De Périgueux a Lisboa Reflexões musicais sobre actividade pedagógica e coloquial de Francine Benoit
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Sofia de Sousa Vieira De Périgueux a Lisboa Reflexões musicais sobre actividade pedagógica e coloquial de Francine Benoit Editorial Caminho 2007 A Madalena Gomes, a melhor amiga de Francine Benoit 2 SUMÁRIO Prefácio Introdução I. Da Infância aos primeiros acordes II. Viver para Aprender III. Ensinar: Uma constante da vida IV. Métodos e Considerações sobre o Ensino da Música IV- I. Exposição sobre Solfejo (Conservatório Nacional de Música) IV- II. Dos Acordes na Arte e na Escola IV-III. Para a Iniciação e Educação Musical V. Para Servir a Música Conclusão Notas Bibliografia 3 INTRODUÇÃO Este trabalho de investigação sobre Francine Benoit surgiu de uma proposta curricular, realizada em 1997, na Universidade Nova de Lisboa, no âmbito de um Seminário 1de Musicologia , orientado pelo Prof. Dr. Gerhard Doderer, e que consistia na elaboração de um catálogo de crítica musical, coligido por Marie Victorine, sua mãe, sendo óbvio estar, o projecto, por cumprir e distantes os pressupostos que lhe deram origem.

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Publié le 20 février 2013
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Sofia de Sousa Vieira
De Périgueux a Lisboa
Reflexões musicais sobre actividade pedagógica e coloquial de Francine Benoit
Editorial Caminho
2007
A Madalena Gomes,  a melhor amiga de Francine Benoit
2
SUMÁRIO
Prefácio Introdução I. Da Infância aos primeiros acordes II. Viver para Aprender III. Ensinar: Uma constante da vida IV. Métodos e Considerações sobre o Ensino da Música  IV- I.Exposição sobre Solfejo(Conservatório Nacional de Música)  IV- II.Dos Acordes na Arte e na Escola IV-III. Para a Iniciação e Educação Musical V. Para Servir a Música Conclusão Notas Bibliografia
3
INTRODUÇÃO
Este trabalho de investigação sobre Francine Benoit surgiu de uma proposta curricular, realizada em 1997, na Universidade Nova de Lisboa, no âmbito de um Seminário 1 de Musicologia,orientado pelo Prof. Dr. Gerhard Doderer, e que consistia na elaboração de um catálogo de crítica musical, coligido por Marie Victorine, sua mãe, sendo óbvio estar, o projecto, por cumprir e distantes os pressupostos que lhe deram origem. Atendendo à vida, longa e intensa, com que durante décadas se sentiu realizada, pode dizer-se que Francine Benoit desenvolveu a mais séria, mas nem por isso reconhecida, 2 actividade no campo musical,tanto como docente, pedagoga, compositora, como conferencista, crítica musical e cronista, o que lhe valeu o respeito da opinião culta do tempo, pelo seu carácter e singularidade, e lição de magistério, em períodos hostis, ou de indiferença para a causa da cultura. Nesse sentido, não será excessivo verificar que os factores queapriori poderiam ser condicionantes, a seu tempo se tornaram estímulo o que fica patente na análise de indicadores e documentos constantes deste projecto, e ainda nos testemunhos de agentes receptores, em diferentes períodos, objecto de estudo, em última instância, aqui realizado. Dadas a multiplicidade e diversidade dos materiais que constituem o espólio, impôs-se
proceder à sistematização estruturada do mesmo, em consonância com as fases de investigação. O material em análise teve como ponto de partida, por um lado a ideia de reunir toda a informação relativa a Francine Benoit; por outro, desvendar mundos em que se explana a sua obra, com o propósito de fazer um levantamento exaustivo do material que se encontra disperso por várias instituições e desenvolver procedimentos críticos conformes. Já quanto à metodologia, pode assegurar-se que foi minha intenção viesse a constituir uma das questões básicas de determinado exercício crítico, uma vez que nele reside o fundamento deste plano de trabalho. Assim sendo, convirá reconhecer tratar-se de método específico, uma vez que deverá situar-se no quadro em que num primeiro momento labora o investigador, mais tarde recolhe, o leitor linhas de leitura e orientação. 1 Catálogo de Crítica de Francine Benoit: um contributo para o estudo da vida musical portuguesa do século XX, por Carla Raposeira, Ana Sofia Vieira e Sílvia Sequeira, Universidade Nova de Lisboa, 1997. 2 Cf.Dicionário de Músicos de João José Cochofel, Lopes-Graça e Tomás Borba (dir.), Mário Figueirinhas Editor, Vol. I, p.178; Enciclopédia Luso-Brasileira, J. Carlos Picoto, Editorial Verbo, Vol. 3, p.1084;Dicionário Mundial de Mulheres Notáveis, de Américo Lopes de Oliveira e Mário Gonçalves Viana, Porto, Lello & Irmão Editores, pp. 142-143.  4
