A Ilha do Tesouro
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Português

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A Ilha do Tesouro , livre ebook

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Description

Jim e seus companheiros navegam em busca do tesouro do lendário capitão Flint. Cheios de confiança, eles nem imaginam que estão à mercê de bandidos sanguinários. Agora, só muita astúcia e coragem conseguirão salvá-los de Long John Silver, o pirata mais esperto que já cruzou os mares... Suspense e aventura num romance que há mais de cem anos fascina leitores de todas as idades.

Sujets

Informations

Publié par
Date de parution 11 novembre 2017
Nombre de lectures 2
EAN13 9789897781117
Langue Português

Informations légales : prix de location à la page 0,0007€. Cette information est donnée uniquement à titre indicatif conformément à la législation en vigueur.

Extrait

Robert Louis Stevenson
A ILHA DO TESOURO
Índice
 
 
 
Parte 1 — O Velho Pirata
Capítulo 1 — O Velho Lobo-do-Mar na «Almirante Benbow»
Capítulo 2 — O Cão Negro Aparece e Some-se
Capítulo 3 — A Pinta Preta
Capítulo 4 — A Arca de Porão
Capítulo 5 — A Morte do Cego
Capítulo 6 — Os Papéis do Capitão
Parte 2 — O Cozinheiro de Bordo
Capítulo 7 — Vou Para Bristol
Capítulo 8 — Na Casa do Óculo
Capítulo 9 — Pólvora e Armas
Capítulo 10 — A Viagem
Capítulo 11 — O Que Ouvi no Barril de Maçãs
Capítulo 12 — Conselho de Guerra
Parte 3 — A Minha Aventura Em Terra
Capítulo 13 — Como Comecei a Minha Aventura na Ilha
Capítulo 14 — O Primeiro Recontro
Capítulo 15 — O Homem da Ilha
Parte 4 — A Paliçada
Capítulo 16 — Narrativa Retomada Pelo Médico: Como o Navio Foi Abandonado
Capítulo 17 — Prosseguimento da Narrativa do Médico: A Última Viagem da Canoa
Capítulo 18 — Continua a Narrativa do Médico: Fim das Lutas do Primeiro Dia
Capítulo 19 — Narração Retomada Por Jim Hawkins: A Guarnição do Fortim
Capítulo 20 — A Embaixada de Silver
Capítulo 21 — O Ataque
Parte 5 — A Minha Aventura no Mar
Capítulo 22 — Como Comecei a Minha Aventura no Mar
Capítulo 23 — A Maré Desce
Capítulo 24 — O Cruzeiro do Coracle
Capítulo 25 — Ataco a Bandeira Negra
Capítulo 26 — Israel Hands
Capítulo 27 — Peças de Oito
Parte 6 — O Capitão Silver
Capítulo 28 — No Acampamento Inimigo
Capítulo 29 — De Novo a Pinta Preta
Capítulo 30 — Liberdade Sob Palavra
Capítulo 31 — A Caça ao Tesouro: O Indicador de Flint
Capítulo 32 — A Caça ao Tesouro: A Voz no Meio das Árvores
Capítulo 33 — A Queda de Um Cacique
Capítulo 34 — Por Último
 
Parte 1 — O Velho Pirata
Capítulo 1 — O Velho Lobo-do-Mar na «Almirante Benbow»
 
 
 
Como me foi pedido pelo Morgado Trelawnev, pelo doutor Livesey e pelos restantes cavalheiros para passar a escrito todos os detalhes relativos à ilha do Tesouro, do princ í pio at é ao fim, sem nada omitir a n ã o ser a situa çã o da ilha, mas isso apenas porque parte do tesouro ainda est á por desenterrar, pego na pena no ano da gra ç a de 17..., e volto ao tempo em que o meu pai tinha a hospedaria “ Almirante Benbow ” : e ao dia em que sob o nosso teto se alojou o velho marinheiro de face queimada e marcada por um golpe de sabre.
Dele me lembro como se fosse ontem, a arrastar os passos at é à porta da hospedaria, e da arca de por ã o que atr á s dele seguia num carrinho de m ã o; alto, forte e pesado, era um homem acastanhado; o rabicho oleoso ca í a-lhe nos ombros do casaco azul mais que sujo; as m ã os calejadas e cobertas de cicatrizes, as unhas pretas e rachadas; e a marca do golpe de sabre atrav é s do rosto era de um branco sujo e l í vido.
Lembro-me de o ver observar a enseada enquanto assobiava para si pr ó prio e, a seguir, sair-se com aquela velha cantiga do mar que tantas vezes cantou depois:
 
