NÍVEIS DE ENERGIA METABOLIZÁVEL EM RAÇÕES PARA POEDEIRAS DE OVOS MARRONS NAS CONDIÇÕES DE INVERNO NO EXTREMO SUL DO BRASIL (LEVELS OF METABOLIZABLE ENERGY IN DIETS FOR BROWN-EGG LAYERS UNDER BRAZIL DEEP SOUTH WINTER CONDITIONS)
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NÍVEIS DE ENERGIA METABOLIZÁVEL EM RAÇÕES PARA POEDEIRAS DE OVOS MARRONS NAS CONDIÇÕES DE INVERNO NO EXTREMO SUL DO BRASIL (LEVELS OF METABOLIZABLE ENERGY IN DIETS FOR BROWN-EGG LAYERS UNDER BRAZIL DEEP SOUTH WINTER CONDITIONS)

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Resumo
Objetivou-se estudar as densidades energéticas de 2450 a 2750 kcal de EM/kg de ração no desempenho de poedeiras Hisex Brown produtoras de ovos marrons nas condições de inverno da região de Pelotas ? RS, Brasil. Utilizou-se o delineamento completamente ao acaso, com o uso da análise de variação e regressão polinomial. Não houve significância para peso de ovo, massa de ovo, consumo de ração e peso corporal das aves, porém houve efeito para produção de ovo, consumo de EM e conversão alimentar. Concluise que os níveis intermediários de 2550 a 2650 kcal de EM/kg de ração apresentaram melhores respostas em termos de eficiência produtiva.
Abstract
The objective was to study energetic diets concentrations from 2450 to 2750 kcal ME/kg influence on Hisex Brown straim brown-eggs layers performance under Pelotas ? RS, Brazil area winter conditions. A completely randomized design was used, and data interpretation was dove through analysis of variance and polynomial regression. No statistical significance was found for egg weight, egg mass, diet consumption and body weight, ME consumption and feed conversion. It was concluded that best answers were obtained for 2550 and 2650 kcal ME/kg diet intermediate levels.

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Publié le 01 janvier 2005
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Langue Português

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NÍVEIS DE ENERGIA METABOLIZÁVEL EM RAÇÕES PARA
POEDEIRAS DE OVOS MARRONS NAS CONDIÇÕES DE
INVERNO NO EXTREMO SUL DO BRASIL
LEVELS OF METABOLIZABLE ENERGY IN DIETS FOR BROWN-EGG LAYERS UNDER
BRAZIL DEEP SOUTH WINTER CONDITIONS
1 2Araújo, J.S. e R.R. Peixoto
1Universidade Estadual do Oeste do Paraná/Colegiado de Zootecnia. Centro de Ciências Agrárias – 1777.
Caixa Postal 1008. CEP 85960-000 Marechal Cândido Rondon. PR/Brasil. E-mail: jocelio@ufla.br
2Universidade Federal de Pelotas/FAEM. Departamento de Zootecnia. 96010-900 Pelotas. RS/Brasil.
ADDITIONAL KEYWORDSPALAVRAS CHAVE ADICIONAIS
Nutrição. Poedeiras. Laying hens. Nutrition
RESUMO
Objetivou-se estudar as densidades energé- dove through analysis of variance and polynomial
ticas de 2450 a 2750 kcal de EM/kg de ração no regression. No statistical significance was found
desempenho de poedeiras Hisex Brown produ- for egg weight, egg mass, diet consumption and
toras de ovos marrons nas condições de inverno body weight, ME consumption and feed
da região de Pelotas – RS, Brasil. Utilizou-se o conversion. It was concluded that best answers
were obtained for 2550 and 2650 kcal ME/kg dietdelineamento completamente ao acaso, com o
uso da análise de variação e regressão polinomial. intermediate levels.