Nesta ordem de ideias, entendi recorrer às linhas de força que o critério cronológico recomendava, dado o carácter fragmentário do espólio e a dificuldade na reconstituição das 3 fontes, finalidades que conduziram a um processo de actualização a ortográfica. Não passe, porém, à margem desta decisão o facto de o material investigado ser extenso, o que contribuiu para que análise dos documentos se processasse: primeiro, tendo em linha de conta o que constitui o presente livro; segundo, as áreas respeitantes ao trabalho desenvolvido por Francine nos domínios da crítica musical e composição, domínios aos quais dará cursam a análise da mais vasta correspondência. Como é do conhecimento geral, Francine Benoit colaborou, durante mais de sessenta anos, de forma continuada e ininterrupta, em diversos periódicos, de que se destacam: oDiário de Lisboa, marcou presença regular, sobretudo nos primeiros anos do Estado Novo; e no jornalA Capital, desde 1968, nomeadamente com artigos de teor musical que, de algum modo, testemunharam, quer o percurso histórico-cultural do século XX, quer o quotidiano musical português. Tomando como paradigma, a personalidade multifacetada de Francine Benoit, há que reconhecer em que medida se evidenciou nas funções exercidas, enquanto cronista, ensaísta musical, em outros tantos jornais e revistas:Os Nossos Filhos, Sonoarte, De Música, Revue Musicale, Revista Portugal, Actualidades, Eco Musical, Arte, A Batalha, Ilustração, A Seara Nova, VérticeeGazeta Musical.Como objectivo inicial deste trabalho de investigação, entendi ser necessário confrontar com a biografia da autora, praticamente desconhecida no que se refere às suas origens e à sua chegada a Portugal, com os desenvolvimentos e actuação no meio cultural que integrou, ao lado de algumas das mais destacadas figuras nacionais. Segundo os dados existentes, e em devido tempo divulgados, torna-se evidente a descontinuidade cronológica, sobretudo devido ao facto de ter desenvolvido uma actividade cívica e cultural que se prolongou até aos 95 anos idade, aspecto não pouco relevante se tivermos em conta quão necessária e urgente será reconstruir a sua biografia, para que se possam esclarecer, cabalmente, facetas menos exploradas da sua actividade. Segundo me foi dado a investigar, a formação académica de Francine Benoit foi essencial para o desenvolvimento da sua acção docente e criativa, tendo recebido formação adequada da parte de alguns dos mais notáveis professores da sua época, tanto em Portugal como em França. Por outro lado, não sendo possível dispor de estudo sistemático, analisar
3 Informação recolhida junto do inventário da colecção de Francine Benoit, doado em 1994, pela escritora Madalena Gomes, à Biblioteca Nacional, pp. 1-18; ABNL. Ct: N33.  5
cronologicamente a sua carreira académica (fazendo uma investigação exaustiva das instituições onde leccionou, da sua formação, base do que viria a ser uma brilhante actividade pedagógica nas diversas instituições, teorizando, principalmente, sobre a sua própria ideia da reforma educativa da música em Portugal), tornou-se difícil relacionar as suas vertentes curriculares com o desempenho profissional. Por isso, será oportuno reconhecer quão difícil foi localizar instituições e arquivos (actualmente extintos ou interditos), fontes e documentação em que, com incerta regularidade, a autora formou mentalidades criativas e ministrou a sua prática pedagógica. Já no que se refere à iniciativa de investigar actuação de Francine Benoit, enquanto conferencista, há que ter em conta o facto do conteúdo das palestras não ter merecido ampla divulgação, o que contribui para que possa considerar-se ainda mais pertinente a análise e alcance da linha de pensamento. Por tudo isto, foi minha intenção reconstituir a suavoz e discurso, quer através da rádio, quer através de registo escrito (em posse de Madalena Gomes, testamentária de Francine), e tendo como finalidade identificar, sempre que possível: o carácter intransigente e a personalidade controversa que a distinguiram. Retomando a importância de que se revestem as conferências, importa referir que as temáticas revelam, não só a intenção de dar a conhecer compositores e obras, mas de