“ Quinze homens na arca do morto,
Aiou-ou-ou e uma garrafa de rum! ”
 
numa voz aguda, velha e esgani ç ada, que parecia ter sido afinada e gasta nas barras dos cabrestantes. De seguida bateu à porta com uma amostra de bengala que lhe servia de bord ã o e, quando o meu pai apareceu, encomendou de m á catadura um copo de rum. Quando este lhe foi servido, bebeu devagar, como entendedor, demorando-se a apreciar-lhe o sabor e continuando ainda a olhar em volta, para os rochedos e para a nossa tabuleta.
— Tem bom ar a enseada — declarou por fim — e a taberna est á bem situada. Muita gente por c á , camarada?
O meu pai disse que n ã o, que havia muito pouca, o que era uma l á stima.
— Bem — retorquiu — , ent ã o é o ancoradouro que me conv é m. Olha c á , ó mo ç o — gritou para o homem que trazia o carrinho de m ã o — , atraca a í e traz a arca para cima. Vou c á ficar por uns tempos — continuou. — Sou um homem simples; basta-me rum e toucinho com ovos, e aquele alto al é m para ir ver os navios passar. E como me h ã o-de tratar? Pois tratem-me por capit ã o. Ah, j á percebi o que pretende... tome l á — e atirou tr ê s ou quatro moedas de ouro para a soleira da porta.
— Avise-me quando tiver gasto isso — terminou, t ã o soberbo como um almirante.
E na verdade, por m á s que fossem tanto as roupas como a linguagem, n ã o tinha nada o aspecto dum homem que trabalhasse no conv é s, mas mais lembrava um imediato ou um comandante, habituado a ser obedecido ou a castigar. O homem que trazia o carrinho de m ã o contou-nos que a mala-posta o deixara, na v é spera de manh ã , no Royal George; que tinha querido saber que estalagens havia ao longo da costa e, ao dizerem-lhe bem da nossa, creio, e tamb é m que era isolada, a tinha escolhido entre as mais para sua resid ê ncia. E foi tudo o que ficamos a saber sobre o nosso h ó spede.
De costume, era um sujeito muito calado. Durante todo o dia se perdia pela enseada, ou nas arribas, com um telesc ó pio de lat ã o; e todos os ser õ es se sentava num canto da sala junto ao fog ã o, a beber rum com á gua sem parar. Quase nunca falava quando algu é m se lhe dirigia; limitava-se a levantar a cabe ç a num gesto brusco e cheio de soberba, roncava pelo nariz como uma sirena de nevoeiro e tanto n ó s como os clientes nos habituamos em pouco tempo a deix á -lo em paz. Todos os dias, ao voltar do passeio, perguntava se quaisquer mar í timos tinham passado na estrada. A princ í pio pens á vamos que fazia essa pergunta por sentir a falta dos seus iguais; mas por fim come ç amos a ver que desejava evit á -los.
Sempre que algum marinheiro ficava na Almirante Benbow (o que por vezes sucedia com os que se dirigiam a Bristol pela estrada da costa) espiava-o pela cortina antes de entrar na sala; e sempre que l á estivesse qualquer desses homens era certo e sabido que ele se conservava calado como um rato. Para mim, pelo menos, n ã o havia naquilo nenhum segredo; porque, de certa maneira, partilhei dos sobressaltos dele.
Uma vez, chamara-me de parte para me prometer quatro dinheiros de prata no primeiro dia de todos os meses se eu “ estivesse sempre de vigia para avistar um marinheiro duma perna s ó” , e o avisasse logo que este aparecesse. Muitas vezes, quando no primeiro dia do m ê s ia ter com ele para receber o meu soldo, limitava-se a roncar com o nariz e a fulminar-me com os olhos, mas antes que a semana chegasse ao fim certamente reconsiderava e l á vinha trazer-me a moeda de quatro dinheiros, repetindo as ordens de estar atento ao “ marinheiro duma perna s ó” .
Nem preciso contar como tal personagem me assombrava em sonhos. Em noites de tormenta, quando o vento abalava os quatro cantos da casa e as vagas rugiam na enseada e contra as arribas, via-o com mil formas e mil express õ es diab ó licas. Umas vezes tinha a perna cortada pelo joelho, outras pelo quadril; depois era uma esp é cie de criatura monstruosa nascida s ó com a perna ú nica, ao meio do corpo. V ê -lo saltar e correr e perseguir-me por cima de sebes e valas era o pior de todos os pesadelos. Em suma, era um pre ç o bem caro para a minha moeda mensal de quatro dinheiros, que tinha de pagar na forma de tais vis õ es abomin á veis.
Mas, embora andasse t ã o aterrorizado pela ideia do marinheiro duma perna s ó , era eu quem do pr ó prio capit ã o tinha menos medo do que qualquer outra pessoa que o conhecesse. Noites havia em que tomava um peda ç o mais de rum com á gua do que a cabe ç a lhe podia suportar; ent ã o, ficava por vezes sentado a cantar aquelas velhas cantigas do mar maliciosas e depravadas, sem se importar com ningu é m; mas por vezes encomendava rodadas de copos, obrigando todos os presentes assustados a ouvir-lhe as hist ó rias ou a acompanh á -lo em coro. E tantas vezes senti a casa estremecer com o “ Aiou-ou-ou e uma garrafa de rum ” , os vizinhos todos a participar por amor à vida, subjugados pelo medo da morte, com cada um a cantar mais alto para evitar ser chamado à ordem. Pois quando lhe davam estes ataques, era o parceiro mais possessivo que j á se viu; com palmadas na mesa ordenava o sil ê ncio completo; lan ç ava-se numa paix ã o de raiva se lhe faziam uma pergunta ou, outras vezes, se n ã o lhe faziam nenhuma, concluindo que n ã o estavam a dar ouvidos à sua hist ó ria. Nem deixava ningu é m sair da estalagem at é ele pr ó prio ter bebido a ponto de cair de sono e ir de rold ã o para a cama.
As narrativas eram o que mais a

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