Não houve significância para peso de ovo, massa
de ovo, consumo de ração e peso corporal das
aves, porém houve efeito para produção de ovo, INTRODUÇÃO
consumo de EM e conversão alimentar. Conclui-
se que os níveis intermediários de 2550 a 2650 No Brasil, por algum tempo o mer-
kcal de EM/kg de ração apresentaram melhores cado para ovos brancos esteve em
respostas em termos de eficiência produtiva. vantagem, poedeiras de ovos brancos
têm tido produção superior, especial-
mente no que diz respeito ao total de
SUMMARY ovos produzidos e eficiência alimen-
tar. Essas vantagens permitiram aos
The objective was to study energetic diets produtores de ovos brancos menores
concentrations from 2450 to 2750 kcal ME/kg custos e colocação no mercado a preços
mais baixos. No entanto, em recentesinfluence on Hisex Brown straim brown-eggs
layers performance under Pelotas – RS, Brazil anos, poedeiras de ovos marrons
area winter conditions. A completely randomized melhoraram espetacularmente.
design was used, and data interpretation was A utilização alimentar diária ainda
Arch. Zootec. 54: 13-23. 2005.ARAÚJO E PEIXOTO
favorece as poedeiras de ovos brancos. O aviário experimental era fechado
Em segmento com o decréscimo de e foi feito o planejamento do programa
consumo de alimento e aumento de de luz executado de forma crescente,
amassa de ovo, as poedeiras de ovos tendo início na 19 semana de vida das
marrons estão aproximando-se das galinhas, com 14 horas de luz (luz
apoedeiras de ovos brancos. Trabalhos natural + luz artificial). Na 23 semana
publicados por Xavier e Peixoto de vidas passaram para o programa de
(1997), Peixoto e Ost (1999) trazem aumento de 20 minutos por semana,
aindicações concretas, mas apenas para até a 27 semana, chegando a um total
linhagens de ovos brancos. Cabe ainda de 17 horas de luz por dia, perma-
analisar que a pesquisa, especialmente necendo esta quantidade até o final do
com poedeiras de ovos marrons é rela- experimento. A luz artificial foi
tivamente escassa. Somente na última fornecida por lâmpadas incandescen-
edição do National Research Council tes de 40 W espaçadas entre si e con-
(NRC, 1994), há previsão de nece- troladas por um relógio marcador.
ssidades nutricionais para essas lin- Foram utilizadas 304 poedeiras com
hagens estimadas como 10 p.100 mais 28 semanas de idade da linhagem Hisex
elevadas do que as de ovos de poedeiras Brown, produtoras de ovos marrons,
Leghorn. alojadas aleatoriamente em gaiolas
Considerando a necessidade de se individuais. Deste modo, cada ave se
obter maiores informações na área constituiu numa unidade experimental
no que se refere às variáveis: produçãonutricional e do que foi acima exposto,
de ovos, peso de ovo, massa de ovo eobjetivou-se estudar os efeitos de dife-
peso corporal. Para as variáveis con-rentes níveis de energia metabolizável
sumo de ração, consumo de EM e(EM) em rações para poedeiras de ovos
conversão alimentar, o controle foi pormarrons nas condições climáticas de
conjunto de gaiolas, composta porinverno da região de terras baixas de
quatro aves cada conjunto. As poe-Pelotas – RS.
deiras recebiam alimentação indivi-
dual duas vezes ao dia, pela manhã e
MATERIAL E MÉTODOS tarde, de modo que os comedouros
permanecessem sempre com ração.
A pesquisa foi realizada no aviário Água ad libitum foi fornecida durante
experimental do Departamento de Zoo- todo o período experimental.
tecnia da Faculdade de Agronomia Os ovos foram coletados e pesados
Eliseu Maciel da Universidade Fede- diariamente, sendo identificados com
ral de Pelotas (FAEM/UFPEL), em o número da poedeira e a data, com o
convênio com a Empresa Brasileira de objetivo de evitar confusão no mo-
Pesquisa Agropecuária - Centro Nacio- mento da pesagem e anotação destes
nal de Pesquisa Agropecuária de Clima ovos, tendo em vista que tanto a
Temperado (EMBRAPA/CPACT), du- produção, como os pesos dos ovos
rante o período de inverno, compreen- foram registrados em planilhas especí-
dendo os meses de maio a agosto do ficas diariamente. A temperatura média
ano de 1999, com duração de 84 dias. diária (TMD) e a umidade relativa do
Archivos de zootecnia vol. 54, núm. 205, p. 14.ENERGIA METABOLIZÁVEL EM RAÇÕES PARA POEDEIRAS
ar (URA) foram obtidas a partir de um tratamentos, correspondendo a níveis
termoigrógrafo instalado no interior crescentes de EM na ração.