estabelecer também a ligação com a música do passado, tomando à letra tanto o «interesse 4 estético» ,comoo interesse histórico-cultural de épocas e escolas, contribuindo para enriquecer um panorama musical vigiado pela censura. Bem vistas as coisas, a necessidade de tomar como ponto de partida o enquadramento histórico-político e cultural dos diferentes períodos deve-se ao facto do sua intervenção ter atravessado praticamente o século XX (1894-1990), o que lhe permitiu questionar, crítica e activamente, durante a maior parte da sua vida, o estado de clausura cultural do país, que no período do Estado Novo insistia em viver à margem das linguagens musicais florescentes na Europa do tempo. De acordo com o testemunho da escritora Madalena Gomes, Francine Benoit perfila-se como: «Antifascista convictao que prejudicou muito a sua carreira profissional(…)», contributo incontornável para definir o carácter insubmisso de: «(…)uma grande Mulher cuja inflexibilidade tornou a 5 sua voz incómoda, em muitas ocasiões». Levando em linha de conta a vontade com que, apesar dos contratempos, se impôs no panorama musical português, registe-se que o seu programa de dinamização coincidiu com o aparecimento de sociedades de concertos e novas orquestras, contributo significativo 4 KERMANN, Joseph -Contemplating Music: Challenges to Musicology. Cambridge: Harvard University Press, 1985.5 GOMES, Madalena - «Francine Benoit: Uma Lição» inBoletim do Instituto de Apoio à Criança. N.º 13. Lisboa: GuideArtes Gráficas, 1991, p.7. 6
para uma actividade musical, própria de uma capital periférica, deficitária em todo o caso de isenção criativa e de talentos, que pudessem beneficiar do sentido crítico por si desenvolvido, a par da divulgação de intérpretes e compositores portugueses, apostados na renovação da vida musical do século XX. Para melhor situar os constrangimentos que dificultavam a acção da mulher, reconheça-se que iniciou a sua carreira num período em que toda e qualquer iniciativa feminina era vista, sobremodo, sob um prisma emocional, não raro impedido de estabelecer juízos críticos, e a quem eram reservadas apenas meras funções de representatividade social, não necessariamente relacionada com a «performance e experiência musical enquanto 6 mulher» mas antes o que se prende com o estatuto de esposa e mãe. Não pode, todavia, descurar-se a condição da mulher como um factor que poderia permitir, por vezes, uma certa condescendência por parte do público a quem se dirigia, utilizada, ainda assim, como tentativa de descrédito por parte de entidades e comunidade musical visados nas suas críticas, num período em que se verificavam grandes assimetrias sexuais e ainda por definir a 7 importância da «mulher como matriz cultural».8 Invocando a «reorientação do olhar» dirigida a quantos recusam as mentalidades de uma sociedade retrógrada, mas antes se pautam pelas linhas de força de uma metodologia projectiva, nomeadamente no que respeita à apreciação estética, consumo de objectos culturais, finalidades da arte, mecanismos de diferenciação e/ou de afirmação da distância de grupos sociais dominantes - como objecto de análise, o que no âmbito deste trabalho se pretende é, em suma, observar a acção de Francine Benoit no«campo da produção cultural»,estabelecendo uma mediação com ohabitus,em correspondência com o lugar do artista e as atitudes por ele adoptadas. Explorando linhas de actuação essenciais na percepção analítica desenvolvida no âmbito da crítica musical, não se considere de somenos importância a finalidade divulgadora subjacente à intencionalidade com que se entregava à prática jornalística, fazendo da palavra escrita instrumento gerador de acção, no quadro social da época, o que facilmente pode ser confirmado através da constatação de acesas polémicas que se prolongavam em sucessivas edições dos periódicos nacionais, e até em números de revistas, também pelo facto de se tornarem extensivas a um vasto e diversificado leque de leitores, desde o simples melómano
