Novo dicionário da língua portuguesa
2164 pages
Português

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The Project Gutenberg EBook of Novo dicionário da língua portuguesa, by Cândido de Figueiredo This eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and with almost no restrictions whatsoever. You may copy it, give it away or re-use it under the terms of the Project Gutenberg License included with this eBook or online at www.gutenberg.net Title: Novo dicionário da língua portuguesa Author: Cândido de Figueiredo Release Date: April 2, 2010 [EBook #31552] Language: Portuguese Character set encoding: UTF-8 *** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK DICIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA *** Thanks to Rita Farinha, Alberto Manuel Brandão Simões, and the Online Distributed Proofreading Team at http://www.pgdp.net (This file was produced from images generously made available by National Library of Portugal (Biblioteca Nacional de Portugal).) Online searching available provided by Dicionário Aberto at http://dicionario-aberto.net Novo Diccionário da Língua Portuguesa Candido de Figueiredo 1913 Por favor, não imprima este documento! As árvores estão a morrer!

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Publié le 01 décembre 2010
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Langue Português
Poids de l'ouvrage 16 Mo

Extrait

The Project Gutenberg EBook of Novo dicionário da língua portuguesa, by
Cândido de Figueiredo
This eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and with
almost no restrictions whatsoever. You may copy it, give it away or
re-use it under the terms of the Project Gutenberg License included
with this eBook or online at www.gutenberg.net
Title: Novo dicionário da língua portuguesa
Author: Cândido de Figueiredo
Release Date: April 2, 2010 [EBook #31552]
Language: Portuguese
Character set encoding: UTF-8
*** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK DICIONARIO DA LINGUA PORTUGUESA ***
Thanks to Rita Farinha, Alberto Manuel Brandão Simões,
and the Online Distributed Proofreading Team at
http://www.pgdp.net (This file was produced from images
generously made available by National Library of Portugal
(Biblioteca Nacional de Portugal).) Online searching
available provided by Dicionário Aberto
at http://dicionario-aberto.netNovo Diccionário da Língua Portuguesa
Candido de Figueiredo
1913
Por favor, não imprima este documento! As árvores estão a morrer!iiPreâmbulo
Redigido em harmonia com os modernos princípios da Ora, desde que eu senti em mim o mofino sestro de
sciência da linguagem, e em que se contém quási o dôbro cultor das letras, preoccupou-me e dissaboreou-me
semdos vocábulos até agora registados em todos os diccioná- pre a falta de um vocabulário, que me dirigisse no estudo
rios portugueses, além de satisfazer a todas as graphias dos mestres da língua, desde Fernão Lopes até Camillo;
legítimas, especialmente a que tem sido mais usual e na applicação de milhares de lusitanismos, conservados
aquella que foi prescrita officialmente em 1911. amoravelmente pelo povo de todas as nossas províncias,
mas desconhecidos dos diccionaristas; na avaliação da
NOVA EDIÇÃO - 1913 nossa riquíssima technologia rural, da technologia
artística e scientífica; no conhecimento da fauna e da flora do
Essencialmente refundida, corrigida e copiosamente
nosso ultramar e até do nosso próprio continente.
ampliada.
Abria os diccionários menos imperfeitos ou de melhor
nomeada, — O Contemporâneo, por exemplo, — e nem
ao menos alli se me deparavam vocábulos de uso corrente
Razão da obra e vulgaríssimo, como paulada, bruxedo, deferimento,
saliência, caudelaria, palheiro, plagiar, plangente, granjear,
A história dos diccionários da língua portuguesa, de par prefaciar, desvirar, saguão, agrupamento, propositado,
comalgunsdeploráveisdocumentosdeinsciência, delevi- promptificar-se, reconsiderar, reproductor, ruço, têxtil,
andade e de mera exploração mercantil, offerece á nossa empanturrar, guerrilheiro, etc., etc.
admiração perduráveis monumentos de muito saber, de De centenares de vocábulos, com que Vieira, Filinto
laboriosas e inestimáveis investigações, de honestíssimo e Camillo enriqueceram a sua língua, raramente se me
e profícuo trabalho. deparava um sequer nos léxicos portugueses!
Está certamente na consciência de todos o altíssimo Da antiga e moderna technologia das artes e sciências
serviço, prestado ás letras nacionaes por Bluteau, que, rara notícia me davam os lexicógraphos nacionaes.
lutando com a carência de trabalhos similares na sua pá-
Dalinguagempopular,privativadestaoudaquellaprotria adoptiva, inaugurou brilhantemente a lexicographia víncia, tratára um ou outro literato, um ou outro
folcloportuguesa; por Moraes e Silva, cuja obra foi, relativa- rista; os diccionaristas, êsses não desceram da esphera
