Testamento Poetico-Anachreontico
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The Project Gutenberg EBook of Testamento Poetico-Anachreontico, by João de Figueiredo Maio e LimaThis eBook is for the use of anyone anywhere at no cost and with almost no restrictions whatsoever. You may copy it,give it away or re-use it under the terms of the Project Gutenberg License included with this eBook or online atwww.gutenberg.netTitle: Testamento Poetico-AnachreonticoAuthor: João de Figueiredo Maio e LimaCommentator: Francisco Nunes PousãoRelease Date: September 23, 2007 [EBook #22729]Language: Portuguese*** START OF THIS PROJECT GUTENBERG EBOOK TESTAMENTO POETICO-ANACHREONTICO ***Produced by Vasco SalgadoTESTAMENTOPOETICO-ANACHREONTICOPOR+João de Figueiredo Maio e Lima+(Precedido d'uma noticia bibliographica pelo editor e d'uma poesia dedicatoria pelo dr. Francisco Nunes Pousão).EDITORAntonio José Torres de CarvalhoELVASTESTAMENTOPOETICO-ANACHREONTICOPOR+João de Figueiredo Maio e Lima+(Precedido d'uma noticia bibliographica pelo editor e d'uma poesia dedicatoria pelo dr. Francisco Nunes Pousão).ELVAS Typographia e Stereotypia Progresso Rua de Manoel Gomes Estella, 2-B1906JOÃO DE FIGUEIREDO MAIO E LIMA+Noticia bibliographica+Á falta de elementos proprios para traçar uma ligeira bibliographia de tão distincto poeta soccorremo-nos das poucasnoticias colhidas a seu respeito por Innocencio da Silva e Nunes Pousão.João de Figueiredo Maio e Lima, author da Ode epodica que sob a epigraphe—Testamento poetico-anachreontico—publicou em ...

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Publié le 08 décembre 2010
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Langue Português

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The Project Gutenberg EBook of TestamentoPoetico-Anachreontico, by João de FigueiredoMaio e LimaThis eBook is for the use of anyone anywhere atno cost and with almost no restrictions whatsoever.You may copy it, give it away or re-use it under theterms of the Project Gutenberg License includedwith this eBook or online at www.gutenberg.netTitle: Testamento Poetico-AnachreonticoAuthor: João de Figueiredo Maio e LimaCommentator: Francisco Nunes PousãoRelease Date: September 23, 2007 [EBook#22729]Language: Portuguese*** START OF THIS PROJECT GUTENBERGEBOOK TESTAMENTO POETICO-ANACHREONTICO ***Produced by Vasco Salgado
TESTAMENTOPOETICO-ANACHREONTICOROP+João de Figueiredo Maio e Lima+(Precedido d'uma noticia bibliographica pelo editore d'uma poesia dedicatoria pelo dr. FranciscoNunes Pousão).EDITORAntonio José Torres de CarvalhoSAVLE
TESTAMENTOPOETICO-ANACHREONTICOROP+João de Figueiredo Maio e Lima+(Precedido d'uma noticia bibliographica pelo editore d'uma poesia dedicatoria pelo dr. FranciscoNunes Pousão).dEeL VMAaSn oTeyl pGogormapesh iaE set eSlltae,r e2-otBypia Progresso Rua6091
JOÃO DE FIGUEIREDO MAIO EILAM+Noticia bibliographica+Á falta de elementos proprios para traçar umaligeira bibliographia de tão distincto poetasoccorremo-nos das poucas noticias colhidas aseu respeito por Innocencio da Silva e NunesPousão.João de Figueiredo Maio e Lima, author da Odeepodica que sob a epigraphe—Testamentopoetico-anachreontico—publicou em 1838 noRamalhete, jornal d'instrucção e recreio, nasceu,no Alemtejo, na villa das Galvêas, em 10 deFevereiro de 1779, sendo seus paes Bernardo deFigueiredo Maio e Lima e D. Joanna Michaéla deBastos.Destinado á vida ecclesiastica e já professo naordem de Aviz, cursava em 1808 os estudosuniversitarios de Coimbra, quando as hostesnapoleonicas irromperam em Portugal.Levado quiça do ardor da mocidade e de seussentimentos patrioticos, interrompeu a carreiraacademica e sentou praça de cadete em artilharia3, onde serviu por espaço d'um anno, findo o qual,foi promovido a alferes para o regimento deinfanteria 22, em cujo posto e corpo se conservou
até ao termo da campanha.Com que saudade elle invoca o venturoso tempoem que, esbelto mancebo, lustrava a sua brilhantefarda d'official pelas ruas d'Elvas!…Bastas vezes pediu e instou em prosa e versopara ser elevado ao posto de capitão, mas nuncaobteve o desejado deferimento.Julgando-se preterido em seus direitos não poucasvezes requereu tambem sem ser attendido, aexoneração do serviço, que só lhe veio a serconcedida em 1814, quando finda a guerrapeninsular.Desligado da vida de soldado, voltou de novo osolhos para o altar, entrando como freire professona ordem d'Aviz, e, ordenando-se pouco depois depresbytero, conseguiu o priorado da matriz da villade Borba que era da apresentação dos freiresd'Aviz.Aqui, na pastoreação do seu rebanho e no cultivopredilecto das bellas lettras, perdeucompletamente a luz dos olhos, mas não a doespirito rutilante que resalta da composição agorareproduzida, e que, como outras do author, nãomerecia ser votada ao esquecimento.Maio e Lima—tem qualidades poeticas apreciaveis:vivo de phantasia, feliz nas imagens, harmoniosono canto e correcto na metrificação, é poucomenos que conhecido, ainda entre gente lida eillustrada.
