A EDUCAÇÃO ESCOLAR QUE NOSSOS FILHOS RECEBEM

Mariana Luzzi

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Gens Instituto de Educaçao E Cultura

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• Publié par: intereduca
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• Langue: Breton

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A EDUCAÇÃO ESCOLAR QUE NOSSOS FILHOS RECEBEM Donizete Soares Observe: 1. conforme orientação oficial, evidentemente baseada em princípios legais e educacionais interessantes e razoáveis, os alunos das escolas públicas têm que ser promovidos; a reprovação ou retenção está totalmente desaprovada; se os alunos não “passarem de ano” de um jeito, passarão de outro... 2. como não é preciso ser empresário pra saber o quanto atualmente está difícil manter as portas abertas de um estabelecimento qualquer – sobretudo de pequeno e médio porte

como, em geral, é o caso das escolas particulares – perder um cliente significa perder muito dinheiro (em São Paulo, a família gasta anualmente com um filho na escola algo em torno de 6 mil reais...) 3. nada é muito diferente quando consideramos as escolas mantidas por fundações ou cooperativas, afinal, de alguma forma, alguém está pagando, os custos são altos e os resultados têm que ser positivos... E então? 1. dá pra ficar tranqüilo porque nossos filhos não “repetem mais de ano”?; dá pra ficar feliz porque eles não serão mais motivo de vergonha da família nas festas de fim de ano, caso não sejam aprovados? 2. os serviços educacionais oferecidos pela maioria das escolas estão contribuindo para a

formação de cidadãos competentes e responsáveis?; o que a escola ensina é suficiente pra eles enfrentarem a vida? 3. o dinheiro que você investe na educação escolar de seu filho(a) – estudando na escola pública ou não – está sendo devidamente aplicado?; que tipo de retorno este investimento está dando pra vocês, pai e mãe, e pra sociedade?

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Essas são apenas algumas possíveis perguntas que cada um de nós, cidadãos contribuintes, precisa fazer constantemente. As escolas e os professores são prestadores de serviço e, como tal, devem ser cobrados. São pagos para, junto com os pais e os adultos da sociedade, despertarem nos mais jovens o gosto e o prazer de estudar e aprender; são profissionais e espaços públicos supostamente preparados para promoverem o exercício de formas de convivência social pautadas em direitos e deveres. Se forem eficientes ou não, cabe à sociedade avaliar – e isto é algo que temos que fazer... Há quem diga que o aluno é o consumidor ideal, o tipo de consumidor que todo comerciante gostaria de ter, porque paga por um serviço e adora quando não tem aula, acha ótimo não ter que estudar e, melhor ainda, quando não lhe é cobrado nada. O pior de tudo é que não faltam pais que concordam com seus filhos e brigam com os professores e as escolas que exigem um pouco mais de seus alunos...

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