Queixumes do Pastor Elmano Contra a Falsidade da Pastora Urselina - Egloga

Manuel Maria Barbosa Du Bocage

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• Publié par: nuvar
• Publié le: 08 décembre 2010
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• Langue: Português

Extrait

The Project Gutenberg EBook of Queixumes do Pastor Elmano Contra a Falsidade da Pastora Urselina, by Manuel Maria Barbosa du Bocage

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Title: Queixumes do Pastor Elmano Contra a Falsidade da Pastora Urselina Egloga

Author: Manuel Maria Barbosa du Bocage

Release Date: October 12, 2007 [EBook #22970]

Language: Portuguese

*** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK QUEIXUMES DO PASTOR ELMANO ***

Produced by Tiago Tejo

+QUEIXUMES+

DO

PASTOR ELMANO

CONTRA A FALSIDADE

DA

PASTORA URSELINA .

+EGLOGA.+

LISBOA: Na Officina de SIMÃO THADDEO FERREIRA.

ANNO 1791.

Com Licença da Real Meza da Comissão Geral sobre o Exame, e Censura dos Livros.

Metido tenho a mão na Consciencia, E não fallo senão verdades puras, Que me ensinou a viva experiencia.

CAMÕES.

+QUEIXUMES+

DO

PASTOR ELMANO

CONTRA A FALSIDADE

DA

PASTORA URSELINA .

+EGLOGA.+

Seu manto desdobrava a Noite escura, E a Rã no charco, o Lobo na espessura Vociferando, os ares atroavão; Do trabalho diurno já cessavão Os rudes, vigorosos Camponezes: O Vaqueiro, cantando atraz das Rezes, Após as Cabras o Pastor cantando, Hião para as Malhadas caminhando, Tudo jazia em paz, menos o triste, O desgraçado Elmano, a quem feriste, Oh pernicioso Amor, cruel Deidade, Flagélo da infeliz Humanidade: Tudo, emfim, descançava, excepto Elmano, Que a mão do Fado, universal Tyranno, Sentia sobre si descarregada; Que, longe da Paterna Choça amada, Dependente vivia em Lar estranho, Sendo os desgostos seus o seu rebanho. Honrados Maioraes o Ser lhe derão Lá junto ao Sado ameno, e lhe fizerão Das Artes cortezãs prezar o estudo: As Musas o encantárão mais que tudo, Ateando-lhe n'alma o Fogo santo, Que estúpidos Mortaes desdenhão tanto. Inflammado com elle, ao som da Lira Quebrava dos Tufões a força, a ira, E o venerando Téjo socegado, A cuja fresca praia o trouxe o Fado, Mil vezes, para ouvir-lhe as ternas mágoas, A limosa cabeça ergueo das Agoas. Cégo, convulso, pállido, e sem tino Entrava na Cabana de Francino O desditoso Elmano. Entre os Pastores Geral estimação, geraes louvores Francino com justiça disfrutava: Alto saber, o Espirito lhe ornava, Na vasta Capital fôra creado, E por expertos Mestres cultivado. Doce nó de Amizade os dois unia, Concorrendo a Razão, e a Sympathia Para tão bella, e placida Alliança. Notando, pois, a fúnebre mudança, Que no aspecto do Amigo apparecia, Assim Francino a causa lhe inquiria:

+FRANCINO.+

Que tens, Elmano? Que fatal desgosto Banha de tristes lagrimas teu rosto? Tu, que, ainda ha brevissimos instantes, Te acclamavas feliz entre os Amantes, Logrando mil carinhos, mil favores De Urselina gentil, dos teus Amores, Vens tão choroso, tão afflicto agora! Ah! Conta-me a paixão, que te devora, Das ancias tuas o motivo explica: Communicado o mal, mais brando fica.

+ELMANO.+

Ai de mim! Venho louco, estou perdido. Oh peito ingrato! Coração fingido! Oh deshumana, oh barbara Pastora! Fementida Mulher enganadora! E tiveste valor para a mais fêa Traição, que póde conceber a idéa? He possivel! He certo! Oh Ceos! Soccorro. Eu pasmo, eu desespero, eu ardo, eu morro.

+FRANCINO.+

Amigo, torna em ti, recobra alento, Declara-me o teu íntimo tormento. Do cégo frenesi, que te domina, Quem he causa, Pastor? He Urseli

na?