Verdade seja que identico stygma pesaingratamente sobre outros poetas. Quem selembra hoje, por exemplo, de João Xavier deMattos, cujas odes e canções encantam pelaconcepção, contextura e harmonia?!… E comtudomerecia não ser esquecido numa litteratura ondeos verdadeiros engenhos não abundam.Dá-se frequentemente no mundo intellectual ophenomeno singular d'uma lei do mundo physico:as palhas sobrenadam ou fluctuam á superficie dolago, em quanto os graves se afundam nosabysmos do pego!…Reparâmos em parte a injustiça trazendonovamente á luz o Testamento de Maio e Limaque inspirou a Francisco Nunes Pousão, quandodelegado do procurador regio em Elvas, a poesiadedicatoria, inedita, que o precede.Não perdoaram ao poeta, cego e sexagenario, queesquecesse a gravidade do sacerdocio, e bemcaro lhe fizeram pagar a ousio da sua musaerotica e travêssa arrojando-o aos horrores d'umaprisão, onde jazeria os ultimos annos da vida, semão piedosa e valedora o não fosse de láarrancar.O seu temperamento e rara energia resistiramainda por muito tempo ás vicissitudes da suaexistencia atribulada, pois que tendo publicado oTestamento em 1838, só veio a fallecer 12 annosdepois, em 15 de Janeiro de 1851.
Embora publicadas em sua vida, algumas dassuas composições, senão todas, são hojerarissimas. Innocencio dá o catalogo d'ellas, a quejuntaremos uma Ode dedicada ao seu amigo dr.José Valentim d'Oliveira e Gama, a qualreputâmos inedita e que brevementepublicaremos.+A João de Figueiredo Maio e Lima+D'um destino cruel ferio-te a farpa…Véo de prantos nas faces te desceu!Em lagrimas soltaste então da harpaTristes cantos de dôr, que me prendeu.Tu havias cantado a relva, as flôresO estendal de matiz do patrio Sôr,E o gorgeio das aves, e os pastores,E d'estes o singello, ardente amor;As campestres choréas… as meiguicesDa pastora gentil ao seu dilecto…Do amor juvenil as mil doidices…Vehementes canções d'um igneo affecto;Aquellas confissões, que d'alma sahemÁ luz da meiga lua, junto á fonte…E as promessas, que a flux dos labios cahemE os adeoses, que curvão triste a fronte;Aquelles sins soltados tão medrosos
Em tapetes florídos nos rosaes…Aquelles mil protestos calorosos,Que d'amor a chamma accendem muito mais!…Quando a patria depois pedio teu braço,Tu da patria o pendão seguiste altivo;Mas sempre da ventura o sopro escasso!Mas sempre da intriga um traço vivo!Tu infloras então o aureo plectroDas saudades, que tens, co'a roxa flôr;Relembras, Figueiredo! em triste metroOs tempos juvenis no argenteo Sôr;E os jardins amenos do teu rio Mais doces, maismimosos, mais dourados [1] De mais verde tapetee mais macio Que os Jardins das Hesperídossonhados![1] Os versos em letra italica são tirados da variascomposições do poeta Figueiredo.É de ver como então plangente endeixaLembra o tempo da tua Marcía qu'rida,Como em terno suspiro a dor se queixa,Como a alma na dôr se vai perdida!!E tu cantas tambem, como aborriasDo Sacerdocio a vida destinada,Pensando em modos mil, por que podiasSem ser padre no Céo dar a entrada!Contra a França em soccorro a patria chamaAi! do filho! que a mãe não vio bradar!Brandos myrthos, que a doce Venus ama
Pelos louros mavorcios vaes trocar!Longo tempo nas armas é passadoE mão clemente a banda te cingia…Mas pela cara irmã (rigor do fado!)Dragona solitaria em vão carpia.Mais tarde, Lima! a Virgem DurindanaTrocaste pela estolla, pelo altar;Como dizes, rubra cinta ao GuadianaAureas franjas e elmo vaes lançar.Mas n'essa nova senda ora trilhadaSempre as plantas o espinho vem fender;No fatal Testamento desfolhadaA rosa da ventura vês morrer!É certo, Figueiredo, que imprudenteFoste um pouco no acceso imaginar!Ergueu-se em altos vôos teu estro ardente,E não viste o calyx sancto, o teu altar!!Pobre Vate! O arrojo bem pagaste!Em tetrica masmorra o pranto cae!Mas d'um anjo o amparo emfim ganhaste, [2]Adeja bemfeitor, soltar-te vae![2] A Condessa das Galvêas empenhou-se a favordo poeta para elle ser solto.E tornaste, Pastor, ao teu armento!E voltaste, Poeta, ás tuas canções!Brilhou de novo o sol no firmamento,Fallou de novo o plectro aos corações!
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