Quo Vadis
315 pages
Português

Vous pourrez modifier la taille du texte de cet ouvrage

Découvre YouScribe en t'inscrivant gratuitement

Je m'inscris

Quo Vadis , livre ebook

-

Découvre YouScribe en t'inscrivant gratuitement

Je m'inscris
Obtenez un accès à la bibliothèque pour le consulter en ligne
En savoir plus
315 pages
Português

Vous pourrez modifier la taille du texte de cet ouvrage

Obtenez un accès à la bibliothèque pour le consulter en ligne
En savoir plus

Description

Publicado em 1895, «Quo Vadis» é um romance histórico ambientado na Roma Imperial de Nero e que tem por tema a perseguição que se abateu sobre os cristãos após o Grande Incêndio de Roma.

Sujets

Informations

Publié par
Date de parution 11 novembre 2017
Nombre de lectures 2
EAN13 9789897780974
Langue Português

Informations légales : prix de location à la page 0,0007€. Cette information est donnée uniquement à titre indicatif conformément à la législation en vigueur.

Extrait

Henryk Sienkiewicz
QUO VADIS
Índice
 
 
 
Parte 1
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Parte 2
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Parte 3
Capítulo 1
Capítulo 2
Capítulo 3
Capítulo 4
Capítulo 5
Capítulo 6
Capítulo 7
Capítulo 8
Capítulo 9
Capítulo 10
Capítulo 11
Capítulo 12
Capítulo 13
Capítulo 14
Capítulo 15
Capítulo 16
Capítulo 17
Capítulo 18
Capítulo 19
Capítulo 20
Capítulo 21
Capítulo 22
Capítulo 23
Capítulo 24
Capítulo 25
Capítulo 26
Capítulo 27
Capítulo 28
Capítulo 29
Capítulo 30
Capítulo 31
Capítulo 32
Capítulo 33
Epílogo
 
Parte 1
 
Capítulo 1
 
 
 