lgaste, Que o mai sua ffgaso , eujeu e Sges osstse,  iuqaerp cnestsai ternida  Ouve ura! oimagãvacdnhn a ai mféa  Pa rapus tnedra s ,roma e t du o oi llsuoãi sonho, !) Que fo rt metsid iaim eerec (áse , nhco iop oif J nocraiA Ma gadoe lim que aid on euq ,seab sJá e.stvie qu omrEne stnoc rar Ldaiaybrd ateen sat arçieõ.sN oã he possivel Nos  op euQ ,e pmoc asse -tarar hraFéá  rt,ooMsn aeLs jesejaão, pent Ser ntua vas gaen. Q na etsaoh ,sezeton  e com ta umana, Qu remd setn oirog gomicou rooba or d sezev satnauQ !Fine igo,o Amnrad ardia t q euaz,s a l mis adlsfarem a otnuezev ,mi ua aem seu slma ettsP a oruq euo ,  drasee  ousoslh iv ó,aiv  euQe ue -me a bella mão  a a elrgai D , naod iap ed odnedra ,ue , Q teenamivrtfu  e ooim-P . de neetcontjei  beixão, Q ,es t eu ot isanrue qll asldel,ea uoabss:eehn oãr prazer lão doce  asrgle o nIid da,o uvelssol can nó,vuol iet ãt A sero sotodio  fão ts,éisia omer,s  E onúmero augmenteisod noC adiv;sod  sJáesabs  aigmeagra os s, euice  aimuq eoC m od,s fee  melfiina nh t ,illA :osotid z hum bailraçando oios P , ro  eahmrno meo ui qar pircetnes J adaa ;z ill epença rudanda mdn osaam od P .niat pemsddeo s cefa san ahniT ,odarg meigo aatar comedm  erte  mev z a,os e,Qu 'a nivleo sosohll zu ogo zineotd vaziod , nto m tao. Is adorrgga edueuq rava ronoigu   pue qEm ogt oãa psre?aE  Urselina, Tu comi damaeb oc ,m ara nati he , Lis d: se dra etsE ,oirytra , vaai rtaes, or n oãqreu ,a oP f ro te ma estiri sen uc oirpmd uejeseesntão n qr, aue roA om,ruGaiodp a agora S  fui ind grle aiaar c ee, E !asohni p ,iertn ! Qu… ah enganto mu a na H a ercnpaap or p dtaCaa naba  eM , oievcer rebe este delirio. Jonoi ,uq eseatavá  amo , orpeo o it-odnn emF .od evre daços figo em peoLog ,ol  e ari,a doramonao stgem uh ,osir ecod mu anhacompes aessõxerpet smanaD ,  e çaemodnai a eifn  moss euumci, A es agav

+ELMANO.+

l, que eu me vin cerpmi le ,seõça raLia z  mim  e , E roe f ruied hxla l qum mimes O eixu ãn oef zreugtn a  o rosto caso, Nemo e nahllov ,uot prÁ imox  adosoca ll,aa e -iemnieh o péva aestaQue enaj acitsur ad   pnaér tdaE  a,ll Urselina, a Deosd zirel-eh E , s meej pa o ueCrcol serrdnopl-re 'C eh banaa CaNigé de  iVe  ll,a atodcnsoo liná Ia rtpoá  hlO alled  arap ra , emnãseelo  (lauQ n gear , aamsih orrivel De todas  ,uovarF nicn eR ,o attr-tara e isma .o uE tsni octnt  emeu o o  eu mal, em meuQ : h etaba , orAme Deo o nã  constansmaiar auep ieotic aedm  od p ner odoeu sief  eD otacnumet   A Semo?extroso   mot aí oC i pmroet br ome) s!eo Coh msap oãt A airagi

N odo aixeza: D érfida b úfirsac  eonav s tois quDa páo  nra atarp a allegni  eiroegurte Piner  oadr sieho uQ e zaceace ntmeelru  ,oinóA arucorP , da.o iFuqiel uooc, fiquei desespe p a  roe sadiartesçõhe lin t dha  aivuncn men  ts N o agina im. Nãação noC ,odar dnalpmet ateeso o bromss o ,oiab  O et drél coi ennt, devae ese csno slooh s nte A meu  de repe euQ ,airotciv ale psim  eiaab cãoeun  ai Q ,lgrod  echere enmantxo A qu, Ine ioális vmuh as afsitoãça me affrontava, Se oiosR vila ,uq e e qu, meas mm,siP .essicr -oetemor or nndonessaão rgo o es L ,  uup oem ue , Q rajuer pdas  onagnesed missa ura.ternnha u mi ellad seneoihAg pe, errvfa, azll ,olleuq D !os iuqa como és pensei, A ! !iN oã d vireos ived oãn cneserP a afa r ia, taonfrosffuq e cAer ir.a i o ditegno indisnoCehle,ori as E dhiCaa nabaon, edp iremri T o niah logrado os mimo zi.onArfdu eo r lio,Magáuco o lo saticni em euq ,iz dhe lnaliseUr a abdnnoedJ nooia Choça  se A que   ,mi euq,em-fme adsudoin seas er , P ando ro Que a  sah etn g nerrie oeT  eSe soas  dceuesq  ,raliabp adac a  compasso, Sendo   aahmrnoai , eod e ,  sdeo C iz o om tlafed oerp sadn plos, amtado Mon rtha ,s tAest  ese , osmpCas,doGae  osoremuNseasaC s o tyranno? Se Ináil,op rouq eet m enesnoga ue , Qu  ep etaideoC ,ãçar uq eP roA ! !h acav  o désteão dme n gecos uem o euQ , firiac seu taoo  ãn oidizro!aE  uo juravaa, eu nã p me ojeoh es ej. T te idra cldeasarmeS etsag uq o erp  mo;nêmeneu  tasl ça ad mE eyHsod  s vêeria unir-teq eDa eulle uq e eseze  dngfia,idcAuces-ietm liv  es, te agradava!plim sue qdain, oilánI euQ avagludo jquanm!) e mietd rtsiod( uQna ixuee,um m o qeuj euotsu siaq od me, Era m  meu ciuicanavo m  elaul  I oarre.noernf  adnaercsevii es oradMãa A  do ngvi etEreon oedJ vo ara ti c , Devia p em-raticapac rom er pem, ãoaçor ? Cod I ,otalsaa ifid ão t o n, sempia ãz oeto rbgiuoa  e effeito; Que ra h edf muignia od ca anhri-mar E  e, p son oã oetosn  o, E   Fad issopor  unret adcod o ar o P itpeu  r ziduro onrado, C sangue hãç,od  era aegar ev daoo nsbeão ngarf siecuda ,so posteu,  o, E  seirresei tnneoiueg  cle  , D roeiadrdve euq ,lael euq o