do aviário experimental. Para a Tratamento 1: 2450 kcal de EM/kg
determinação da TMD e para o cálculo ração;
da URA se utilizou às fórmulas da Tratamento 2: 2550 kcal de EM /kg
Estação Agroclimatológica da UFPEL/ ração;
CPACT proposta por Mota (1983). A Tratamento 3: 2650 kcal de EM/kg
referida estação situa-se a uma latitude ração;
de 31° 52' 00'' S, a uma longitude de Tratamento 4: 2750 kcal de EM/kg
52° 21' 24'' W. GRW. e altitude de ração.
13,24 m. S.n.m.m., próximo à várzea As dietas experimentais utilizadas
que conduz ao canal São Gonçalo, o estão apresentadas na tabela I.
qual une a lagoa dos Patos à lagoa Para a determinação da produção
Mirim. de ovos, a coleta foi realizada diaria-
Empregou-se o delineamento mente, sendo anotado no ovo o núme-
inteiramente casualisado, com quatro ro da poedeira e a data da coleta. Logo
Tabela I. Composição das dietas experimentais (p.100). (Composition of the experimental diets
(percent)).
Dieta
Ingredientes 1 2 3 4
Milho 45,50 50,50 55,00 60,00
Farelo de soja 21,00 22,50 24,00 25,00
Farelo de trigo 23,00 16,50 10,50 4,50
Farinha de ostra 8,50 8,50 8,50 8,50
Farinha de osso 0,90 0,90 0,90 0,90
Sal 0,25 0,25 0,25 0,25
Metionina 0,15 0,15 0,15 0,15
1Premix 0,35 0,35 0,35 0,35
Valores calculados
EM kcal 2447,01 2551,70 2647,29 2747,05
PB (p.100) 17,07 17,11 17,13 17,00
Ca (p.100) 3,16 3,15 3,14 3,16
P disponível (p.100) 0,42 0,40 0,41 0,40
Metionina (p.100) 0,36 0,36 0,36 0,36
Cistina (p.100) 0,30 0,29 0,29 0,29
Lisina (p.100) 0,79 0,80 0,82 0,83
1Composição do premix: vitamina A - 2.000000 UI; vitamina D3 - 60000 UI; vitamina E - 1000 mg; vitamina
K - 50 mg; tiamina - 10 mg; riboflavina - 600 mg; piridoxina - 60 mg; vitamina B12 - 2500 mcg; Ácido
pantoténico - 1500 mg; niacina - 5000mg; cloreto de colina - 70000 mg; ácido fólico - 2 mg; BHT - 15 g;
Mn - 10 g; Cu - 0,5 g; Zn - 6,0 g; Co - 0,05 g; I - 0,1 g; Fe - 6 g.
Archivos de zootecnia vol. 54, núm. 205, p. 15.ARAÚJO E PEIXOTO
após, foram registrados em uma Y = µ + t + e , em que:
ij i ij
planilha específica para a produção de µ= média geral esperada;
ovos. Após ser feito o registro do dia t= efeito diferencial esperado do
i
da postura de cada ovo, o mesmo era tratamento i (i= 1, 2, 3,4) e
pesado em balança com precisão de e = erro experimental na j-ésima
ij
uma grama, sendo registrado o valor parcela com o nível energético
obtido também em planilha apropriada. (tratamento) i.
Já a massa de ovos foi obtida através Os valores observados de cada uma
de cálculo, sendo o produto de das variáveis respostas foram subme-
multiplicação do número de ovos tidos à análise de variação e regressão
produzidos pela poedeira, no período polinomial para o ajustamento de uma
total do expe

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