6 ROBERTSON, Carol E. - «Poder y Género en las experiencias musicales de las mujeres» inLas Culturas Musicales.Madrid: Edição Francisco Cruces e Otros, 2001, p. 383. 7  SARKISSIAN, Maragret - «Gender and Music» inMayers(ed.),Ethnomusicology: an IntroductioninThe Norton/Grove Handbooks in Music.New York, London: W.W. Norton and Company, 1992, p. 337-348. 8 BOURDIEU, Pierre -O Poder Simbólico.Lisboa: Difel Editorial Lda (Memória e Sociedade), 1989.  7
ao mais informado, cumprindo uma função pedagógica, identificada por Pierre Bourdieu 9 como «topologia da estrutura interna do campo» , passível de ser definida como subcampos 10 de: «produção restrita» e «generalizada» . Indo mais longe, poder-se-á dizer que através da sua actividade, e intenção de fazer chegar aos ouvintes uma atitude crítica, que deixava a descoberto o atraso cultural, no domínio da formação artística, era sua preocupação dar a conhecer as linhas de força de um processo criativo em construção, a um país tornado refém da mentalidade obscura do tempo, das contradições avassaladoras da vida cultural e da censura crítica ignara do regime. É assim que através da notável actividade pedagógica, incute nos seus alunos novas perspectivas, revolucionando os meios de relacionamento com o fenómeno musical. Para fazer jus ao silenciamento de que, como boa parte daintelligentzia anti-regime, foi vítima, deparámo-nos com uma mulher, antes de mais, que combina aspectos da sua personalidade serial e pluridisciplinar, com atitude apelativa do crítico/formador de consciência estética. Dito de outro modo, não há que estranhar que a sua música, bem co mo toda a sua acção jornalística e docente, não se restrinjam apenas à sua experiência vivencial, saberes e informações, reduzindo-se a mera articulação com experiências oriundas de outras áreas. Benoit é, desta forma, também ela, uma investigadora: amplia o alcance do trabalho que se propõe, indo ao encontro de objectivos, criando métodos, alargando horizontes de pesquisa, aplicando à análise de documentos uma hermenêutica, relacionada com áreas afins. Face ao exposto, não será demais reconhecer que, em Francine Benoit, o acto criativo, com frequência se apresenta como símbolo de totalidade e resultado da interacção e intercepções de diferentes mundos não compagináveis com o universo solidário a que aspirava, apesar de, atormentado por questões de foro existencial e humano. Dir-se-á, então que a música, bem como as considerações que sobre ela podem tecer-se, e ser objecto, reflecte e cristaliza aspectos quantitativos e qualitativos da realidade social, ou seja: a análise musical, no âmbito da cultura, tem por função iluminar as zonas de sombra do conhecimento humano tornando-se, fundamento e estrutura do universo artístico e musical, não apenas colectivo como individual, em interacção com o mundo, tanto pelo facto de Francine Benoit conferir um cariz pessoal a tudo aquilo que a motivava, como questionar as premissas da situação cultural do país. Na verdade, foi na música que encontrou a vitalidade criativa, mesmo quando deixa transparecer nos seus escritos essa a crescente contradição entre o que a determina e aquela
9 BOURDIEU, Pierre - «Mapear o Campo Artístico» inSociologia, Problemas e Práticas,.Nº 48, 2005, pp. 117-123. 10 Ibidem.por « Entende-se produção generalizada» a hierarquia de produtores e de produtos, nos mais variados contextos, escolas e revistas, salões e tertúlias, entre outros, no qual as obras são especificamente dirigidas a públicos diversificados, não esp ecializados. 8
fragilidade de mulher em que impera mais a elegância, que a invectiva intelectual. A sua actividade foi dirigida à humanidade nas suas mais variadas posturas, quer adoptando um carácter científico e pedagógico, quer contribuindo para alertar o leitor para a necessidade de contextualizar saberes e ajudar a formar uma mentalidade crítica. É intenção deste livro, restituir a Francine Benoit parte da herança cultural, intelectual e profissional que nos legou, e que, sem ajuda incondicional de Madalena Gomes, da Prof. Dra. Sara Salgado Maíllo, amigos e familiares não seria de todo possível levar a efeito.
