação no mercado turístico
internaciode turística, embora só a partir da metade nal, a fim de incluir áreas do continente
da década de 90 seu fluxo veio superar o do africano ainda desconhecidas ao grande
Marrocos; e possuísse no mesmo período público.
uma demanda 30% menor em comparação Omotayo Brown (1999) afirma que
ascom a Tunísia no ano apresentado. A expli- pectos são inibidores a evolução do Turismo
cação para a variação demanda e receita no continente africano, o que por
conseestá no grau de dependência de cada um qüência reduz a capacidade de atração de
desses países a mercados específicos e ao investimentos concretos e fluxos de
visitanpreço apresentado pelo destino. tes sólidos, esses aspectos podem ser
obserVerifica-se no quadro 2.2 a lista de paí- vados no quadro 3.1.
ses africanos integrantes do rol dos 40 mais Essas variáveis abordadas estrangulam
visitados do mundo entre o período 1985- a capacidade de crescimento do Turismo na
1998, pode-se constatar que dos quatro, África Central, pois coloca em risco a
estrutrês estavam na África do Norte e apenas a tura a ser projetada nos mais diversos
paíÁfrica do Sul a partir de 1995 se enquadrou ses, ao tempo em que impedem a afirmação
no quadro. A evolução sul-africana demons- de bases mínimas que sustentem o
desentra que todo destino dependente a um mer- volvimento planejado da região, por
exemcado tende a se estagnar em relação aos plo, o sistema aéreo no centro da África é
que possuem uma demanda diversificada. controlado pelos próprios pilotos, pois os
Esse é o caso do Norte da África em relação países não dispõem de um controle aéreo
PASOS. Revista de Turismo y Patrimonio Cultural, 6(1). 2008 ISSN 1695-7121

Marcus Vinicius Campos 123

seguro e moderno, isso coloca em risco a relação ao contexto macroeconômico do país ança dos vôos, o que é levado em con- (OMT, 2004).
sideração na hora de optar pela instalação Outros países como Uganda dispõe de
de um complexo hoteleiro, ou pela formata- atrativos turísticos extremamente
diversifição de um pacote turístico. cados, desde as savanas, florestas, ampla
diversidade de lagos, e animais exóticos
Riscos macro políticos nas variáveis como os gorilas. Já existem áreas
projetade análise do Turismo na África das ao Turismo internacional como o
Sudoeste e o Norte do país na divisa com o Su-
dão, mas os grandes desafios de Uganda é a Revoluções
sua promoção no exterior e, sobretudo a Golpes de Estado
ampliação de infra-estrutura básica essen-Guerra Civil
cial ao deslocamento dos visitantes por seu Conflitos de facções
interior, além da restauração de seu patri-Desordem étnica e religiosa
mônio histórico e necessidade de condução Terrorismo
nas escavações de sítios arqueológicos exis-Protestos/Boicotes
tentes no país. Opinião pública mundial
Uganda se difere de muitos de seus vizi-Nacionalização/Expropriação
nhos, pois já apresentou um amplo diagnós-Restrições de repatriação
tico turístico com a proposta de aplicação de Luta por poder
roteiros integrados entre os seus mais di-Inflação alta
versos atrativos, contudo os problemas já Pol

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