mente aos fins do século XVIII, invejável título de gló- da linguagem erudita, restringida, ainda assim, á quinta
ria; pelos obscuros e illustradíssimos autores do primeiro parte da linguagem dos eruditos.
e único volume do Diccionário da Academia Real das Isto, quanto á pobreza de vocabulário. Quanto a erros
Sciências, esmagados ante-sazão pela enormidade e pêso de doutrina, aliás communs aos melhores diccionários,
daquelle meritório emprehendimento; e ainda em tempos não me podiam êlles surprehender, visto como um
diccimais próximos de nós, pela clara e sisuda intelligência, onário, não obstante a maior autoridade e competência
que se reconhece na organização do Diccionário Contem- do seu autor, é o trabalho literário mais susceptível de
porâneo. imperfeições, e ocioso será o justificar esta these.
Não menciono mais, porque só adduzo exemplos. Por isso, embora o respeitável Moraes e outros
distinInfelizmente, todosquesabemlêrterãocertamenteob- toslexicógraphoserremaodefinir licranço, pesebre, teiró,
servado que, sendo cada diccionário geralmente vazado croca, pieira, calambrá, rocló, lacrau, baceira, cerva,
manos moldes dos diccionários que o precederam, succedeu niqueira, corça, torneja, gallacrista, etc.; embora
regisque a língua andou e os diccionários pararam. tempalavrasquenuncaexistiram, como igarvana, garna,
E pararam, sem que ao menos tivessem conglobado fomo, fangapena, marapinina, frondíbalo, etc.; embora
em vocabulário a maior parte dos thesoiros, dissemina- mandem lêr adípe, (que é ádipe), alcácel, (que é alcacél),
dos nos nobiliários, nos cancioneiros, nas chrónicas qui- caguí, (que é çagüí, ou sagüí), mucuna, (que é mucuná),
nhentistas, em Gil Vicente, em Bernardim Ribeiro, em gombo, (que é gombô), etc.; embora perpetrem manifesto
Vieira, em Filinto... arbítrio e notáveis irregularidades em prosódia, tornando
Pararam, e a esphera da linguagem foi-se ampliando ora paroxýtonas, ora proparoxýtonas, palavras de
formasuccessivamente, não só por effeito de numerosas deri- ção similar, como hydrocéle, epiplócela, etc., etc., não era
vações internas, senão também, e principalmente, pela por esse lado que mais facilmente se justificaria o
acformação e diffusão da moderna technologia scientífica, créscimo de mais um diccionário a tantissimos que
enxaartística e industrial, pela permutação internacional de meiamoescassomercadonacional; mas, sim,
pelaassommuitas fórmulas, pela febre do neologismo, e pela ne- brosa deficiência de vocábulos ou artigos, imprescindíveis
cessidade de dar nome a coisas e factos que nossos avós em qualquer inventário da língua nacional.
desconheceram. E, a êste propósito, não será ocioso memorar que
muiiiiiv
tos diccionaristas conheceram e usaram, no decurso das dêste assêrto, mas poucos bastarão. Nos escritores e
masuas obras, expressões que não registaram no competente nuscritos antigos deparam-se-nos expressões que os
erulugar do vocabulário, ou porque, redigindo um artigo, ditos têm relegado para os domínios do archaísmo ou,
nãosouberamrecordar-sedostermosqueusaramnoutro, pelo menos, da linguagem desusada. Taes são: claror,
ou porque, distribuida a obra por collaboradores diver- luxar (sujar), grossor, gerecer-se, calleja, almofia, doairo,
sos, o autor dos artigos relativos á letra A, por exemplo, traguer (trazer), nembro, estrancinhar (usado no
Cannão conhecia os termos de que se serviria o autor dos cioneiro da Vaticana), confita, (na Eufrosina), engaço
artigos da letra Z. (ancinho), ceivar, orreta, gocho (nas comédias de Simão
E assim é que, na grande obra de Frei Domingos Vi- Machado), sorça (nas Lendas da Índia), adôrádo,
busaeira, —esómerefiroaosartigosdeumaletra, —debalde ranhos, (em Gil Vicente), agra, bramante (por barbante),
procuraremos pelagiano, perómelos, phene, patigabiraba, quartapisa, seto, ril, tenreiro, gaiar, guaiar, legão,
cofipicaveco, plumbear, panarei, etc., etc. E, contudo, o au- nho, inorar, etc. E contudo, quem percorrer as nossas
tor ou os seus ampliadores conheceram e empregaram províncias, sobretudo quem penetrar nos desviados
rinaquelles termos, ao definir marmanjo, albatroz, batrachio, cões, donde o caminho de ferro e a concomitante
civilibenzina, côco, azerar, calhamaço, etc. No bom Diccioná- zação ainda não expungiram tudo que há de usanças e
rio Contemporâneo, inutilmente procuraremos os vocá- locuções avoengas, ouvirá pronunciar commummente no
bulos assexuado, arachnidas, herva, carácias, chenopó- Algarve claror, luxar (sujar), grossor; na Beira,
gerecerdias, spermatozoides, camomilla, gorilla, gálleas, parro- se, calleja, almofia, doairo, traguer (trazer); no Minho
nembro, estrancinhar, confita, engaço (ancinho); no Ri-chiano e parróchia, trachinídeos, decapódeos,
escomberoibatejo, ceivar; em Trás-os-montes, orreta, gocho, sorça,des, avessar, termillionésimo, azaro, lóio, etc.; e contudo
adôr

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