9
1. DA INFÂNCIA AOS PRIMEIROS ACORDES
Francine Germaine Van Gool Benoit nasceu a 30 de Julho de 1894, em Pérrigueux, 11 (França), filha de pai francês, Paul Théodore Clément Benoit , de origem provençal, e de mãe belga, Marie Victorine Van Gool, de origem flamenga.
12 Foto nº 1 -2 - Marie Victorine Van Gool Benoit (1869- 1969) e Paul Benoit Théodore Clément (18661914)De acordo com as fontes biográficas disponíveis, seu pai iniciara uma carreira militar, no ano de 1887, tendo realizado várias missões, como Engenheiro, ao serviço da Armanda 13 Francesa . No entanto, é de crer que a aproximação a Marie Victorine terá conduzido ao abandono da Academia Militar, ao mesmo tempo que Victorine se candidatava a uma
11 Francine guardou desde sempre toda a documentação relativa à carreira profissional de seu pai. Sabe-se que foi o aluno nº 209, da ÉcolePolytechinique,pelo Decreto-Lei de 26 Outubro de 1887, que obteve o 140º lugar na lista particular de alunos do verificando-se, Serviço de Artilharia. Em 29 de Dezembro de 1892, integrou o 2º Batalhão de Artilharia do Forteresse, «4eme Batterie, qu’il est nomné à la première classe de son grade est maintenu à la dite batterie». N33/1736-1743. 12 Todas ta biografia foram cedidas pela herdeira de Francine Benoit, Madalena Gomes. as fotografias que constituem es 13 Em 15 de Janeiro de 1896, Paul Benoit surge integrado numa lista de promoções da Escola Politécnica de Engenharia, [Normandia]. Em 1 de Novembro de 1898, recebe correspondência confirmando o seu desempenho: «(…)il est maintenu dans son grade et dans son emploi». N33/1736-1743. 10
promissora carreira literária, iniciada com a obraMichéline Brémont(Paris: VictorHavard e Cie Editens, 1905), que assina com o pseudónimo de Félix Marigot.
Foto nº 2  Francine com apenas três anos
Corria o mês de Julho de 1894, poucos dias antes do nascimento de Francine Benoit, quando se confirmou a passagem à reserva de Paul Benoit, sendo integrado no 13º Batalhão 14 de Artilharia Terrestre . Antes de se instalar em Portugal, Francine viria a residir em diversos países, França, Suiça, Argélia e Espanha acompanhada dos pais.
Foto nº 3Francine com cerca de 4 anos.
14 11 de Abril de 1894 é aceite a demissão de Paul Benoit, deixando de integrar os quadros de oficiais d’Armada Activa. EmEm 8 de Julho de 1903, Paul Benoit recebe correspondência confirmando a sua passagem à Armada Territorial. N33/1736-1743. 11
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