P etrónio despertou a meio do dia e, como de costume, muito fatigado: na véspera, em casa de Nero, participara num festim... Havia já algum tempo que a sua saúde era menos boa e o despertar mais desagradável. O banho matinal, no entanto, e uma hábil massagem, ativavam a circulação preguiçosa do sangue e reanimavam-lhe as forças, de tal modo que do oleotechium (o último compartimento dos banhos) saía como que renovado, os olhos brilhantes, e a tal ponto prestigioso que o próprio Otão não poderia rivalizar com ele. Era bem aquele a quem chamavam «o árbitro das elegâncias».
No dia seguinte ao festim, durante o qual discutira com Nero, Lucano e S é neca a quest ã o de saber se a mulher possu í a ou n ã o uma alma, estava pois estendido numa mesa de massagens coberta com uma alva toalha de linho eg í pcio, e dois robustos balneatores (mestres de banho), com as m ã os embebidas em ó leo, esfregavam-lhe os m ú sculos. De olhos fechados, esperava que o calor do laconicum, juntamente com o das m ã os, penetrasse nele e expulsasse a sua fadiga.
Por fim, abriu os olhos e falou.
Perguntou como estava o tempo, informou-se a respeito das gemas que o joalheiro Idomeno prometera entregar-lhe. Responderam-lhe que o tempo estava belo, que uma ligeira brisa soprava dos montes Albanos, e que o homem das gemas n ã o tinha ainda aparecido. Petr ó nio voltou a fechar os olhos, e ia fazer-se transportar ao tepidarium quando, erguendo a tape ç aria, o nomenclator 2 anunciou a visita de Marcus Vin í cius.
Petr ó nio ordenou que o visitante fosse introduzido no tepidariurn, para onde se fez transportar imediatamente. Vin í cius era filho da sua irm ã mais velha, que desposara um tal Marcus Vin í cius, c ô nsul dos tempos de Tib é rio. O jovem servia de momento sob as ordens de Corbul ã o, na luta contra os Partos e, terminada a guerra, regressara a Roma. Petr ó nio tinha por ele uma esp é cie de afeto: porque Marcus era um jovem de formas nobres e corpo atl é tico, que sabia, mesmo no meio dos seus deboches, conservar aquele comedimento est é tico que Petr ó nio apreciava acima de tudo.
— Salv é , Petr ó nio! — disse o jovem. — Que todos os deuses te cumulem de favores, especialmente Ascl é pias e Cypris!
— S ê bem-vindo a Roma, e que o repouso te seja doce ap ó s a guerra — respondeu Petr ó nio, libertando uma m ã o das pregas do delicado tecido da sua toga. — Que h á de novo entre os Arm é nios? Durante a tua perman ê ncia na Á sia, foste alguma vez a Bit í nia?
Petr ó nio, na altura famoso pelos seus gostos efeminados e pelo seu amor pelos prazeres, fora em tempos governador da Bit í nia, um governador en é rgico e justo. Por isso tanto gostava de recordar essa é poca: provara ent ã o o que poderia e saberia ter sido, tivesse sido essa a sua fantasia.
— Fui a Heracleia levar refor ç os a Corbul ã o — respondeu Vin í cius.
— Ah! Heracleia! Conheci l á uma jovem de Colchida, por quem trocaria de boa vontade todas as divorciadas de aqui, sem excetuar Popeia. Mas isto s ã o velhas hist ó rias. Diz-me o que se passa nas fronteiras dos Partos. No fundo, n ã o s ã o nada engra ç ados, todos esses Vologos, esses Tiridatos, esses Tigranos, e outros B á rbaros que, segundo o jovem Arulanus, nos seus pa í ses caminham ainda a quatro patas e s ó imitam os homens quando se encontram na nossa presen ç a. Mas, neste momento, fala-se muito deles em Roma, sem d ú vida por ser menos perigoso do que falar de outra coisa.
— Sem Corbul ã o, essas guerras poderiam acabar mal.
— Corbul ã o! Por Baco! É um verdadeiro deus da guerra, um verdadeiro Marte, um grande general, um homem ao mesmo tempo fogoso, leal e imbecil. Aprecio-o muito, quanto mais n ã o seja pelo medo que inspira a Nero.
— Corbul ã o n ã o é um imbecil.
— Talvez tenhas raz ã o; de resto, pouco importa. A estupidez, como diz Pirro, em nada fica a dever à ast ú cia, e em nada dela difere.
Vin í cius p ô s-se a falar da guerra; mas Petr ó nio fechava os olhos. O jovem mudou de conversa, informando-se sobre a sa ú de do tio.
Petr ó nio ergue as p á lpebras.
A sua sa ú de? Nada boa. N ã o chegara ainda, no entanto, ao ponto do jovem Sissena; esse tinha os sentidos a tal ponto embotados que de manh ã , no banho, perguntava:
— Estou sentado?
Todavia, ele, Petr ó nio, n ã o ia bem. Vin í cius acabava precisamente de coloc á -lo sob a prote çã o de Ascl é pias. Sabia-se exatamente de quem era filho esse Ascl é pias? De Arsinoeia ou de Coron í dea? E quando h á d ú vidas a respeito da m ã e, que dizer do pai? Quem pois, nos tempos que corriam, podia ter a certeza de ser filho do seu pai?
Ao dizer isto, Petr ó nio sorriu; depois continuou:
— H á dois anos, é verdade, enviei a Epidauro, tr ê s d ú zias de melros vivos. Disse para mim mesmo: « Se n ã o fizer bem, mal tamb é m n ã o poder á fazer. » Se ainda h á no mundo quem sacrifique aos deuses, penso que todos raciocinam como eu. Todos... exceto talvez os arrieiros da porta Capena. Al é m de Ascl é pias, tive de entender-me, no ano passado, com os asclep í ades, devido à minha bexiga: recorreram a incuba çõ es. Sabia que eram charlat õ es, mas o mundo repousa sobre o engano e a pr ó pria vida é uma mentira. A alma, igualmente, n ã o passa de uma ilus ã o. É no entanto preciso ser-se muito l ú cido para distinguir as ilus õ es agrad á veis das que o n ã o s ã o. Eu, por exemplo, aque ç o a minha estufa com madeira de cedro polvilhada de â mbar, porque prefiro os bons odores aos maus. Quanto a Cypris, a quem tamb é m me recomendaste, é talvez à sua prote çã o que devo estas picadas na perna direita que tanto me fazem sofrer. É , de resto, uma boa deusa, e quero crer que tu tamb é m, mais cedo ou mais tarde, sacrificar á s pombas brancas nos seus altares...
— Sim — respondeu Vin í cius — as flechas dos Partos n ã o me atingiram, mas fui tocado pelas do Amor, de um modo imprevisto, a poucos est á dios das portas da cidade.
— Pelas Gra ç as de brancos joelhos! Tens de contar-me isso! — disse Petr ó nio.
— Vinha precisamente pedir-te conselho.
Nesse instante surgiram os depiladores, que se atarefaram em torno de Petr ó nio, e Marcus entrou num banho de á gua t é pida.
— Ah, seria sup é rfluo perguntar-te se o teu amor é correspondido — exclamou Petr ó nio, contemplando o belo m á rmore que era o corpo de Vin í cius; se Lyssipo te tivesse visto, ornamentarias neste momento a porta que conduz ao Palatino, sob os tra ç os de algum H é rcules juvenil.
O jovem sorriu e mergulhou na banheira, salpicando um mosaico que representava Hera pedindo ao Sono que adorme ç a J ú piter.
Quando, terminado o banho, Vin í cius se entregava por sua vez aos dedos h á beis dos depiladores, entrou o leitor, com os seus rolos de papiros metidos num estojo de bronze.
— Desejas escut á -lo? — perguntou Vin í cius. — Se n ã o, prefiro conversar. Hoje em dia, os poetas aparecem em todas as esquinas!...
— E como! N ã o é poss í vel sair sem avistar, gesticulando como um m

  • Univers Univers
  • Ebooks Ebooks
  • Livres audio Livres audio
  • Presse Presse
  • Podcasts Podcasts
  • BD BD
  • Documents Documents